Em seu lugar romance Capítulo 36

Resumo de 36- Ele vai amar minha irmã: Em seu lugar

Resumo de 36- Ele vai amar minha irmã – Capítulo essencial de Em seu lugar por Sandra Rummer

O capítulo 36- Ele vai amar minha irmã é um dos momentos mais intensos da obra Em seu lugar, escrita por Sandra Rummer. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Said passa o indicador na ruga que se forma em minha testa.

—Que foi?

—Estava pensando quanto eu e minha irmã somos diferentes. Você notará logo a diferença.

—Ela está bem abatida e mais magra que você realmente.

—Não me refiro a aparência, mas o jeito. Ela daria uma ótima esposa para você. —Eu falo pensativa, de cabeça baixa.

O silêncio fica entre nós. Volto meus olhos para Said. Ele me olha hostil.

—Allah! Não acredito que eu ouvi isso! Eu te amo. —Said disse segurando minha cabeça entre as mãos, me fitando nos olhos. —Pare de falar besteira.

—Você é louco por me amar. Sou cabeça dura, independente, gosto das coisas do meu jeito. Acho que irei transformar sua vida certinha num inferno, vou virar uma bruxa.

Os lábios dele apossam-se dos meus, obrigando-me a calar-me. Eu me aconchego mais a ele, fazendo o beijo tornar-se mais profundo, numa resposta faminta.

Momentos depois estou deitada, a cabeça no peito dele, enquanto ouço as batidas rápidas do coração.

—Você precisa ficar. Prometa que nunca vai embora... — Ele diz de repente. Eu ergo a cabeça, a fim de olhá-lo. Seus olhos tem uma intensidade tão grande...Ele completa. —Você me fará sofrer as penas do inferno, gata selvagem!

Eu dou um sorriso de leve para ele e desconverso:

— Obrigada por receber minha irmã.

Seu rosto fica sombrio, ele não gostou de eu ter desconversado.

—Se te faz feliz, claro. Por que não? —Por fim ele disse.

—É só até ela se recuperar. Estou preocupada com Adara. A casa em que ela está é nossa, mas tem as despesas fixas. Se ela não conseguir um emprego, não sei como se manterá. Você conhece por acaso alguém que precise de seus serviços? Que não seja aqui, eu não me sentiria bem.

Said ergue as sobrancelhas.

— Vou ver com Nardini, se ela consegue o emprego de volta.

—Como você a convenceria? Afinal, minha irmã a roubou.

Ele respira fundo.

— Sua irmã é uma mulher exemplar, Nardini não se mostrou conformada de pensar que ela a roubou, posso explorar isso. Posso explicar o que houve, falar do desespero de sua irmã para ajudar Nurab, e contar que ele a enganou. Nardini sentiu muito com tudo isso. No fundo, ela tinha um grande elo sentimental com sua irmã.

Realmente. Adara é toda certinha, cordial, boa em tudo, uma ótima faxineira, cozinheira de mão cheia. Não é fácil encontrar uma empregada tão dedicada.

—Acho que por isso te confundi tanto.

— Sim muita coisa não se encaixava. Percebi como suas mãos eram macias e cuidadas para o serviço pesado. Mas quando você começou a cozinhar mal, eu pensei que tivesse fazendo de propósito. Só para eu desistir de você e dar sua liberdade.

Eu sorrio me lembrando de como sou uma negação com os afazeres de casa. Desvio meus olhos para o relógio.

—Allah! Seu remédio.

Eu me afasto dele e vou até a jarra de água no aparador. Ela está no fim.

— Vou enchê-la. Fique aqui quietinho. Já volto.

—Volta logo, ficar aqui sem você é um tédio.

—Está certo. —Dou-lhe um sorriso.

Com a jarra na mão saio do quarto de Said. Quando entro na sala, avisto Zafira. Ela vem na minha direção.

—O pessoal do hotel, veio ver Said. Posso autorizar a entrada?

