Quando o dia amanheceu, eu estava em dúvida se deveria ir trabalhar ou não, e se eu tiver feito algo para prejudicar ainda mais o tratamento do João.
—Bom dia mamãe. Taylor pula encima de mim sorridente
—Bom dia meu amor, como dormiu? Pergunto
—Muito bem mamãe, e a senhora? Taylor ontem pediu para assistir a um filme de desenho, eu e a Lili assistimos mais ele.
—Que bom meu amor. Dou um beijo em seus cabelos
—A senhora não vai trabalhar hoje mamãe? Ele pergunta me olhando
—Não sei filho, ainda estou pensando. Falo e ele percebe que não estou bem
—Se quiser pode ficar aqui comigo apenas abraçado.
Sorrio com a ingenuidade dele.
—Bem que eu queria meu amor, mais a mamãe tem que ir. Levanto da cama e vou para o banheiro, faço minha higiene pessoal e depois tomo um banho, lavo meus cabelos deixando os mesmo solto.
Quando chego na cozinha Lili está preparando uma torta de frango.
—As comidas aqui estão ficando cada vez mais calóricas não é senhorita Lília.
Ela sorrir e pisca o olho para Tay que está logo atrás de mim.
—Vocês dois não tem jeito não é? Sorrio e vou até ela, dou um beijo em sua bochecha e depois tomo um pouco de seu café que estava na bancada. —Até mais tarde, qualquer coisa chama a Bruna que ela fica com o Tay.
Dou um beijo nele e saio de casa, o caminho hoje ficou mais curto que o normal, em pouco tempo já estou na frente da clínica.
—Eu preciso entrar. Falo para mim mesma
Forço meus pés pés entrar no local, já posso ver algumas pessoas transitando de um lado para o outro.
—Que bom que chegou. Um dos meus paciente fala sentado em uma das cadeiras de rodas.
—Olá senhor Silva. Comprimento ele e vou para a sala do doutor.
Bato na porta e escuto um entre, abro a porta e ele está sentado em sua cadeira, a camisa social está com dois botões abertos, pude sentir a babá escorrendo no canto da minha boca... brincadeira, não é para tanto também.
—Bom dia doutora Mia. Ele fala olhando para mim
—Me desculpa, e queria saber como está o João. Falo de uma vez
—Calma, respira fundo e senta por favor. Ele fala se levantando, faço o que ele falou
Respiro fundo, e solto a respiração, depois de alguns segundos fazendo isso, me sento.
—Não precisa se culpar por nada, ontem quando chegamos ao hospital descobrimos que ele estava com um câncer no pulmão e já estava mais avançado do que imaginávamos, ele não aguentou e veio a óbito ontem.
Ele fala e eu fico em choque.
—Como assim, ele estava sorrindo e brincando aqui, eu fiz algo errado, só pode ter sido isso. Me levanto rapidamente da cadeira, as lágrimas já banham meu rosto, eu tinha me afeiçoado a ele, João era tão humorado que seu maior medo era morrer se ninguém, quando dou por mim Ricardo já está me abraçando.
—Claro que a culpa não foi sua, você está indo muito bem.
Depois de um tempo me solto de seu abraço.
—Eu preciso ir para casa, não viu conseguir olhar para eles hoje.
Falo arrumando minha bolsa no ombro.
—Eu levo você em casa, as consultas hoje foram todas suspensas. Ele diz pegando o paletó e as chaves do carro
—Não precisa. Falo
—Eu insisto.
—Acabo aceitando e seguimos para o carro.
—Você mora sozinha? Ele pergunta depois que falo onde fica minha casa
—Não, moro com meu filho e uma amiga, é mais como uma irmã. Falo e ele sorrir
—Então você já tem um filho? Ele pergunta olhando para mim
—Sim, ele tem cinco anos, é minha joia mais preciosa. Falo lembrando de quando ele nasceu, tive ele de parto normal, mamãe tinha acabado de morrer, Lília estava no quarto comigo quando Henry ligou falando o que tinha acontecido, eu não falei para ele que Tay já tinha nascido, apenas falei que ficaria bem, quando ele fez dois meses eu liguei avisando que meu bebê tinha nascido, ele nem imagina que foi no mesmo dia que mamãe morreu, consegui convencer a mulher do cartório a colocar a data errada do aniversário do meu filho, pode ter sido loucura, ou até mesmo crime, mas seria tão doloroso para meu filho completar ano no dia da morte de sua avó, ninguém além de mim e da Lili sabe sobre isso.
—Eu também tenho um filho, a mãe dele deixou ele comigo e foi passar uma temporada fora do Brasil, poderíamos sair qualquer dia e levar eles dois. Ele fala me deixando um pouco sem jeito
—Isso seria muito bom. Falo
—Eu posso ligar para marcar? Ele pergunta e Afirmo com a cabeça
—Chegamos. Falo e ele para o carro. —Quer entrar? Pergunto rezando para ele dizer que não.
—Claro. Que droga por que eu perguntei, deveria ter falado que estava cansada e iria dormir
Ele desce do carro e vem abrir a porta para mim, sorrio e desço do carro, seguimos até a porta, abro a mesma e já dou de cara com Lili que está jogada no sofá junto do Tay.
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