(DOMINGO DE MANHA)
Já fazia alguns dias que eu acordava estranha, eu não queria acreditar que estava grávida, mesmo eu sabendo como foi na outra gestação. Sei que Cris ficará feliz com a notícia por que ele já demonstrou o quanto quer um filho, estamos no começo do namoro e não pretendia ter um filho agora, mais que ele venha cheio de saúde, as duas listinha só comprova o que eu já imaginava. Uma criança é sempre bem vinda, eu não vou dizer que queria filho, por que eu não queria agora, mais eu dei uma vacilada com os remédios.
(...)
—Ele perdeu muito sangue. Falo acompanhando os enfermeiros que estão empurrando a maca.
—Eu vou cuidar dele. Ricardo fala me olhando.
O tal do MD foi morto por outro traficante, eu pensei que ele fosse nos matar também, mais ele ajudou nós dois sair de lá, ele colocou Cris no carro e trouxemos ele até o hospital.
Eu não entendi quase nada, mais agora a minha única preocupação é com o Cris.
Estou inquieta, já andei de lá para cá, já tomei água, já sentei e as horas parecem não passar. Sento e abaixo a cabeça, faço orações silenciosas, sinto uma mão em meu ombro, olho para a pessoa e é meu irmão.
—Henry. Levanto rapidamente e me aconchego em seu abraço, ele é bem maior que eu, o que me faz parecer uma criança ao seu lado.
—Como você está?
Deixo minhas lágrimas sair como se minha vida dependesse daquilo.
—Calma, ele vai ficar bem. Henry fala passando a mão em minhas costas.
Fico ali apenas chorando, quero colocar um pouco desse medo para fora e a melhor forma de fazer isso é chorar, ele vai ficar bem, ele tem que ficar bem.
—Mia...
Olho para o Ricardo que era o médico que atendeu ele.
—Ele esta bem? Por favor me fala que ele vai ficar bem. Suplico me aproximando.
—Olha Mia, o quadro dele se agravou bastante na hora da cirurgia, um dos rins dele foi atingido, ele teve uma emorragia e perdeu muito sangue. Cada palavra que saia de boca dele era um baque maior para mim, muitas pessoas tem condições de viver apenas com um rim, mas muitas delas não consegue. —Ele está no bypass, coloquei ele na lista de transplante. Ricardo faz um sinal com a cabeça e sai da sala de espera.
—Você ouviu Henry? Ele não pode me deixar, ele não pode fazer isso comigo. Falo aos prantos.
—Calma minha menina, ele vai ficar bem. Henry me abraça fortemente.
Meus soluços ecoam pela sala, como ele pode fazer isso, ele não pode me deixar, vamos ter um bebê é o sonho dele, Cristian não pode fazer isso comigo.
—Como você soube?
Questio.
—Cristian me ligou, eu vim o mais rápido que pude. Ele fala
Fico me perguntando se ele tem algo haver com aqueles homens que nos ajudou, foi tudo tão rápido.
(Josué)
—Rápido Nicole, pegue suas coisas. Falo olhando pela janela.
—Pai o que está acontecendo?
Ela pergunta jogando algumas coisas encima da cama.
—Não faça perguntas, penas arrume suas coisas e vamos embora. Falo.
Quando eu soube que o Victor tinha tomado o morro do MD eu sabia que ele viria atrás de mim, então tomei as providências para sair da cidade o mais rápido possível.
Eu tentei matar ele quando era apenas um rapaz, Victor era filho do dono do morro, eu matei seu pai em sua frente e torture ele, por fim jogue água quente em seu corpo, mandei jogar seu corpo em uma vala, paguei o MD para matar o pai do Victor e MD ficar no comando do morro, dois anos depois descobri que ele estava vivo e o pior, era dono do morro da rocinha, eu sabia que um dia ele viria atrás de mim, e agora ao saber que o MD foi morto por ele, sei que serei o próximo.
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