E, como ele temia, no momento em que já estava prestes a perder a paciência e pressioná-la de vez, a resposta finalmente veio.
E era exatamente o que ele suspeitava:
— Me chamo Vitória Lima. — Disse ela.
Ao ouvir aquele nome, toda a esperança que Renato ainda guardava se desfez em poeira.
Os punhos se fecharam com força.
O rosto assumiu uma expressão de pura fúria prestes a explodir.
— Você mentiu pra mim. Esse colar nunca foi seu. Onde você conseguiu essa joia?! — Questionou, a voz agora gélida como aço.
— É melhor que diga a verdade. Se cooperar, não só não vou responsabilizá-la... como ainda pode receber uma recompensa. — Acrescentou, com a autoridade de quem está acostumado a dar ordens, e a ser obedecido.
Vitória sentiu o peso daquela ameaça.
Teve que se forçar a manter a calma pra não deixar transparecer o pânico.
Recompensa?
Achava mesmo que ela ia se vender por trocados?
O que ela queria ia muito além de dinheiro.
Ela queria status, poder, acesso.
Vitória semicerrava os olhos, com a mente já trabalhando num novo plano — um plano muito mais ambicioso.
Então respondeu, com a voz firme e controlada:
— A joia é minha. Você tem alguma prova de que não é? Pelo contrário, foi você quem chegou me acusando sem qualquer evidência. Tá achando o quê? Que vai tirar isso de mim só no grito? Isso foi um presente da minha família. A última lembrança que me restou deles. Só me desfiz dela por necessidade extrema. — Declarou, se fazendo de ofendida.
Do outro lado da linha, Renato ficou simplesmente estarrecido com o descaramento.
— Como assim “sua joia”? Essa peça é da família Cardoso! — Rugiu, completamente fora de si.
— Se você não quiser cooperar, tudo bem. Descobrir quem você é vai ser questão de tempo. Três dias no máximo. — Disse ele, num tom cortante.
Vitória apertou o celular com força, quase quebrando o aparelho.
Precisava de força pra não desmoronar. Engoliu em seco.
— Você não pode me acusar assim! Pode chamar a polícia, chamar quem quiser. Mas esse colar sempre esteve comigo. Desde pequena! — Respondeu, teimando até o fim.
Ao ouvir isso, Renato perdeu de vez a paciência.
Ainda vinha com essa de fingir inocência?
“Quer envolver a polícia? Ótimo.”
— Me perdi quando era criança. Depois fiquei muito doente. As memórias que tenho de antes dos quatro anos são meio embaralhadas. — Respondeu ela, como se não fosse grande coisa.
Renato parou de respirar por um segundo.
“Quatro anos.
Ela se perdeu com quatro anos...”
Exatamente a idade em que sua irmã havia sido sequestrada.
O coração dele parecia que ia explodir no peito.
O som dos batimentos preenchia seus ouvidos como trovões.
Sentia o sangue gelar e ferver ao mesmo tempo.
Seria possível?
Seria mesmo possível?!
Mesmo assim, lutou para manter a razão.
Precisava de mais uma confirmação.
E então, respirando fundo, perguntou...
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
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O que está acontecendo???? Está parado faz muito tempo!!!! Desbloqueia!!!...
Desbloqueia!!! Já está no capítulo 740 há muito tempo...
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Desbloqueia quero pagar pra ler!!!!!...