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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 666

Somando-se àquela impressão inicial carregada de estereótipos, Letícia estava cada vez mais convencida de suas próprias suspeitas.

— As empresas do Li Rui são, em sua maioria, legais e bem estruturadas. Em vários setores, estão entre as líderes. — Continuou Eduardo. — Já o Renato, apesar de tudo, tem uma boa reputação. Não parece ser alguém que age de forma cega e sem limites.

Letícia franziu os lábios:

— Ah, mas juntar a fama de “parente desaparecido há vinte anos” a isso... Quem resistiria a um reforço desses?

— Eu mesmo vou conversar com o Renato. Acredito que ele não vá fechar os olhos para os crimes da Vitória. — Garantiu Eduardo. — Além disso, ainda temos a família Pereira. O Sr. Henrique não vai ficar de braços cruzados.

Ao ouvir isso, Letícia se acalmou. No fim, o que realmente importava era que Beatriz estivesse em segurança.

Enquanto conversavam, já haviam chegado ao restaurante. Letícia entrou junto com o irmão, sendo conduzidos por um garçom até o salão reservado.

— Ei, você está dez minutos atrasado! O grande Eduardo, todo-poderoso presidente, não consegue chegar na hora, é isso? — Provocou Leonardo, largado na poltrona, uma perna cruzada sobre a outra, sem a menor formalidade.

— Tinha trânsito. — Respondeu Eduardo, seco.

— Hah... Será que não ficou com a cabeça presa lá no hospital, cheio de saudadezinha da... — Leonardo começou a zombar, mas a frase morreu pela metade.

Porque, logo atrás de Eduardo, entrou alguém que ele jamais esperava ver.

Letícia.

— Boa noite, Leonardo. — Cumprimentou ela, com um leve aceno e um sorriso doce.

Leonardo quase saltou da cadeira. Endireitou a postura num reflexo instantâneo, a coluna rígida como uma vara, o corpo todo tenso.

— Oi, Lelê... — Forçou um sorriso desajeitado, meio sem graça, meio constrangido, a voz fraquejando.

“Mas o que a Letícia está fazendo aqui?

Não era um jantar só com o Eduardo?

Esse desgraçado nem se deu ao trabalho de me avisar...”

Naquela noite do baile no cruzeiro, Leonardo, o eterno conquistador, não se impressionara com nenhuma mulher... até que seus olhos se prenderam em Letícia.

Ali já ficava claro: a garotinha de antes crescera exatamente dentro do seu ideal de beleza.

Ela era ao mesmo tempo elegante e intensa, misturava com perfeição delicadeza e vivacidade, conseguindo transitar entre timidez e ousadia com uma naturalidade única.

Seu olhar era límpido, radiante, e sua postura, impecável.

Ela era simplesmente a mulher dos sonhos dele.

— Ei! Vai ficar viajando? Já pedi o cardápio.

A voz de Eduardo quebrou o encanto no instante em que Leonardo se perdia naquele sorriso.

Leonardo voltou a si, sem graça, o rosto ruborizado. Pegou o menu às pressas e fingiu se concentrar na leitura.

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