—Você tinha que ter discutido com ela? Pergunto depois que a moça sai
—Você viu que ela me chamou de babaca? Ele pergunta incrédulo olhando para mim
—Eu pesquisei cara, ela é uma das melhores, agora você manda ela embora assim, você quer o que? Ficar sem correr novamente?
—Chega desse assunto, vou me deitar. Ele vai para o quarto improvisado e eu fico pensando, ela tem que vim, eu mesmo irei me encarregar disso.
Chego em casa e jogo as minhas chaves na mesinha de centro, atualmente moro em um apartamento, sai da casa da minha mãe a três anos, ela sempre foi uma mulher difícil de lidar, mamãe sempre foi egoísta, queria tudo apenas para si própria, nunca tinha percebido isso até que ela tentou roubar minha parte da herança que meu pai me deixou, eles eram separados a dez anos, papai estava com leucemia e deixou sua herança para mim, ele deu dez por cento de tudo para minha mãe, mais ela não gostou e tentou me roubar, quando soube eu me afastei, sai de sua casa e comprei um apartamento para mim, hoje vivo melhore sem a presença dela, dona Eugênia sempre tentou me controlar e me jogar contra o Cris, ele sempre me ouviu, e me aconselhou, por isso sou grato a ele por muitas vezes ter me tirado de lugares que eu não sabia como sair.
Tiro minha roupa e vou para debaixo da água, deixo a água fria levar um pouco do meu cansaço, as vezes a vontade vem mais forte, porém penso no Cris que é meu porto seguro, não sou gay, de forma alguma. Mais sou um ex viciado em drogas, e o Cris me tirou dessa vida, ele é meu padrinho, ele me mantém firme, é nele que eu penso todas as vezes que me da vontade de usar drogas novamente.
Saio do banheiro e vou até meu quarto, vejo meu celular vibra. O nome do Cris aparece repetidas vezes.
—Fala.
—Está em casa?
—Sim.
—Pode procurar ela, eu aceito.
—Amanhã resolvo isso.
Desligo o celular, Cris as vezes é difícil de lidar, tento ao máximo levar tudo na brincadeira, eu gosto de não levar tudo a sério, esconde um pouco meu lado obscuro, lembro nitidamente o dia que eu fui pego pelos traficantes, eles queria uma quantia bem maior do que a que eu devia para eles, mais Cris já conhecia eles, e conseguiu me tirar de lá, por isso ele levou Lúcia embora daquele lugar.
Visto uma cueca box e me sento na varanda, por quatro anos eu fodi a minha vida, até que ele conseguiu me convencer a frequentar o AA, depois disso fui para uma clínica de reabilitação, eu tinha a vontade de mudar, de sair daquela vida, e eu consegui com a ajuda do Cris, por isso que faço o que tiver ao meu alcance para ele ficar bem.
Quando o dia amanheceu eu ainda estava acordado, passei a noite sem sono, o médico disse que pode ser ansiedade.
Tomo mais um banho, escovo os dentes e saio de casa, ainda são sete horas, talvez ela esteja acordada. Chego no endereço que estava no cartão da advogada, estacionou o carro e desço, vou até a porta e aperto a campanhia, logo a porta é aberta por a Mia.
—Boa dia. Falo com um sorriso no rosto
—Eu não quero. Ela fala e estava prestes a fechar a porta, mais coloquei o pé o que impediu que ela fechasse a porta e que eu sentisse uma tremenda dor do próprio
—Puta merda, quem foi o idiota que inventou de fazer isso. Falo dando pulos.
—Me desculpa, não imaginei que faria isso, apesar de que você é louco de colocar o pé quando eu ia fechar a porta?
Ela abre a porta e me da passagem.
—Obrigado. Falo adentrando na casa
—Sente-se, você aceita um café? Pergunta indo até a cozinha americana.
—Sim, por favor. Em pouco tempo ela volta com uma bandeja onde contem duas xícaras de café, ela me entrega uma e pega a outra.
—Seu amigo é um idiota, e eu pude ver isso só naquele dia no supermercado. Ela fala e eu sorrio.
—Ele é uma boa pessoa, só está passando maus bocados. Defendo
—Diga o que deseja, por que como ele mesmo falou, ele não quer que eu cuide do tratamento dele. Ela fala e beberica seu café.
—Ele mudou de ideia, nós precisamos de você. Falo
—Não sei se quero ir. Ela da uma de durona
—Eu dobro o valor que falamos para sua amiga, só preciso que faça ele voltar ao que ele era antes desse acidente.
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