Além disso, ninguém de fora conseguiria descobrir a verdadeira situação de Gabriel.
Era impossível.
Rafael ia todos os dias até um centro de detenção, inclusive hoje. E agora, tinha ido ao hospital.
Até o velho apareceu por lá.
Tudo isso só podia indicar uma coisa: Gabriel não estava fora do trabalho por causa de gastrite, como haviam dito.
A verdade é que ele estava detido.
É, a tal gastrite até podia ser real...
Mas também podia ser outro tipo de doença.
De qualquer forma, se chegou a passar mal dentro da cela e precisou ser levado de ambulância, então não era coisa pequena.
Pelo menos, parecia haver alguma esperança...
Sérgio digitou uma resposta rápida ao informante. Mandou continuar a vigília do lado de fora e esperar os dois saírem do hospital, assim poderiam tentar descobrir em qual quarto Gabriel estava internado.
Com o contato encerrado, ele ligou o computador. Os olhos fixos na tela, mas a mente distante.
"Por que, afinal, Gabriel foi preso?
A situação era tão séria que nem o próprio Sr. Henrique conseguiu tirá-lo de lá.
E qual era exatamente o problema de saúde dele?
Rafael apareceu tão cedo no hospital...
Será que já sabia de antemão?
Ele levava uma pasta com o notebook. Estranho, geralmente só visitava Gabriel à noite.
Inclusive, ontem mesmo ele esteve no centro de detenção."
Sérgio pegou uma folha em branco e começou a rabiscar, ligando pontos, tentando montar a linha do tempo.
Tudo parecia... Suspeito.
Rafael sair logo cedo com a pasta de trabalho, aquilo não cheirava bem.
Mas ele ainda não conseguia ligar diretamente esse comportamento com a crise de saúde de Gabriel.
Se o centro de detenção tivesse apenas avisado que o preso estava com mal-estar, por que levar o notebook?
E se fosse apenas uma reunião de rotina, pra passar relatórios ou checar algum projeto, não fazia sentido ir tão frequentemente.
Ou teria sido coincidência? Ele foi justamente no momento em que Gabriel passou mal?
Era impossível afirmar com certeza.
Sérgio suspirou, amassou a folha rabiscada e a rasgou em tiras, jogando no cesto de lixo ao lado da mesa.
Em seguida, se levantou e caminhou em direção à sala do gerente.
Iria mandar Antônio descobrir se havia algum projeto urgente hoje, algo que precisasse da aprovação pessoal de Gabriel.
Por isso, ordenara que tirassem fotos de Gabriel saindo do centro de detenção.
Mas, por enquanto, ainda não tinham conseguido capturar nada nítido.
Hoje, por exemplo, Gabriel até saiu... Mas direto para uma ambulância.
Nada foi registrado com clareza.
Sérgio não se desesperava. O tempo estava a seu favor.
Ele acabara de voltar ao país fazia três dias. Não podia forçar a queda de Gabriel de uma vez só, os conselheiros e acionistas não o aceitariam tão facilmente.
Era preciso mostrar resultados.
Se conseguisse provar valor no departamento de marketing, tudo se encaixaria naturalmente.
No hospital...
A porta da emergência finalmente se abriu.
O médico responsável pela reanimação saiu com semblante sério.
O Sr. Henrique foi o primeiro a se levantar, indo direto ao encontro do médico.
— A situação do paciente já está estável. — Informou o doutor. — A rigidez muscular foi controlada. O corpo dele finalmente relaxou. O que aconteceu foi uma somatização causada por estresse emocional extremo. Isso gerou uma crise de espasmos por todo o corpo. Estamos iniciando o uso de medicação neurológica de suporte, mas se quiserem um tratamento mais profundo, o ideal seria procurar um psicólogo ou psiquiatra para trabalhar a causa real do problema.
Ao ouvir que Gabriel estava fora de perigo, o Sr. Henrique soltou o ar que prendia no peito.
Fechou os olhos por um instante e disse, em voz baixa...
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
Desbloqueia por favor!!!!!...
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O que está acontecendo???? Está parado faz muito tempo!!!! Desbloqueia!!!...
Desbloqueia!!! Já está no capítulo 740 há muito tempo...
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Desbloqueia quero pagar pra ler!!!!!...