Fórmula do Amor romance Capítulo 9

Eu sai da clinica, não estava me sentindo bem psicologicamente, Ricardo sempre insiste para que eu volte, mas eu não consigo.

—Está tudo bem? Lili pergunta sentando na cama onde estou deitada.

—Está tudo bem, só estou pensando um pouco. Falo puxando um travesseiro para me abraçar.

—Sabe que vai arrumar alguma coisa melhor, achei aquele serviço muito ruim para você. Ela fala e eu reviro os olhos.

—Lili eu sou fisioterapeuta e não advogada criminalista, eu não fico sentada tentando defender uma pessoa, eu faço exercício nas pessoas, nenhum serviço será bom o suficiente para mim. Falo e ela sorrir

—Mais você tem acesso a todas as partes do corpo. Solto uma gargalhada com seu comentário

—Você não tem jeito não é sua tarada. Lili sorrir e joga uma almofada em mim

—Vem, a lasanha está pronta. Eu admiro muito seus dotes culinários

—O que fará amanhã? Pergunto

—Tenho uma audiência logo pela manhã, é um caso de rompimento de contrato, sabe que eu aceito tudo que vem. Ela fala de forma engraçada, essa é a vantagem de ser criminalista, pode atuar em qualquer área do direito.

—Boa sorte. Falo

Jantamos e assistimos filmes, Tay dorme cedo por causa da escola, ele e Lili foi dormir e eu fique assistindo, término de assistir um desenho e depois coloco (um amor para recordar) não tem como assistir e não se emocionar, será que um dia eu vou viver um amor tão intenso, e se eu viver será que vou perder ele, ou ele me perder? Quando o filme terminou eu já estava em lágrimas, meu nariz logo começou a entupir por causa da rinite. Droga, agora será a noite toda assim.

A noite está quente, resolvo tomar um banho antes de dormir, deixo a água cair por todo meu corpo, paro um pouco para pensar, eu fiz faculdade em Madri, fiz tudo que pude para ser uma das melhores da minha turma e acabei passando em primeiro lugar, agora mal consigo um emprego, será que é o cara de ser uma Benette? Se for ele está bem pesado, quer saber eu vou comprar um carro para mim, vou gastar um pouco do dinheiro, quem sabe esse carma diminua, tantas pessoas precisando de dinheiro e eu querendo o que? Me fazer de difícil? Faz tempo que não mexo na minha conta, sei que Henry manda uma boa quantia todos os meses, as vezes até semanas seguidas, mais eu não uso, sei lá, as vezes penso que pode faltar algo para meu filho, ele pode adoecer e precisar, amanhã vou ver o extrato e dependendo eu compro um carro e o violão do Tay, já deixei de dar muita coisa para o Taylor, ele merece tanta coisa e as vezes não dou, eu queria ganhar meu próprio dinheiro, mais está tão difícil achar algum emprego, e o único que consegui ainda sai em menos de um mês.

Saio do banheiro e vou para meu quarto, seco meus cabelos, meu sono acabou indo embora, pego uma garrafa de vinho e sento na varanda, a noite está tão linda, é noite de lua cheia, as estrelas estão em constelações, o céu está tão iluminado que dar gosto ficar olhando, ponho um pouco de vinho na minha taça e uma música baixa para tocar, me perco nos pensamentos.

Foi difícil chegar até aqui sem a minha família, mamãe morreu e eu não pude ir ver ela, estava perto de ganhar o Taylor, depois foi o Henrique, nossa foi um choque, mais eu superei, Henry só vem aqui uma vez ao ano, entendo que ele tem muita coisa para fazer, mas as vezes sinto falta da presença dele, papai as vezes vem aqui, mas passa poucos dias e vai embora.

Lembro do pai do Taylor, ele falava tanto que me amava, e depois me traiu, não sei se ele ainda me procurou, ou como teria reagido se soubesse que eu estava grávida, já se passou tanto tempo, será que ele se casou? Não que eu queira algo com ele, depois de tanto tempo o sentimento que senti por ele se perdeu no meio de tantas outras coisas, eu mudei minha percepção de vida, agora tudo que eu faço é pelo Tay.

Consegui registrar ele no nome do meu pai, é uma coisa bem louca, mas ele não podia ficar sem registro, então meu pai veio aqui e registrou ele depois de alguns meses, sei que um dia isso pode dar algum problema para mim, mas não sei se quero dividir meu filho com outra pessoa, a família dele é essa, que se resumi a mim, Lília, meu pai e meu irmão, e meus sobrinhos.

Tomo todo o líquido e coloco mais um pouco, no celular toca uma música da Roxette, sempre gostei das músicas dela. Quando dou por mim o dia já está amanhecendo, o sono me abandonou mesmo, talvez por causa do banho, olho para a garrafa de vinho e está quase seca, coloco o restante do vinho na minha taça e termino de beber o líquido que antes estava gelado.

Levanto da poltrona e sinto minha cabeça girar, com certeza foi muito vinho para uma noite.

Vou até a cozinha e esquento um pedaço da lasanha, olho no celular e já são seis e meia da manhã, que maravilha, daqui a pouco Lili acorda e vai ver que estou bêbada. Quando o micro-ondas apita tiro a lasanha de dentro, começo a comer e está ainda mais gostosa que ontem, puxo uma cadeira e me sento.

—Que delicia. Falo mastigando

—Eu sei que sou. Tomo um susto

—Você não estava dormindo? Pergunto e ela vem até mim

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