Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 470

E, como ele temia, no momento em que já estava prestes a perder a paciência e pressioná-la de vez, a resposta finalmente veio.

E era exatamente o que ele suspeitava:

— Me chamo Vitória Lima. — Disse ela.

Ao ouvir aquele nome, toda a esperança que Renato ainda guardava se desfez em poeira.

Os punhos se fecharam com força.

O rosto assumiu uma expressão de pura fúria prestes a explodir.

— Você mentiu pra mim. Esse colar nunca foi seu. Onde você conseguiu essa joia?! — Questionou, a voz agora gélida como aço.

— É melhor que diga a verdade. Se cooperar, não só não vou responsabilizá-la... como ainda pode receber uma recompensa. — Acrescentou, com a autoridade de quem está acostumado a dar ordens, e a ser obedecido.

Vitória sentiu o peso daquela ameaça.

Teve que se forçar a manter a calma pra não deixar transparecer o pânico.

Recompensa?

Achava mesmo que ela ia se vender por trocados?

O que ela queria ia muito além de dinheiro.

Ela queria status, poder, acesso.

Vitória semicerrava os olhos, com a mente já trabalhando num novo plano — um plano muito mais ambicioso.

Então respondeu, com a voz firme e controlada:

— A joia é minha. Você tem alguma prova de que não é? Pelo contrário, foi você quem chegou me acusando sem qualquer evidência. Tá achando o quê? Que vai tirar isso de mim só no grito? Isso foi um presente da minha família. A última lembrança que me restou deles. Só me desfiz dela por necessidade extrema. — Declarou, se fazendo de ofendida.

Do outro lado da linha, Renato ficou simplesmente estarrecido com o descaramento.

— Como assim “sua joia”? Essa peça é da família Cardoso! — Rugiu, completamente fora de si.

— Se você não quiser cooperar, tudo bem. Descobrir quem você é vai ser questão de tempo. Três dias no máximo. — Disse ele, num tom cortante.

Vitória apertou o celular com força, quase quebrando o aparelho.

Precisava de força pra não desmoronar. Engoliu em seco.

— Você não pode me acusar assim! Pode chamar a polícia, chamar quem quiser. Mas esse colar sempre esteve comigo. Desde pequena! — Respondeu, teimando até o fim.

Ao ouvir isso, Renato perdeu de vez a paciência.

Ainda vinha com essa de fingir inocência?

“Quer envolver a polícia? Ótimo.”

— Me perdi quando era criança. Depois fiquei muito doente. As memórias que tenho de antes dos quatro anos são meio embaralhadas. — Respondeu ela, como se não fosse grande coisa.

Renato parou de respirar por um segundo.

“Quatro anos.

Ela se perdeu com quatro anos...”

Exatamente a idade em que sua irmã havia sido sequestrada.

O coração dele parecia que ia explodir no peito.

O som dos batimentos preenchia seus ouvidos como trovões.

Sentia o sangue gelar e ferver ao mesmo tempo.

Seria possível?

Seria mesmo possível?!

Mesmo assim, lutou para manter a razão.

Precisava de mais uma confirmação.

E então, respirando fundo, perguntou...

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