Um homem estava caminhando desajeitadamente por um beco mal iluminado, ele tinha acabado de sair de um bar e, conseqüentemente, cheirava a álcool depois de beber tanto. A figura aparentava estar na casa dos 40 anos, apesar de usar uma roupa casual, as olheiras escuras sob seus olhos tornava óbvias suas noites de sono ruins.
O sol já havia se posto, o tempo estava frio o suficiente para gelar os ossos de quem não usava casaco para se aquecer. No final da rua, uma silhueta moveu-se rapidamente em direção ao Senhor que arregalou os olhos ao sentir uma mão em seu ombro, acompanhada de outra, que lhe cobria a boca.
Quando se virou lentamente, a expressão em seu rosto mostrou o medo repentino que o fez estremecer, apesar de estar bêbado.
— Oh, quanto tempo não é John? Ótima noite para você pagar meu dinheiro. — o rapaz adornado afirmou enquanto levantava a mão.
Em resposta, aquele senhor lamentável balançou a cabeça enquanto olhava para os caras musculosos atrás do agiota, que apenas esperava por ordens para espancá-lo.
— Eu... eu não tenho essa quantia agora... — John respondeu em um tom suave enquanto cambaleava, suas pálpebras estavam ficando mais pesadas, ele colocou a mão na cabeça quando sentiu uma dor aguda que o fez soltar um gemido inaudível.
Voltando sua atenção para os caras atrás, Bruce, o agiota de aparência jovem, deu um sorriso malicioso.
— Você ouviu o que ele disse...? Este viciado miserável está dizendo que não tem o dinheiro que pegou emprestado. — a figura bradou na rua silenciosa, levantando a mão que foi direto ao rosto do bêbado, deixando a marca de seus dedos e fazendo-o cair no chão.
O tapa tinha sido tão forte que estralou, sua pele enrugada estava queimando de dor, e a garrafa de bebida quase cheia que estava em sua mão se espatifou no chão.
Uma raiva indescritível subiu à sua cabeça junto com o álcool, ele sabia que devia uma grande quantia e apesar de seus vícios irresistíveis, John estava fazendo o possível para economizar o máximo de dinheiro, ele não queria ver Gisele pagar nenhuma dívida em seu nome, não conseguir parar de beber já era humilhante o suficiente.
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