Acordo com frio, meus olhos não conseguem parar abertos por causa da luminosidade , me sento e percebo que voltei para meu corpo. Assim que meus olhos se acostumam com a luz do dia vejo que ainda estou na beira do lago e estou... NUA!
— Ai merda… Como vou pra casa nesse estado? Deveriam ter me avisado!
— É fácil, se transforme e assim poderá ir para casa sem que ninguém te veja nesse estado. – fala Maya me assustando.
Havia me esquecido que minha transformação trouxe um espírito de lobo para dentro do meu corpo.
— Maya, não é fácil se transformar assim. – digo me levantando e olhando em volta. Avisto a uma certa distância uma pilha de ossos. – O que é aquilo?
— Bem, foi meu jantar. Eu estava faminta e assim que você adormeceu apareceu um cervo. Agora só é um monte de ossos. – fala como se fosse normal comer um animal tão grande, só de pensar dá náuseas .
— Mas como? Eu não me lembro de nada!
— Eu fiquei no controle e pude me alimentar...
— Da próxima não deixe vestígios do que você aprontou, e peça para usar meu corpo.
— Olha quem fala, você estava usando meu corpo e nem pediu permissão, eu só peguei o que na verdade é meu.
A ignoro e começo a caminhar tentando achar o caminho de casa, agora como está de dia tomo cuidado para não me machucar. Ouço passarinhos cantando felizes por mais um dia, animais pastam longe daqui e outros caçam.
Com meu novo sentido, chego rápido aos fundos de casa. Mas e se o Gastón estiver em casa? É melhor eu olhar na garagem para ver se o carro dele está lá. Ando pé ante pé até a garagem e para minha surpresa ele não está.
— Que alívio... – digo respirando calmamente.
Abro a porta e corro escada acima como um raio e chego ao meu quarto.
Tomo um banho bem relaxante e visto um vestido azul claro, por incrível que pareça eu não estou com fome, talvez por causa do cervo inteiro que jantei.
Os dias passaram tão rápido e tanta coisa aconteceu que só agora lembro que eu estava com uma costela quebrada, mas depois de ontem acho que já cicatrizou. Aliás, eu não sinto mais dor a muito tempo.
2 semanas depois
As semanas passam rápido, voltei a escola um dia depois da minha transformação. Stefanny às vezes vinha e conversava comigo mas era mais eu e a Anna. Em casa eu não vejo Gastón desde aquele dia na floresta, cada dia que passa me preocupo mais com meu pai. Edgar disse ontem que encontraram a casa que ele está sendo mantido. Estão planejando entrar e resgatá-lo. Claro que eu queria ir junto, mas Edgar não deixou. Só tenho que esperar e rezar para que meu pai esteja bem.
Aqui estou eu deitada no sofá sem nada para fazer, porém algo me diz que isso está prestes a mudar. Estou sentindo, tenho um pressentimento que algo está a acontecer, mas o que…?
A campainha toca e vou ver quem é, quando abro a porta dou de cara com um garoto loiro, ele me parece o Edgar.
— Em que posso ajudar? – digo encarando o mesmo.
— Mandaram te avisar que acabaram de trazer seu pai… – nem espero o rapaz terminar e saio correndo.
Ele deve estar na casa do Edgar. Corro sem parar para descansar e como já fazem dois meses que estou aqui, o caminho já decorei.
Chego e bato na porta de Edgar, que a abre. Encaro o mesmo com os olhos carregados de esperanças pedindo que realmente seja verdade e que meu pai já esteja seguro.
— Meu pai… – falo para ele suplicando com os olhos.
— Entre, ele está no escritório.
Corro pelo corredor e paro antes de entrar. Abro a porta com cuidado e medo de ver o que haviam feito com ele, observo a sala onde estive com Gastón a algum tempo atrás e vejo meu pai parado de costas para mim.
— Papai? – falo dando a chance dele se virar e eu me jogar em seus braços.
— Estela… – diz ao me abraçar fortemente.
— Fiquei com tanto medo de te perder também! – digo aos prantos.
— Eu estou aqui, minha pequena… E você foi muito forte em aceitar a história de sermos lobisomens e de se transformar também.
— Eu… Eu meio que sempre soube que era diferente de alguma maneira.
— Soube da cor da sua loba. Eu vou dar um jeito, eles não vão te levar.
— Como pode estar assim? Seus machucados… – digo me afastando e só agora percebo que seu rosto está machucado só com alguns arranhões.
— Uma das maravilhas de ser lobo é poder se curar dos machucados bem rápido.
— Papai eu acho que o melhor seria eu me encontrar com meu companheiro… E afinal, quem é Lukeche?
--- Lukeche é um vampiro muito poderoso...
— E o que ele quer comigo? – tenho até medo da resposta.
— Não sei, de alguma forma ele descobriu que você era a protegida da lua… A filha tão almejada da lua e com isso ele queria ter uma ninhada com você. Assim os vampiros que iriam nascer seriam mais velozes e poderosos... Foi sua gente que matou sua mãe.
— O que? – ele matou a mamãe por minha causa? – porque ele é tão parecido com você?
– Ele é seu tio, Estela. Mas outra hora eu te conto, agora temos algo mais importante a tratar.
— O quê é? – digo nervosa.
— Como você disse, você tem que ir encontrar seu companheiro e juntos vocês terão o poder da lua a seu favor. Filha, eu não queria te deixar ir...
— Papai tudo bem, eu entendo! – na verdade eu estou morrendo de medo.
— Eu sei filha… – diz pegando o celular e digitando algo e desliga o mesmo – acabei de mandar avisar que você chegará essa semana lá na Vila. Sei que tratarão você muito bem.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Filha da Lua
AMEI A HISTORIA...
AMEI A HISTORIA...
AMEI A HISTORIA...
Uma pena a história é linda,mas tem muito erro de português...