ENTRE O AMOR E O ÓDIO romance Capítulo 191

As duas irmãs compartilham sorrisos, revelando a alegria que sentem por conquistarem o perdão do irmão com quem falharam tanto. Ao retornarem à mesa dos amigos, são recebidas por olhares curiosos de todos.

— Então, o que foi aquilo? — Questiona Christine, encarando as amigas.

— Não precisamos falar sobre isso. — Responde Luiza, sentando-se com uma expressão serena, enquanto Camila mantém um sorriso discreto.

— Vocês enlouqueceram? Qual é o próximo passo, trazê-lo para almoçar conosco?

— Ele é nosso irmão, Christine, está bem? Alex está mais solitário do que qualquer pessoa no mundo. Então, permita-me apoiá-lo se eu quiser. Becca, eu não revelarei teus segredos. Mas quero acreditar nele, no Alex que conheço a vida toda e não neste Alex que te disse que conseguiu fazer algo assim. Querido, eu levarei nosso filho até ele, quero que ele o conheça, quero que o nosso filho saiba que tem mais um tio.

— Tudo bem, Camila, se é isso que você quer, podemos fazer. Vou te apoiar na tua decisão. — Responde Saulo, acariciando gentilmente o rosto dela.

— Meninas, vocês podem se aproximar dele, todos aqui podem. Eu mesma gostaria de me convencer de que é tudo um pesadelo. Me desculpem por envolver vocês.

— Becca, você não nos envolveu. Não tinha como ficarmos imparciais, tamanha gravidade que foi. Fica bem com isso, ok? Te amamos. — Responde Ryan, confortando-a com um sorriso afetuoso.

Rebecca sente-se totalmente desconfortável naquele momento. Ela ama cada um deles, mas agora consegue entender as palavras de Bryan, do quanto os amigos não estão sendo justos com Alex. Ela é tirada de seus pensamentos com o alerta do seu celular ao receber uma mensagem, que ela prontamente lê.

“Você está tão linda, estou morrendo de saudades de estar com você. Te amo, minha menina.” — Rebecca sorri ao ler aquela mensagem.

“Também estou morrendo de saudades. Mais tarde estou indo para Nova York, é apenas uma informação, não um convite. Te amo, Sr. Baker.” — Responde, na esperança de que ele vá para Nova York ficar com ela e com os filhos.

— O que aconteceu com a Bruna? Ela quase não está se reunindo conosco! — Questiona Grace, enquanto Ryan e Christine trocam olhares cientes do motivo.

— Não sei, vou convidá-la para um café, para descobrir o que está acontecendo com ela. — Afirma Luiza.

Após concluir o jantar com os amigos, Rebecca dirige-se ao hangar. Ela passou a usar o jatinho de Alex para suas viagens a Nova York. Ao entrar, um sorriso ilumina seu rosto ao avistá-lo sentado na poltrona. Ela se aproxima e aconchega-se em seu colo, beijando-o com intensidade.

— Que coincidência encontrar você aqui. — Brinca, com os olhos brilhando de felicidade.

— Está sendo difícil ficar longe de você e dos nossos filhos. — Responde, acariciando o rosto dela, enquanto a conexão entre eles se intensifica.

— Alex, você conseguiu perdoar as tuas irmãs?

— De verdade, talvez eu não devesse. Mas não quero ser alguém que carrega raiva e rancor pela vida toda. Sinceramente, isso não me traz felicidade. Ao olhar para minha família e meus amigos, percebo que não são as melhores pessoas e talvez eu, em algum momento, também não tenha sido. Minhas relações nunca foram perfeitas e isso inclui a nossa, mas estamos tentando novamente. Somos humanos, falhamos naturalmente. Continuaremos cometendo erros, mas sempre teremos a oportunidade de sermos versões melhores do que fomos no dia anterior. Isso faz parte do aprendizado.

Rebecca sorri emocionada, acariciando o rosto dele. Observa-o fechar os olhos e se entregar aos seus toques. Ela une seus lábios aos dele, em um beijo apaixonado, refletindo todo o amor e admiração que nutre por ele.

— Você é incrível. Sinto-me afortunada por ser amada por você. — Sussurra, ofegante. — Eu te amo, Sr. Baker.

— No meu caso, acredito que seja eu o homem de sorte. Tenho uma mulher maravilhosa ao meu lado, que me deu filhos lindos. O que mais eu poderia querer? Eu te amo, minha menina. — Conclui, selando suas palavras com um beijo, interrompido pelo aviso do piloto informando que estão prestes a decolar.

Rebecca sorri e o beija novamente. Em seguida, levanta-se e retorna ao seu lugar. Sempre que a saudade aperta, os dois voam para Nova York juntos, mesmo que Alex reclame por horas a fio que não deveriam se arriscar. Quando chegam à cidade, Rebecca está sonolenta, e Alex decide não buscar os gêmeos na casa de Samantha e André, optando por ir direto para o apartamento com ela.

— Alex, não deveríamos pegar os nossos filhos? — Questiona ao chegarem no prédio.

— Já está tarde, querida. Não interferiremos na rotina de sono deles. Que tal voltarmos um pouco mais tarde para Boston amanhã e aproveitarmos a manhã com eles?

— Certo, para mim está perfeito. — Responde, com um suave sorriso.

— Permita-me proporcionar-lhe uma massagem relaxante. Nossa rotina atual está claramente sobrecarregada e isso está se tornando extenuante para você. — Afirma, saindo do carro e abrindo a porta para ela.

— Eu não me importo, meu amor. Estar com vocês é o que me faz feliz. — Declara, envolvendo a mão dele na sua.

— Entretanto, não podemos ignorar que essa rotina não é sustentável. Precisamos encontrar um equilíbrio. — Conclui, guiando-a em direção ao apartamento.