Renato não seguiu o táxi. Ele escolheu respeitar as decisões da irmã, seu espaço e sua privacidade.
À distância.
Vitória, através do retrovisor do carro, viu tudo. O sorriso em seu rosto se alargou ainda mais, os olhos cheios de confiança e a certeza de que tudo estava sob controle.
Somente quando o táxi desapareceu completamente, Renato baixou os olhos e olhou para o relógio em seu pulso.
Faltava cada vez menos para ter em mãos o resultado do exame.
À tarde, no horário comercial.
Renato analisava um documento que seu pai o havia enviado, uma lista de antigos amigos e contatos da época em que a família ainda vivia no Brasil. A maioria já tinha sido contatada.
No topo da lista estava o nome da família Pereira, seguida por grupos como os Martins, a família Barbosa e outros clãs de grande influência.
Luciano também havia providenciado um mapeamento detalhado de quem, atualmente, estava no comando de cada família. Caso os patriarcas já tivessem se afastado, o relatório indicava quais jovens estavam assumindo o comando e com quem Renato deveria se reunir.
Curiosamente, muitos desses nomes coincidiam com os das empresas que Renato já planejava abordar para futuras parcerias.
A estratégia estava clara: usar as visitas de cortesia como porta de entrada para negócios.
O olhar dele se fixou sobre o primeiro nome da lista: “Gabriel”.
Renato decidiu que começaria por visitar o avô dele, o Sr. Henrique, no sábado.
Tendo acabado de retornar ao país, ainda conhecia pouco da estrutura empresarial local, mas achava a dinâmica da família Pereira um tanto peculiar.
A geração do pai de Gabriel ainda estava em plena atividade, mas, mesmo assim, o tal André havia sido relegado a uma filial menor, enquanto o Sr. Henrique, aparentemente, havia ignorado a hierarquia e entregado diretamente o poder ao neto.
Renato, no entanto, não era do tipo que se interessava por fofocas ou dramas familiares. Quem estivesse no comando, era com quem ele faria negócios.
Gabriel era da mesma geração que ele, embora alguns anos mais novo. Ainda assim, imaginava que conseguiriam se entender facilmente.
Na verdade, antes mesmo da ligação do jovem, o pai dele já havia entrado em contato com o próprio Henrique. O avô de Renato, por sua vez, já havia falecido há algum tempo.
Lembranças do passado começaram a emergir, e Henrique soltou um breve suspiro, murmurando:
— Se a família Cardoso não tivesse decidido seguir carreira fora do país, com certeza hoje estaria entre os três maiores clãs da Cidade A.
— Mas por que voltaram agora? Resolveram retomar os negócios no Brasil? — Perguntou o mordomo, puxando conversa.
— Não exatamente. Eles não estão voltando de vez. Só querem montar um centro de distribuição por aqui. O foco da empresa ainda está no exterior. — Explicou Henrique.
O mordomo assentiu, compreendendo melhor a situação. Então era apenas uma estadia temporária, uma viagem para resolver negócios e, de quebra, reencontrar antigos amigos da geração anterior.
— Quanto ao motivo da ida pra fora... — A voz de Henrique parou no meio da frase, e ele não completou.
Afinal, era uma ferida antiga. Mesmo sendo um funcionário de confiança, o mordomo não precisava saber de todos os detalhes.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
Eu estou pagando para ler os capítulos e vcs não desbloqueiam para que eu possa ler. O que acontece????...
Desbloqueia por favor!!!!...
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Não consigo pagar para desbloquear. Está dando erro!!!!...
Que chato!!! Desbloqueia!!!!...
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O romance é muito bom, mas qdo é que o sofrimento de Beatriz chega ao fim. Já está prolongado demais esse livro....
Libera os capitulos!...
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