Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 694

-Saia,- meu pai rosna, dando um passo ameaçador em direção à delegação Atalaxiana. Há perigo em cada linha do meu pai, e até mesmo nosso próprio povo se afasta ao vê-lo. Papai - ele realmente é o lobo encarnado, pronto para saltar pela sala e destruir esse homem que tão casualmente nos ameaçou com a conquista.

-Com prazer,- Gibson murmura, dando de ombros. Como um só, todos os Atalaxianos se viram para a porta, pausando antes de começarem a marchar. E eu percebo, como fiz ontem à noite, que tudo isso é ensaiado.

Que eles... provavelmente nunca vieram para o Vale da Lua com a intenção de ter conversas de paz.

Que sempre foi sobre isso - sobre aprender mais sobre onde estamos e então este momento de nos dizer que eles pretendem nos destruir, e que o ataque começa agora. Claro, eles provavelmente pretendiam fazer isso depois de uma derrota humilhante de nosso campeão de boxe - e nós os enganamos completamente nesse aspecto - mas ainda assim. Sua intenção é a mesma.

-O primeiro ataque vem em três dias, Sinclair,- Gibson diz, convencido, levantando uma sobrancelha. -Nós vamos atrasar apenas para não insultar os deuses no Meio do Inverno. Mas então... começa. Prepare seus exércitos - e suas mulheres -- e aqui seus olhos se movem deliberadamente sobre minha mãe, minha tia e então eu, seu nojo perfeitamente claro, -em ordem.

Quase como se fosse um sinal, os Atalaxianos marcham para fora da sala. Minha boca está aberta enquanto os vejo partir, minha mente trabalhando freneticamente para tentar entender o que isso significa - para nós, para nossa nação.

Eu viro minha cabeça para olhar para Rafe, mas ele está olhando para meus pais com uma carranca.

A porta distante se fecha atrás dos Atalaxianos quando o último sai e então a sala irrompe em ação. Eu respiro levemente quando todos imediatamente começam a falar em tons ásperos e preocupados, e muitas pessoas começam a se agrupar. Meu pai grita acima de todos, ordenando que seus guardas vão imediatamente com os Atalaxianos, para prender Gibson e tê-lo colocado sob guarda armada. Ele grita mais ordens que são imediatamente obedecidas, mas mal consigo ouvi-las - a sala é um caos.

Sinto uma mão se enrolar em meu braço e respiro fundo novamente, olhando para ver minha mãe lá, sua outra mão envolvida em Juniper. -Venha,- ela diz, imediatamente, seus olhos nos meus. -Estamos voltando para nossos quartos - agora mesmo.

Eu assinto, me virando, pronta para andar, e esbarro imediatamente em alguém parado atrás de mim. Eu respiro fundo, assustada, mas quando viro meu rosto para cima e vejo que é Jackson sinto uma sensação imediata de calma. Ele me dá um aceno de cabeça e depois outro para minha mãe, começando a abrir caminho entre as pessoas até a porta para nos levar para nossa suíte real privada.

-Mas,- eu protesto, seguindo Jackson mesmo enquanto olho para trás para meu pai. -Devemos ficar - devemos ajudar

-Deixe ele lidar com isso, Ariel,- minha mãe diz, sua voz ao mesmo tempo gentil e firme. -Quando ele souber como podemos ajudá-lo, ele nos dirá.

Eu franzo um pouco a testa quando vejo que Jesse e Rafe vão para o lado do meu pai, me sentindo um pouco excluída mas...

Bem. Em tempos de emergência, vou seguir minha mãe - fazer o que ela diz. Quando Jackson abre a porta para o antecâmara, acenando para nosso grupo passar, percebo que é maior do que eu pensava. Que Luca está aqui, e Daphne, e Ben, e Markie, todos parecendo tão assustados quanto eu me sinto. Quando Cora entra por último pela porta, murmurando para deixar nas mãos das mentes militares, caminhamos como um grupo unido de volta para o corredor e depois mais adiante para nossos apartamentos, entrando rapidamente em nossa pequena sala de estar.

Quando aquela porta se fecha com um estalo, a sala ecoa de silêncio por um longo, longo momento, enquanto todos nós nos encaramos.

-Mamãe?- Juniper diz, quebrando o silêncio, sua voz trêmula. -Nós... eles vão nos matar?

-Meu Deus, Junie, não,- mamãe diz, abraçando sua caçula e a segurando firme, acariciando lentamente a mão sobre o cabelo da minha irmã. Markie se aproxima do meu lado e eu o abraço, sentindo que ele também precisa daquela proximidade familiar. -Papai vai lidar com tudo isso, querida,- mamãe murmura para Juniper. -Não se preocupe com isso.

-Está bem, parem de ficar parados inutilmente e sentem-se ou algo assim,- Cora diz, assumindo o controle de forma eficiente e acenando com a mão para todos nós. Há um momento de hesitação e então as pessoas começam a se mover, suspirando e tensamente ocupando os assentos. Porque todos nós estamos cientes de que não podemos fazer nada até recebermos mais notícias de papai e Roger - e todos nós odiamos isso, esse novo jogo de esperar.

Mark começa a caminhar em direção à poltrona do pai, me puxando junto com ele. Deixo ele me puxar, sabendo que ele está com medo. -Você acha que eles estavam falando sério?- Mark pergunta, olhando para mim enquanto me acomodo no braço ao lado dele. -Que eles... vão esperar até depois do feriado de Meio do Inverno? Ou... quero dizer... eles vão fazer um ataque surpresa?

-Provavelmente estavam falando sério,- Jackson diz, vindo até nós e ficando alto atrás da cadeira, tão perto que consigo sentir o calor dele. -Os Atalaxianos são... muito religiosos. Eles levam sua adoração aos deuses muito a sério.