Garota de aluguel romance Capítulo 16

Era de manhã quando Gisele acordou com o sol atravessando as finas cortinas transparentes, ela suspirou profundamente ao ouvir as ondas do mar irem e virem com suavidade

Na noite anterior, com as malas prontas, Jones havia levado-a para casa de praia do Sr. Webster, quando questionado pela mulher, o motorista alegou que eram ordens do chefe. Ela simplesmente não entendia por que foi a este lugar, já que a viagem para cidade B se tratava de negócios.

A porta do quarto chique se abriu lentamente, Gabriel agora estava parado com um prato de porcelana nos dedos, que continha bacon e ovos.

Gisele sentou-se de imediato assim que sentiu o cheiro da comida, o que o fez se aproximar com um sorriso no rosto. Ele empurrou suavemente a cortina para o lado e colocou o objeto delicado, acompanhado de um garfo, sob os lençóis.

— Coma antes que esfrie. — Seu marido ordenou com a voz rouca, olhando para ela por um momento e caminhando mais uma vez para fora do local.

— Quando você chegou? — a figura retrucou em um tom gentil, fazendo com que o Sr. Webster parasse de andar quando a escutou.

Na noite anterior, com a bagagem pronta, Gisele ficou apenas na companhia de Jones no carro, uma vez que Gabriel ainda encontrava-se na empresa cuidando de alguns projetos que exigiam sua atenção total.

— Vim de madrugada depois de terminar todo o trabalho tardio. — no momento em que ouviu suas palavras, o coração da jovem acelerou, mas o homem já havia partido sem lhe dar uma chance de falar.

"Para chegar aqui, Jones levou 6 horas, então ele deve ter dirigido por muito tempo, e mesmo estando cansado, me trouxe o café da manhã na cama?" Só de pensar nisso, suas bochechas ficaram vermelhas.

Ter um relacionamento com um cara carinhoso e bem-sucedido era tudo o que sempre sonhou, mesmo que tudo isso fosse apenas um contrato temporário, não fazia mal aproveitar enquanto podia.

…

Chloe estava sentada à mesa de uma lanchonete, ela parecia um pouco alterada alguns minutos depois de ligar para um número no seu celular.

— Então, vamos nos encontrar, quero resolver isso de uma só vez. — A ruiva afirmou histericamente após colocar o café gelado na mesa de madeira.

Era possível ouvir um suspiro além das rodas de um carro esportivo em alta velocidade na pista, a pessoa do outro lado da linha parecia raivosa com a resposta inesperada.

— Você não me entendeu direito? Estou noiva de Logan, você ir ao meu apartamento não mudará esse fato. —

Apertando o celular entre os dedos, Chloe se levantou da cadeira enquanto praguejava por dentro.

Seu vestido era preto justo, com um decote largo entre as pernas brancas, ela usava uma luva de renda floral preta que combinava perfeitamente com o anel que tinha uma grande pedra de diamante brilhante em seu dedo, um presente que foi dado em seu aniversário por Logan, o mesmo que era noivo da mulher com quem discutia ao telefone.

A figura deitada no chão ainda dava pequenas respirações artificiais, mas qualquer pessoa poderia dizer que ela não aguentaria por muito mais tempo, sem demora, Chloe a envolveu em seus braços apesar do ódio que sentia, manchando seu vestido branco com sangue.

— Isso é uma... — As palavras que saíram de seus lábios vermelhos eram tão fracas que a figura que a segurava não conseguiu ouvir através de seus soluços.

Em meio à raiva e tristeza, ela se despediu de Evangeline naquela manhã que a assombraria pelo resto de sua vida.

Algumas horas atrás, a jovem ligou para um detetive particular que encontrou na internet, apenas dizendo o nome e redes sociais da pessoa, foi possível encontrar o máximo de informações, e junto com isso veio até o número de celular mais recente que a loira havia usado.

Antes que pudesse reagir, a porta da suíte foi aberta abruptamente, agora na frente da garota cujo tinha um corpo frio nos braços, havia um enorme grupo de policiais, que apontaram suas armas para ela enquanto se aproximavam.

Chloe foi algemada assim que se afastou da mulher morta, e puxada pelos braços pelo corredor enquanto lutava para se libertar.

— Me soltem, eu não a matei, não sou uma assassina. — a ruiva rosnou, em uma tentativa mal-sucedida de fazê-los ouvir.

A essa altura, já era tarde demais para voltar atrás, se soubesse o que estava para acontecer, ela nunca teria discado esse número e começado uma longa discussão com aquela mulher.