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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 534

Levar bronca? Ah, isso Rafael não iria bancar. Que o Gustavo fosse sozinho. Aquele sujeito tinha cara de santo, mas era bem ardiloso por dentro.

Ao ouvir a desculpa esfarrapada de Rafael, Gustavo logo entendeu que era apenas uma forma educada de escapar.

— Deixa pra lá. Se você estiver ocupado, eu mesmo subo. Não precisa chamar nenhum assistente. — Respondeu Gustavo, direto.

— Uhum, claro. — Disse Rafael, encerrando a ligação logo em seguida.

Depois, murmurou para si mesmo, com um suspiro de alívio:

— Vá levar a bronca sozinho, meu amigo... Me deixa fora dessa. Ainda quero viver mais uns dias.

Ele bem sabia que não havia contado a Gustavo que o Sr. Gabriel já tinha decidido, desde cedo, que iria, sim, até a Aurora. Mas, para ele, não havia motivo algum para avisar. Afinal, Rafael era leal a Gabriel, e não a Gustavo.

Além do mais, esse Gustavo ainda queria usá-lo como escudo? Hah, nem disfarçava a má intenção. Rafael também não se sentia nem um pouco culpado por não colaborar.

Não demorou muito para Gustavo chegar ao último andar, onde ficava o escritório da presidência.

Ao passar pela sala dos assistentes, deu uma olhada rápida e confirmou: Rafael realmente não estava ali.

No fundo, Gustavo achava que esse tipo de conversa deveria vir de Rafael. Afinal, ele era o braço direito do Sr. Gabriel. Mas, como o projeto era dele, e o Sr. Henrique havia dado ordens diretas, se Gabriel aparecesse na Aurora à tarde... Quem acabaria sendo cobrado seria ele mesmo.

Suspirou fundo por dentro e se posicionou em frente à porta do escritório. Bateu duas vezes.

Lá de dentro, ouviu-se um:

— Entre.

Gustavo abriu a porta e entrou, começando a conversa com uma breve análise do andamento do projeto com a Aurora.

— Entendido. Mande o PPT da proposta para o meu e-mail. — Disse Gabriel, sem levantar os olhos do computador.

Ao ouvir isso, Gustavo hesitou por um segundo. Depois perguntou:

— Claro. E à tarde... O Sr. Gabriel também vai estar presente?

Aquela frase soou estranha aos ouvidos de Gabriel. “Também”? Como assim “também”? Quando foi que ele não iria?

Sem mudar a expressão, apenas respondeu com um leve:

— Vou.

Ao ouvir essa confirmação, Gustavo respirou fundo discretamente e soltou:

Já havia sido assim antes. O velho não apenas restringira seus passos, como praticamente tirara sua liberdade. E agora? Mesmo depois de um divórcio oficial e definitivo, ainda queria controlá-lo?

Gabriel já tinha desistido de tudo. Agora, não se importava mais com as consequências. Que viesse o que tivesse que vir.

Além disso, desde que saiu da detenção na noite anterior, os quatro seguranças designados por Henrique para segui-lo não apareceram mais.

Era a brecha perfeita.

Com o avô hospitalizado e preocupado com outras questões, ele teria algum tempo livre antes que alguém tentasse detê-lo.

Ciente disso, Gabriel agiu rapidamente. Imaginando que em breve poderiam tentar impedi-lo, ordenou que Rafael entrasse em contato com Daniel imediatamente. Iria à Aurora antes do previsto, ainda naquela manhã.

Enquanto isso, no nono andar, na sala do gerente do departamento de projetos...

Assim que voltou, Gustavo entrou em contato com o Sr. Henrique. Mas não conseguiu falar diretamente com ele. Quem atendeu foi o mordomo da família Pereira.

Gustavo explicou toda a situação. O mordomo ouviu, prometeu repassar a mensagem ao patriarca e, em seguida, encerrou a ligação.

— Gustavo... Esse trabalho seu tá puxado, hein? — Brincou um dos outros gerentes, em tom de deboche.

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