Ainda mais com aquele homem.
Com o dinheiro e a influência que ele tinha, bastava saber o nome dela pra descobrir onde estava hospedada naquele hotelzinho simples.
Seria questão de minutos.
— Por que essa pergunta? Nome é informação pessoal, não é? — Retrucou Vitória, com o tom cheio de desconfiança.
Cem milhões.
Era isso que estava em jogo.
Sua virada de vida. Sua tábua de salvação.
Mesmo que no começo tivesse ficado balançada com a voz e a possível aparência do homem, jamais seria burra o suficiente pra entregar um bilhete premiado nas mãos dele.
— Me desculpe se passei a impressão errada. Eu não sou nenhum criminoso. — Respondeu o homem, apressado, notando o tom tenso dela.
Ter alguém tão cautelosa assim era, na verdade, um bom sinal.
Se ela fosse mesmo sua irmã... Era um alívio saber que sabia se proteger.
— Então pra quê você quer saber meu nome? — Ela rebateu, na defensiva.
E, sem dar tempo para a resposta, completou, virando o jogo:
— Aliás, antes de pedir o nome de uma dama, não deveria se apresentar primeiro? Isso é o mínimo de educação de um cavalheiro.
Renato ficou em silêncio por um segundo.
Depois respondeu:
— Desculpe, foi uma falha minha. Meu nome é Renato Cardoso.
Vitória repetiu o nome mentalmente, duas vezes.
Guardou na memória como quem salva uma senha importante.
Mais tarde, com certeza, ia pesquisar: de qual família do alto escalão da Cidade A esse tal de “Renato Cardoso” fazia parte?
— E o seu nome? — Perguntou ele em seguida, calmo.
Mas Vitória não pretendia entregar nada.
Foi direta:
— Você me procurou pra falar sobre o quê, exatamente? Já vou deixar claro desde agora: aquele colar é meu.
Renato franziu os lábios.
Ela estava mesmo em estado de alerta total.
Sem o nome dela, teria que seguir por outro caminho.
— Você tem família? — Perguntou ele.
Ao ouvir isso, Vitória ergueu as sobrancelhas e... Sorriu.
“Ahhh... Então era isso?
Pergunta atrás de pergunta... Com essa intensidade toda... Era tentativa de flerte, né?
Usou o colar como desculpa pra se aproximar. Primeiro o nome, agora queria saber da vida pessoal.
Homens...
Engraçado.”
Ela nem tinha começado a fisgar ele de verdade, e o peixe já tava mordendo a isca.
Ela achava aquilo até fofo.
“Um homem desses, com toda essa voz e postura... E ainda por cima tímido? Sorte minha”, pensou, com um brilho de vitória nos olhos.
Já estava pronta pra encerrar o teatrinho com uma gracinha:
— Não precisa se explicar tanto...
Mas a frase dela foi cortada no meio, no exato segundo em que a voz grave de Renato se sobrepôs:
— Aquele colar... Originalmente era da minha família. Foi comprado por meu pai, há mais de vinte anos, num leilão.
Silêncio.
Total.
Como se, por um momento, até o ar tivesse sumido do ambiente.
Vitória congelou.
Toda a leveza, toda a autoconfiança... Evaporaram.
A garganta secou.
O coração, que antes batia animado, parou de repente.
O quê?!
Renato disse... Que o colar era da família dele?
Isso só podia significar uma coisa.
“Ele... É da família da Beatriz?”
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
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O que está acontecendo???? Está parado faz muito tempo!!!! Desbloqueia!!!...
Desbloqueia!!! Já está no capítulo 740 há muito tempo...
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Desbloqueia quero pagar pra ler!!!!!...