Resumo de Só mais um dia – Uma virada em Esmeralda, a Luna Humana de GoodNovel
Só mais um dia mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Esmeralda, a Luna Humana, escrito por GoodNovel. Com traços marcantes da literatura Lobisomem, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Terminei de preparar o almoço e servi à mesa. A minha sogra chegou com a mesma cara de nojo de sempre e fez um muxoxo antes de sentar.
Peguei um prato para servi-la primeiro, escolhendo a fatia de cordeiro mais bonita e gordurosa para ela, arroz com nozes, e quando estava prestes a pegar o puré de abóbora, ela deu um tapa na mesa.
— Não me sirva essa coisa horrorosa que você fez, parece lavagem! E coloque outra peça de cordeiro no meu prato, não seja sovina com a mãe do seu marido!
Respirei fundo e obedeci sem reclamar. Entreguei o prato a ela, que comia como se não houvesse amanhã. Servi-me do que mais gostava e sentei na cadeira de frente para ela.
Ela mastigava ruidosamente e reclamou de tudo o que tinha na mesa, botando defeito em todos os pratos, embora tenha repetido quase todos. Quando estava satisfeita e com a boca cheia de gordura, tamborilou os dedos sobre a mesa me observando comer. De repente, ela levantou.
— Não deve comer tanto, está ficando gorda e o meu filho não gosta de gordas! — Vociferou ao tirar o meu prato de comida da minha frente e atirar o conteúdo no lixo. — Limpe tudo antes do meu filho chegar, ele gosta de encontrar a casa em ordem!
Após terminar as tarefas domésticas, levei o meu violão para o quintal dos fundos. A minha não tão amada sogra estava dormindo e eu queria aproveitar o pouco tempo livre para me distrair.
Não tínhamos televisão nem rádio, pois a família do meu marido acreditava ser “haram”.
Sempre achei engraçado como as pessoas mais hipócritas se escondem atrás de uma falsa postura religiosa quando lhes convém. Não gosto de julgar a religiosidade de ninguém, Allah sabe o coração de cada um, mas pessoas fingidas me tiram do sério!
Sentei no banco de madeira e dedilhei as cordas do violão com os olhos fechados. Buscava afastar os pensamentos ruins e atrair boas vibrações através da música. Não sou boa musicista, arranho um pouco no violão, mas adoro cantar. O meu pai costumava pedir-me para cantar canções antigas enquanto ele lia o jornal pela manhã. Ele dizia que a minha voz era abençoada pelos anjos.
— A minha mãe informou-me que você não estava desperta para a "salat-ul-fajar "e ela teve que te chamar repetidas vezes para o desjejum…
A voz do meu marido interrompeu a canção.
Amir era bonito, para quem gosta de rostos delicados, como de príncipes encantados de contos de fadas. Cabelos castanhos como os seus olhos, nariz fino e corpo esbelto. Se ele vestisse um Niqab e usasse alguma maquiagem, poderia se passar por uma mulher.
Mesmo sujo de terra e suado, como estava diante de mim, ainda tinha boa aparência. Porém, o seu jeito abusivo de filhinho de mamãe escroto e o sexo ruim mataram qualquer atração que eu poderia via a sentir por ele.
Calma, Esmeralda, falta pouco! Logo estará livre, “Inshallah”!
Respirei fundo, encarnei a personagem doce e submissa que criei para lidar com ele, e sorri docilmente.
— Boa tarde, marido, que bom que voltou cedo! — Deixei o meu violão de lado, levantei ainda sorridente e o abracei.
Ele sorriu e abraçou-me de volta, o semblante mais leve diante da minha postura submissa.
— Desculpa, esposa, acho que te sujei um pouco. — Ele se afastou e apontou para as manchas de terra na minha blusa. — Eu ajudei os trabalhadores no plantio.
— Não se preocupe, marido! Deve estar cansado, quer que prepare um chá? Ou prefere uma limonada bem geladinha?
— Uma limonada serve. — Ele respondeu satisfeito e sentou no banco onde eu estava sentada antes.
Que casal romântico, não é?
Piada!
Mas acho que o meu jeitinho submisso funcionou para fazê-lo esquecer da fofoca da minha sogra sobre ter perdido a oração da manhã.
Descobri a duras penas que, quanto mais submissa eu me comporto, menos problema tenho com ele. Se a jararaca sabe ser fingida, eu também sei!
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