Em suas Mãos (Barak 2) romance Capítulo 72

Rashid

Sou engolfado pela dor, meu pesadelo se torna realidade, o desespero está a ponto de me envolver com o medo de perdê-la e isso está a ponto de me derrubar, mas uma força parece ganhar terreno em meu interior, a força do amor.

Eu avanço em sua direção e a envolvo em meus braços. Ela grita, depois luta. Mas eu a seguro firme enquanto ela se mexe, tentando sair do meu abraço. Fico assim, até ela parar de lutar.

Quando ela para, cheiro seus cabelos e começo a arder de desejo, saudade e paixão. Beijo seus cabelos.

—Eu não vou desistir de você, Khadija. —Digo emocionado.

—Me solta ...eu estava tão bem até você aparecer. —Ela diz erguendo a cabeça e olhando no fundo dos meus olhos.

—Eu quero você. Sou louco por você.... —Aproximo o rosto, esfrego meus lábios nos dela, emocionado.

—Você não sabe o que é o amor. Se soubesse....

Enfio os meus dedos em seus cabelos e a beijo na boca. Ela se assusta e empurra meu peito. Mas eu a mantenho firme e enfio a língua em sua boca, gemendo rouco, buscando a língua dela, e a beijando desenfreadamente pela paixão agora não mais reprimida. Extravasando, matando a saudade há muito tempo presa no meu peito.

Khadija então cede. Seu corpo relaxa, e eu beijo seu pescoço com saudade do seu cheiro. Estremeço quando o sinto nos lábios, quente e tão cheiroso.

Khadija

—Rashid... Você está confundindo as coisas. Você me quer na sua vida por causa do bebê. —Eu digo com o rosto afundado no peito dele.

Sinto suas costas enrijecerem e a maneira como seus músculos retesam, a tensão fluindo por seu corpo forte. Ele me afasta. Eu baixo a cabeça para ele não ver minhas lágrimas.

—Olhe para mim!

Eu me nego. Não posso. Quero ser forte, e olhar para ele me torna uma mulher fraca. Luto por coerência.

— Por favor, olhe para mim.

Eu olho, mas logo fecho os olhos, para fugir dos olhos negros. Lágrimas abundantes me obrigam a limpar os olhos com as mãos.

—Khadija! —Ele pede, angustiado.

Isso me faz olhar para ele.

—Eu amo você. Você é essencial em minha vida. Não posso mudar nosso passado, mas posso mudar nosso presente. Se eu pudesse voltar no tempo jamais teria te mandado embora naquele dia.

Ele então se afasta. Estou tensa. A calma dele agora é irritante. Rashid pega meus ombros e me segura.

—Vou te dar uns dias para você refletir em tudo que falei. E só te peço uma coisa em troca, que ao término desse tempo, você esteja mais receptiva para me ouvir. Sem fugas, sem muros de argumentações. Se mesmo depois de conversarmos, sua atitude não mudar, então será definitivo. Não te importunarei mais, e quando nosso filho nascer, entramos num acordo. Quero estar presente na vida dele.

A minha garganta fica seca. Permaneço olhando-o, calado por um instante, apenas contemplando seu rosto sério. Ele então se afasta de mim, me olha um tempo e se virando deixa a casa.

Rashid

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