Resumo de Dois dias depois que vi Khadija... meu amor, habibi... – Uma virada em Em suas Mãos (Barak 2) de Sandra Rummer
Dois dias depois que vi Khadija... meu amor, habibi... mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Em suas Mãos (Barak 2), escrito por Sandra Rummer. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Rashid
Emocionado atravesso o quarto e vou até a varanda. Há uma boa visão do jardim e do canteiro. O sol está bem quente em meus ombros enquanto eu me inclino sobre o parapeito e respiro fundo.
— Vossa majestade não disse nada se gostou do quarto.
Eu enxugo as lágrimas, e entro no quarto novamente. Encaro a decoradora que espera minha resposta.
—Gostei muito.
—O fizemos em tempo recorde. Se tivéssemos um pouco mais de tempo...
—Não! Assim está ótimo.
Contratei Elaine por ser muito discreta. O quarto de bebê é uma surpresa para Khadija, juntamente com a minha proposta de casamento.
Na biblioteca fiz um cheque gordo e a conduzi para a saída. Fechei a porta. Zilá surge na sala. Suas mãos apertam uma na outra, mostrando seu nervosismo.
—Khadija está grávida. É isso que quer saber?
Seus olhos se enchem de lágrimas. Ela ergue as mãos para o céu.
—Allah! Mas isso é uma notícia maravilhosa.
Eu me sento no sofá e a encaro com a expressão angustiada.
—Não cante vitória antes da hora. Eu estraguei tudo, Zilá. Fiz esse quarto por fé. Não sei se ela vai querer voltar para mim.
Zilá estremece e se aproxima mais.
—Rashid...o que você fez?
—Eu a mandei embora, a tirei da minha vida e ainda fiz a proposta de ela ser minha amante.
—Allah! —Zilá coloca a mão na boca. —Então você está fazendo tudo isso por causa do seu filho?
Eu nego com a cabeça e passo a mão nos olhos e limpo minhas lágrimas.
—Não Zilá. Eu a tenho procurado como um louco há cinco longos meses.
—Como assim, a procurado? Mas não foi você que a mandou embora?
—Mandei, mas pensei que ela não sumiria da minha vida. Desde que ela saiu dessa casa, eu não soube mais dela. Foi aí que eu comecei a cair na realidade o quanto eu a amava, até então eu estava confuso. Tenho vivido com um buraco no meu coração, onde nada preenche. Só Khadija pode preencher esse vazio.
Digo tudo isso sem explicar para Zilá que Khadija conhecia minhas reais intenções desde o começo com ela. Eu nunca a iludi. Eu deixei claro desde o início a minha suposta frieza de sentimentos. Só que eu não contava em me apaixonar por ela.
Ela meneia a cabeça, abismada.
— Rashid. Allah! Então você estava esperando que, mesmo depois de tudo que fez, ela ficaria na sua dependência?
Eu fungo.
— Depois que fiz a proposta ser minha amante, ela para minha desgraça ou provisão divina, se recusou. Então combinamos que ela ficaria no meu hotel. Eu acompanharia a vida dela. Ela estaria sob minhas vistas. Allah! Mas minha mente estava distorcida. Eu nem sei o que eu queria. Eu só sabia que tinha que tirá-la da minha vida. A merda toda é que ela confessou que me amava um dia antes de partir. Eu me senti tão confuso na hora que não disse nada. Então fui caindo numa realidade que eu não queria enxergar. Eu a amava também. Orgulhoso, acabei deixando para o dia seguinte a decisão de falar com ela e abrir meu coração, assumi-la definitivamente como minha noiva. Só que eu não contava que ela fosse embora antes do café da manhã e que fosse sumir da minha vida.
Eu fungo.
—Se meia dúzia de palavras é conversar? Sim. Na verdade, ela tem sido seca comigo. Mas não vou perder as esperanças, Zilá. Eu a amo, mais que qualquer coisa no mundo. —Seguro minha cabeça entre as mãos em desespero.
Não me engano mais. Minhas palavras saem fáceis de mima agora. Eu me sinto aliviado por dizê-las, porque finalmente enxergo a verdade.
—Rashid. Não fique assim, se ela te ama tudo dará certo.
Eu dou um leve sorriso com a lembrança das palavras dela.
—Na conversa que tivemos, no dia que a reencontrei, Khadija confessou que me amava. Eu acho que no fundo, sempre soube disso. —Digo, quase para mim mesmo. Então, encaro Zilá e com um ânimo de fé, eu me levanto. —É nisso que estou apostando, Zilá. Que ela ainda me ame. Inclusive, fiz esse quarto apostando nisso! Que ainda vou trazê-la para casa.
Allah me ajude! Senão esse quarto de bebê ficará aí, vazio, como uma punição.
—In sha allah! (Se Deus quiser!) Você irá trabalhar hoje?
—Não, vou sair. Liga para o escritório e diga que não me sinto bem.
Eu saio da sala e vou em direção ao meu quarto. Estou doente…doente de amor...
Contudo, sinto-me com a alma lavada com as ações que tenho tomado. Tenho um objetivo. Antes eu assistia meus temores se concretizando, impotente. Agora que eu a encontrei posso lutar. Quero reconquistar Khadija e ter a chance de um recomeço. Quero construir ao lado dela novas lembranças. Quero poder acompanhar sua gestação.
Um filme passa na minha cabeça, com todas as cenas que fazem a nossa história, sinto meu peito agitado com lembranças lindas de nós dois. Allah! Amo-a desesperadamente.
Vida nova com um novo Rashid é isso que quero dar a ela!
Agora vou tomar um banho e depois vou a uma joalheria em busca de um lindo anel de noivado e amanhã a procurarei novamente. Espero que dê tudo certo, mas não dependo de sorte alguma, mas sim das minhas ações para isso.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Em suas Mãos (Barak 2)
Bom eu não estava realmente buscando algo picante,só queria mesmo a "emoção" de um bom romance,esse livro é muito bom se ignorarmos as passagens intimas dos dois,mais para os adeptos de sensualidade vai agradar......