Esmeralda, a Luna Humana romance Capítulo 5

Resumo de Misericórdia: Esmeralda, a Luna Humana

Resumo do capítulo Misericórdia do livro Esmeralda, a Luna Humana de GoodNovel

Descubra os acontecimentos mais importantes de Misericórdia, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Esmeralda, a Luna Humana. Com a escrita envolvente de GoodNovel, esta obra-prima do gênero Lobisomem continua a emocionar e surpreender a cada página.

Senti como se estivesse fora da realidade. Aquilo não podia ser real, eu planejei tudo por meses! Era o meu momento de liberdade, apenas uma plataforma de distância do trem….

E o que essa megera está fazendo abraçando a fulaninha secretaria cujo nome nem me dou o trabalho de lembrar? Se gosta tanto dela, e me odeia, bastava me deixar ir embora! Mas não, esse “Shaytan” gosta de me maltratar, aposto que os únicos orgasmos que teve em vida foram quando me maltratou.

Quem sou eu para falar de orgasmos, nunca vi, só ouço falar…

Esse era o grau de desprendimento da realidade que eu me encontrava, minha mente vagando por coisas sem noção para me afastar da vida real, onde, entre a minha liberdade e eu, estava um grupo de “Djins”.

Amir caminhou lentamente na minha direção, com um sorriso cruel nos lábios e olhos faiscando de raiva.

Ele acha mesmo que eu sou idiota de ficar parada? Pelo portão que entrei, sai correndo.

Se ele me pegar, vai me castigar de qualquer jeito, mas se não conseguir me pegar, vai enfiar a raiva no meio do…

Infelizmente, correr com o corpo todo coberto não é muito fácil, e o barulho dos passos dele indicava, que estava cada vez mais perto. As buzinas gritaram como loucas quando atravessei uma rua movimentada sem olhar, torcendo para que ele fosse atropelado atrás de mim.

Eu também desejo coisas ruins…

Virei numa esquina, e para o meu azar, como nos piores filmes, encontrei-me num beco. Virei na direção de onde vim, mas Amir já estava lá. Ele estava bufando, como um touro irritado.

— Para com a palhaçada, Esmeralda, ou vai ficar muito pior para o seu lado!

— Amir, sejamos francos aqui, não existem sentimentos entre nós. Eu não gosto de você e claramente você me detesta!

— Você é minha esposa, e está obviamente alterada. Serei paciente e te levarei para um terapeuta que possa te ajudar a controlar a histeria.

A mãe dele apareceu ofegante acompanhada da oferecida cagueta.

— Eu não sou louca, não seja condescendente comigo! E não te suporto, odeio a sua mãe, que é uma desgraçada escravista! Deixe-me ir embora e pode ficar com a secretária que está doida para tomar o meu lugar! Ficaremos todos muito bem!

— Meu filho, mostre para ela quem é o homem da casa! Aninha será a sua segunda esposa e essa rameira está dando um péssimo exemplo a ela!

— Esposa? — Eu ri alto. — Amir, na frente de Allah, eu te repudio!

— O que está fazendo, Esmeralda, não se atreva!

— Eu te repudio!

— Você é louca, é apenas uma mulher, não tem essa autoridade! — Berrou a megera com o rosto vermelho.

E peça terceira e derradeira vez, eu recitei as palavras:

— Amir, eu te repudio!

Arranquei a aliança do meu dedo e atirei no chão, aos pés dele, com toda a minha força.

Quando o anel atingiu o chão, a coisa mais assustadora da minha vida até então aconteceu. Um forte feixe de luz e um ruído ensurdecedor veio do fundo do beco. A luz era tão forte que me cegou e perdi totalmente o senso de equilíbrio. Não sabia onde estava, não conseguia ver nada, tudo era uma luz branca e ardente.

Ouvi vozes estranhas, que grunhiam e retumbavam num idioma desconhecido. Senti alguém segurar o meu braço, falando rapidamente coisas incompreensíveis. Apenas uma das vozes eu conseguia discernir, era feminina e sedosa, mas parecia estar vindo debaixo d'água.

“ Andem logo, não podemos demorar neste mundo, sabem o que pode acontecer!”

A pessoa que apertava o meu braço grunhiu feito um porco e gritou algo ao tentar arrancar o meu Niqab, mas a voz feminina o interrompeu.

— Não tire o pano da fêmea, Demon! São vestes de sacerdotisas dos deuses humanos, não contrariamos deuses!

Depois disso, apaguei. Acordei deitada numa cama estranha, com muito barulho de vozes e choro a minha volta. Eu ainda era a mesma, inteira e viva. Confusa, mas desperta.

Será que estou presa em um pesadelo? Que lugar é esse?

Olhei em volta, estava numa espécie de prisão, com as paredes cobertas por azulejos muito brancos, grades na entrada. Não estava sozinha, havia uma garota chorando sentada no chão.

— Esmeralda, você está bem? — Ah, não, Amir me persegue até nos meus pesadelos estranhos?

— Não quero falar contigo! É o meu sonho e não preciso te atirar! — Falei sem olhar na direção dele.

— Não é um sonho, esposa, fomos sequestrados, olhe ao seu redor mais uma vez!

Eu olhei, ele estava numa cela em frente a minha, com mais dois rapazes, um deles desacordado no chão.

— Eu não sou mais sua esposa, Amir! Te repudiei em publico!

— Não é hora para suas palhaçadas, Esmeralda, fomos sequestrados. A essa hora devem estar pedindo resgate, só o que me faltava ter que dar o meu dinheiro para bandidos! Tudo por sua culpa!

— Seria bom se fosse simples assim, mas não haverá resgate para nenhum de nós…

Misericórdia 1

Misericórdia 2

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