Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 443

Capítulo 443

— Eduardo! Foda-se seu avô, seu lixo!! — Gabriel perdeu completamente o controle.

A raiva vinha acompanhada de uma pontada amarga de ciúme, misturada com um aperto no peito que ele mal conseguia descrever.

“Por que, Beatriz? Por que você está cozinhando pro Eduardo? E ainda mandando em marmita? Isso não é restaurante, não...”

Eduardo estava no trabalho... Quer dizer que ela levou pessoalmente? No meio do expediente?!

Inaceitável.

“Maldito. Filho da p*. Maldito Eduardo.

Por que ele? Por que logo ele?”

Enquanto despejava um mar de palavrões, um verdadeiro desfile da alta cultura nacional, Eduardo não respondeu diretamente.

Ao invés disso, mandou mais sarcasmo, citando a própria mensagem de Gabriel:

[Sr. Gabriel, que gosto peculiar o senhor tem. Mas meu avô já foi enterrado, inclusive, cremado. Cavou o túmulo pra quê, saudade?]

[Bom... Se fizer tanta questão, pode gritar pro túmulo. Mas me avisa antes, pra eu filmar.]

Ao ler isso, Gabriel explodiu.

Num impulso de pura fúria, desferiu um chute no que já era uma mesa provisória e frágil. Derrubou-a com força.

— Filho da p*! Desgraçado! Maldito Eduardo!!! — Rosnou, com os olhos vidrados de ódio.

Tremia. O maxilar travado, os punhos cerrados. A vontade era de ir até o prédio do Grupo Martins e enfiar dois socos na cara do desgraçado.

Sem falar da vez que Eduardo zombou dele por causa dos botões de punho, presente de Beatriz.

Tudo voltava à tona.

“Desde quando aquele homem virou o centro da vida dela?!

Eduardo e cachorro: mesma espécie.”

A partir daquele momento, Gabriel decretava: no prédio do Grupo Pereira, Eduardo e cães estavam proibidos de entrar.

O barulho foi tão grande que os guardas em patrulha do lado de fora perceberam e correram para verificar.

Gabriel sabia: não podia se deixar levar. Qualquer sinal de instabilidade emocional e seu avô começaria a suspeitar de novo e isso colocaria tudo a perder.

Respirou fundo. Cerrou os punhos com força, forçando o corpo a se manter rígido, controlado.

— Como combinado. O advogado vai me representar. — Respondeu Gabriel, sem levantar os olhos da tela.

Rafael concordou com um aceno. Era um procedimento confidencial. Se o Sr. Henrique descobrisse, certamente ficaria furioso de novo.

— Hoje ainda vou redigir a carta de arrependimento. Amanhã você entrega ao advogado, junto com os documentos. — Disse Gabriel.

— E junte também os registros das câmeras. Há provas suficientes de que Vitória interferiu no meu relacionamento, destruiu meu noivado de propósito. Que o advogado escreva a petição com todo o rigor possível.

O tom dele ficou mais duro ao enfatizar a palavra rigor.

Rafael entendeu a mensagem e assentiu mais uma vez.

Já estava se preparando para sair, quando Gabriel voltou a chamá-lo:

— Descubra por que a Beatriz fez comida pro Eduardo. Quero saber o motivo.

Rafael hesitou por um instante.

Isso... Complicado.

Ele até podia ir diretamente perguntar à Srta. Beatriz, mas isso não entregaria demais?

Seria como levantar uma bandeira vermelha.

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