—Melhor você falar com ele.

Ela acena um sim com a cabeça e se afasta.

Zafira já me olha como a futura esposa de Said, esperando minhas decisões. Allah! Que virada brusca na minha vida!

Primeiro a notícia, depois minha vinda pra cá, depois sou pega por Said e me torno sua empregada e agora isto?

Rindo caminho até para a cozinha.

Ela deve me achar uma bruxa! Que depois de enfeitiçar Said, manobrou tudo ao seu favor.

Depois de encher a jarra de água, entro na sala. A primeira pessoa que vejo é Nurab.

Ele, me dá um sorriso.

Allah! É muita cara de pau.

Eu fecho a cara quando ele faz menção de se aproximar de mim. Passo o dedo horizontalmente no meu pescoço, dando sinal de corte. Dando a entender a ele que, Said sabe de tudo. Ele quando vê meu gesto, para imediatamente. Com raiva ele vem na minha direção como um leão furioso e me pega pelo braço. Antes mesmo que ele faça ou diga algo, Said entra na sala. Ele o encara com as feições duras como granito.

Nurab imediatamente me solta. Um pesado silêncio paira na sala, quando Said a atravessa com um andar seguro de um felino, seus olhos negros penetrantes fixos nele.

—A mulher que você acabou de tocar, é minha noiva. — Said diz entredentes e pronto a explodir.

Nurab se inclina.

—Perdoe-me senhor Sihan. Eu não sabia.

O pessoal do hotel entra na sala e começam a assistir ao espetáculo de humilhações. Said se aproxima bem dele.

—Você é um verme. — Urra as palavras.

Nurab se ergue assustado. Said continua:

— Já sei de tudo. Elas me contaram em detalhes o que você aprontou. Usar uma pobre coitada para pagar sua dívida de jogo é muito baixo. Você está despedido. Terei uma conversa com seu pai. Ele precisa saber o que você anda aprontando por aí. Isso é pouco, pois à vontade que tenho, é te levar à polícia. Mas como Adara será também responsabilizada, não farei isso. Não quero mais ver sua cara. Se retire da minha casa e do meu hotel.

Nurab perdeu toda a cor do rosto.

— Eu já tenho o dinheiro comigo. Posso pagar Nardini agora, se quiser.

— Eu dei o dinheiro a Nardini. Portanto você deve a mim. Mas não quero um centavo seu. Esse dinheiro você depositará em alguma instituição filantrópica e me mandará o recibo.

Nurab se inclina.

— Agora saia!

Nurab se ergue e se vira e dá com os olhos de todos sobre si. Todos o encaram com recriminação nos olhos. Ele abaixa a cabeça e sai com passos apressados, esbarra em um vaso no meio do caminho que quase cai no chão. Ele o segura por pouco e sai apressado.

Eu me sinto muito bem com a cena. Foi bom ver Nurab ser desmascarado. Embora, nada pagará o que ele fez com minha irmã.

Said parece ainda nervoso. Depois de respirar fundo, ele se vira para todos:

— Perdoem-me. Tifaddal! —Ele estendeu a mão num gesto de boas-vindas. — Por favor, sentem-se.

Ele então se vira para mim.

— Peça para Salma arrumar o aparador com chá de hortelã, café, leite e salgados.

Eu dou um sorriso para ele e falo baixo, só para ele ouvir:

— Sim, meu amo.

Said sorri de canto e fala baixo:

— Você me deixava louco quando fazia isso.

Dou um sorriso largo para ele.

— Eu sei. Por isso te chamava assim, para te provocar.

Said me encara com um brilho divertido nos olhos. Seus olhos então descem rápido para a minha boca, fazendo meu coração disparar e eu me afasto dizendo: —Vou falar com Salma.

Saí da sala, sentindo todos os olhares sobre mim.

— Allah! Qual é a dificuldade de colocar um lenço?

— Você foi grosso, Said! Você não me pediu, entendeu a diferença? Você me ordenou, você impõe. Não há acordo com você.

