(Domingo)
—O que tu tinha para falar de tão importante?
Léo pergunta entrando no meu quarto, já passa de meio dia. Estou me sentindo abandonado de certa forma, poxa meus único amigo só vem aqui de vez em quando, isso me deixa puto de raiva velho.
—Agora não importa mais, pode voltar para onde estava. Falo com raiva, Léo percebe que estou com raiva e vem até onde estou, ele passa a mão no meu cabelo.
—Desculpe nenê, mais eu tenho mulher para pegar, eu não sou como você que está em off.
Dou um soco no braço dele.
—Aí seu viado, isso dói. Léo passa a mão no lugar onde atingi.
—Você não está vendo que ainda estou me recuperando. Falo com raiva.
—Tudo bem, desculpe, mais fala aí, o que tinha tanta urgência para me falar. Ele senta ao meu lado e coloca os pés na mesinha onde está o suco com torrada que a Lúcia trouxe para mim.
—Esquece. Falo
—Pode falar, eu não vim aqui para você me dizer esquece, a Maria fifi que habita em mim não aceita um esquece. Ele fala ficando de frente para mim.
—Eu fiquei excitado com as mãos da Mia na minha perna. Falo sem olhar para ele.
—Você o que? está brincando, caraca veio, achei que era só zoação. Ele fala e deixa a boca aberta.
—Está ficando maluco, faz tempo que não fico com ninguém, foi apenas o instinto. Falo
—Cara, só você não percebeu as olhadas que você da para ela, até Lúcia já percebeu isso, nem com a Nicole era esse olhar apaixonado. Sorrio sem humor.
—Quer saber, você está maluco, eu não gosto daquela louca, ela é uma louca isso sim. Falo lembrando do cheiro do seu perfume.
—Se ela é essa louca que você fala, por que está com esse sorriso na cara?
Olho para ele sério, eu não posso está gostando dela.
—Quer saber, vai pegar alguma coisa para nós, melhor, vai fazer uma pipoca para nós. Falo e ele levanta.
Fico pensando no que ele disse, e se realmente eu estiver gostando dela, não tem como não ficar atraído por ela, seu corpo perfeitamente desenhado, acho que Deus resolveu fazer ela com as mãos. O cheiro que seu cabelo exala quando cai em seu rosto, me dá vontade de ter ela em meus braços. Que porcaria é essa que estou pensando?
Léo passou o restante do domingo aqui, não falamos mais desse assunto, até por que eu não vou deixar ele perceber que estou pensando constantemente nela. Eu já está louco para chegar logo a segunda feira, queria poder ver ela, sentir aquele cheiro novamente, ouvir sua voz, mesmo que nos troque poucas palavras.
—Estou indo nessa, amanhã venho na hora da sua fisioterapia. Ele se vai me deixando sozinho, Lúcia avisou que ia dormir, e mais uma vez fiquei olhando a lua, dessa vez fiz melhor.
Levanto e vou até a varanda, a lua não está cheia, acho que deve ser nova, está tão fina, mais não deixa de ter seu charme, a noite está fria, o vento bate no meu rosto, me recordo de como conheci a Nicole, pensei que fosse amor, eu achei que ela fosse a mulher da minha vida.
Léo me apresentou o pai dela, ele queria me patrocinar, eu tinha conseguido uma corrida sem nenhum patrocinador, estava na festa de apresentação, e o Léo chegou com o pai dela, ele disse que me patrocinava e que eu iria ganhar o mundo, eu fiquei tão eufórico com aquela parceria que aceitei sem pensar duas vezes, na minha primeira corrida já sendo patrocinado por ele, ela apareceu, eu fiquei encantado por ela, aos poucos nós se conheceu e logo começamos a namorar, ele fazia o maior gosto por a nossa relação, achava normal o fato dela tratar todos mal, aos poucos aquilo me incomodava, mas eu nunca falei nada, ela me jogou contra o Léo, briguei com meu melhor amigo, pedi desculpas depois de ter feito ele ter uma recaída, fizemos as pazes, e depois ela jogou ma minha cara que me traia, aquilo doeu de uma forma que não imaginei, mais depois de um mês eu percebi que não amava ela de verdade, era só coisa da minha cabeça.
Deixei a janela da varanda aberta, me deitei e não pude evitar pensar no cheiro do seu perfume.
(Segunda feira)
Acordo com os raios de sol batendo no meu rosto, levanto devagar, pela manhã sempre é mais complicado, minha perna dói mais que o normal. Vou para o banheiro, tiro meu moletom e depois minha box, ligo o chuveiro e deixo a água fria cair, quando a água começa a ficar morna entro embaixo do chuveiro.
Será que eu deveria chamar ela para sair, sei lá pedir desculpas, mais pedir desculpas de que? O que eu estou pensando? Ela já deixou claro que me detesta. Fico um bom tempo só pensando nela, que droga já estou tendo uma ereção.
—Isso só pode ser brincadeira. Falo olhando para meu membro.
Saio do banheiro e dou de cara com ela, a mulher que está dominando meus pensamentos ultimamente.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Fórmula do Amor