Mais tarde naquela madrugada, em que o casal corria contra o tempo para retornar a cidade, notícias avassaladoras do rádio abalaram a garota que estava quase dormindo em seu assento aconchegante. "Uma estudante universitária chamada Chloe assassinou a noiva de seu amante Logan, nesta quarta-feira..." Essas palavras a despertaram imediatamente.
— Não pode ser… — em meio ao choque, Gisele pegou o celular e foi procurar notícias na internet, o que foi sua melhor decisão, já que o assunto era o mais falado nas redes sociais e, infelizmente, seu palpite inacreditável estava de fato correto.
Sr. webster olhou-a brevemente com o canto dos olhos, perguntando-se o motivo de sua reação exagerada. Enquanto dirigia, ele lembrou-se que por acaso já tinha ouvido esse nome, e se estivesse certo, era a melhor amiga de sua esposa temporária.
Ao descobrir a localização da delegacia de polícia onde estava a "assassina cruel", Gisele prendeu a respiração enquanto tentava entender a situação atual. Como se seu pai idiota não fosse ruim o suficiente, Chloe também estava sendo acusada de algo que ela tinha certeza que era falso.
— Podemos... passar por este local antes de ir para o hospital...? — a garota indagou, entregando o celular ao Sr. Webster.
Como previsto, ao amanhecer, ele finalmente chegou à cidade A, indo direto para o endereço ao qual sua esposa havia mencionado algumas horas antes.
Felizmente, a delegacia de polícia ficava alguns quarteirões antes do hospital, isso não os atrasaria. Durante toda a longa viagem, Gisele não conseguia dormir, se seu rosto não tivesse maquiagem, as olheiras seriam visíveis.
Ao finalmente chegar na delegacia, a Sra. Webster saiu do luxuoso veículo e entrou no casarão, encontrando alguns policiais que estavam logo à frente no corredor, em suas respectivas carteiras.
— Eu gostaria de visitar Chloe, a garota que chegou recentemente. — Ela o abordou, ofegante.
Tomando um gole do café que estará em suas mãos, o agente voltou sua atenção para a bela jovem.
— Sim, eu sei exatamente quem ela é, mas a assassina não pode receber visitantes. Sinto muito, é a lei, além disso, qual seria sua relação com a criminosa? — o policial, que parecia estar na casa dos trinta, a interrogou.
Porém, na expressão de Gisele foi possível perceber a raiva evidente, controlando-se para não surtar, ela se aproximou dele e o encarou sem desviar o olhar.
— Você pode por favor parar de chamar minha amiga assim...? — Em resposta, a figura simplesmente ficou calado, voltando mais uma vez sua atenção para o computador e a ignorando.
De mãos atadas, a garota se encolheu na frente daqueles policiais e caminhou rapidamente para à saída.
O Sr. webster, por sua vez, ficará sem expressão ao entrar e observá-la caminhar em sua direção. Ela mordeu o lábio inferior, contendo as lágrimas por mais uma derrota: "Gabriel já me ajudou com as despesas do hospital, não posso pedir mais nada, e esse caso da Chloe certamente vai ser muito caro...", ela imaginou.
Assim que os dois saíram da delegacia, o marido a agarrou pelo braço.
— Gisele, posso ajudá-la... — Mas, ao formar essas palavras, a esposa levou o dedo de uma das mãos aos lábios dele.
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