Said fecha os olhos.

—Por que não há acordo para esse tipo de coisa. Mas se fui grosso, me perdoe. Não fiz por mal. — Ele me olha com súplicas nos olhos. —Por favor, fique um pouco.

—Não. Desculpe-me. Até mais tarde.

Reunindo todas as minhas forças, eu desvio meus olhos do olhar apelativo dele e saio do quarto. Eu não consigo ficar. Passar por cima de toda a humilhação, simplesmente não consigo.

Caminho com passadas rápidas pelos corredores até alcançar meu quarto. Sento-me na minha cama, sentindo pena de mim mesma.

Pouco tempo depois a porta então se abre e revela a figura de Said, descalços. Sinto-me profundamente cansada. Às cegas, eu me levanto da cama e me afasto dele, permanecendo de costas.

Atrás de mim, Said pragueja baixinho, e me faz virar para ele. Ele me puxa para si. Eu fico ali, silenciosa em seus braços. Sentindo o cheiro dele, sentindo as mãos de Said acariciando meus cabelos. Ele então diz abafado, com o rosto nos meus cabelos.

—Maysa. Por favor, não faça tempestade sem razão.

Eu reajo, empurrando-o, lhe causando dor física. Ele coloca a mão no tronco.

—Saia, por favor.

Eu fecho os olhos para fugir daquela imagem sedutora dele. Fica apenas o cheiro, esse não tem como bloquear.

—Maysa, eu te pedi perdão. Não é o suficiente?

— Não... — Descendo as pálpebras, escondo o sofrimento dos meus olhos. Digo calmamente.— Pois a impressão que eu tenho é que isso irá se repetir. Você me vê como uma propriedade, mas eu tenho sentimentos.

—Allah! Hoje realmente não dá para falar com você! —Ele diz resignado.

O silêncio desce sobre nós enquanto ficamos imóveis. Eu levanto o meu rosto. Said está lá, me encarando. Braços alongados no corpo, ombros caídos. A beleza de seu rosto é rude, agressiva, seus olhos estão tristes.

Ele respira fundo e girando sob os calcanhares sai do meu quarto. Dou um tempo antes de sair à procura de Zafira. A encontro na sala, dando ordens a Darla.

— Zafira, posso falar com você?

Ela acena um sim, seus olhos castanhos parecem querer ler a minha alma.

— Amanhã, irei ao hospital. Minha irmã ficará aqui pequeno tempo, até se recuperar. Said quer que vá comigo, embora eu ache desnecessário.

— Eu irei. — Ela disse firme. Então balança a cabeça de um lado para o outro. —Brigou com Said?

— Sim. Está difícil minha adaptação. Embora eu ame Said, não está sendo fácil me acostumar com a vida aqui.

Não devia estar amando Said! Não devia! Mas de que adianta dizer isso a mim mesma agora? Eu o amo e pronto!

Por instantes, lamento-me profundamente tê-lo conhecido. Seria muito melhor se eu nunca o tivesse visto!

— Por causa dos nossos costumes?

—Sim. Para mim, parece uma tortura.

— Dê tempo ao tempo. Said cairá em si. Ele perceberá que ele gosta de você, justamente por ser diferente.

Eu suspiro.

— Será? Não acredito. Ele no fundo quer me moldar como uma cera macia. Samira me reforçou isso.

—É, pode ser. —Ela diz de repente. —Mas ainda acredito que deve ter fé que ele mude. Você viu tudo que você conquistou?

Ela me acha uma bruxa mesmo. Já não duvida de mais nada. Mas eu não quero pensar sobre isso e desconverso:

— Amanhã, iremos cedo. Você pode avisar Muhafa?

Ela assente para mim. Eu desanimada, me dirijo ao meu quarto. Quando deu a hora de dormir, mesmo cansada, eu não consigo conciliar o sono. Imagens do passado e do presente confundem-se, e todas giram em torno de Said.

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