Fórmula do Amor romance Capítulo 53

Cris ainda está no bypass, Ricardo disse que tem muita gente na frente dele na lista de órgãos, mais se aparecer alguma compatível podemos fazer a doação, eu e a Lúcia já fizemos o exame, estamos esperando o resultado, depois que eu falei para a Lili o que aconteceu ela veio o mais rápido que pode, ela está na nossa casa com o Tay, Léo conseguiu sair da clinica por algumas horas, ele disse que está bem e como todos confiam nele, conseguiram o liberar, ele ainda na estrada vindo para cá, ele também irá fazer o exame, Ricardo vem ao nosso encontro, Henry disse que tinha uma reunião e se foi.

—Mia, podemos conversar?

Olho para Lúcia que está olhando para nós dois.

—Pode falar. Digo

—É um assunto particular. Ele fala e se afasta um pouco.

Olho para Lúcia e vou até onde Ricardo está.

—Estou com o resultado dos exames, você não tem nada para falar?

Olho para os envelopes em sua mão.

—Não, por que?

—Não pensou em me falar que está grávida? O que te deu na cabeça?

Eu esqueci completamente disso, eu estava e ainda estou tão nervosa que nem mesmo lembrei do bebê.

—Eu... não lembrava. Falo pondo a mão na frente da boca.

—Não lembrava? Como alguém pode esquecer que está grávida? Já imaginou se não fizéssemos o exame? E você fosse para a cirurgia?

—Eu não lembrei tá legal, como posso lembrar que estou grávida se o pai do bebê está naquela sala entre a vida e a morte. Falo alto.

—Deveria ser mais responsável.

—O que deu no exame, a Lúcia pode?

—Não, ela não é compatível. Ele fala

—E eu?

Pergunto mesmo sabendo que não posso doar o rim para ele.

—Do que adianta?

Ele pergunta sem paciência.

—Me fala. Digo secando uma lágrima que teima em cair.

—Sim, vocês são compatível. Ele se afasta e vai até a Lúcia, ela começa a chorar novamente.

Ficamos as duas em silêncio, eu não tinha muito o que falar. Tempo depois ela começa.

—Maicon era meu filho. Ela suspira e continua. —Eu fui abusada, lembro como se fosse hoje, eu estava voltando anoite de uma faxina, entrei em um beco que diminuía o caminho até minha casa, foi quando um homem que eu nunca tinha visto me agarrou, e abusou de mim, eu fiquei com tanto medo, e contei para minha irmã, ela disse que iria criar o bebê, e assim ela fez, mais tanto ela quanto o esposo foram mortos a tiro em uma das invasões, e eu fiquei com o menino, eu já tinha o meu filho mais novo, o pai dele tinha me abandonado, eu não sabia o que fazer, eu não conseguia sentir amor por ele, e acabei menosprezando ele, se Maicon era daquele jeito, foi por minha culpa. Me aproximo dela e a puxo para um abraço.

—Não se culpe. Ficamos as duas em silêncio, ela chovava baixo.

Lúcia põe a mão em meu ventre e olha para mim.

—Ele será um pai maravilhoso. Ela fala com um sorriso no rosto.

—Onde ele está?

Olhamos para o dono da voz e a semelhança é visível.

—O que faz aqui?

Lúcia pergunta ficando na minha frente.

—Eu quero saber do meu filho, onde é está?

—Você não tem o direito de está aqui, vá embora. Lúcia fala com raiva.

—Eu tenho todo o direito, ele é meu filho, e eu quero saber como ele está. O senhor fala, seus olhos recai sobre mim.

—Ele está no bypass, ele precisa de um transplante de rim. Falo

—Agora vá embora. Lúcia fala.

O homem se vira mais eu o chamo.

—Espera...

Ele me olha.

—O senhor realmente se importa com ele?

—Sim, eu fiz muito mal para ele, mais nunca deixei de amar meu filho. O senhor fala e olha para Lúcia que está com o maxilar travado.

—Se realmente se importa com ele, faria a doação para ela se for compatível?

Pergunto sem rodeios.

—Sim, qualquer coisa que salve meu filho. Ele fala sem exitar.

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