Na prestigiosa delegacia da cidade A, um carcereiro agarrou uma jovem pelo braço que agora usava uma simples roupa verde padronizada.
Enquanto caminhava rapidamente pelo corredor com inúmeras celas, seu corpo tremia com a ideia de ficar lá pelo resto de sua vida patética.
“Tive a oportunidade de ligar para um advogado mas optei por procurar pela a minha melhor amiga, para meu azar ela não atendeu” pensou enquanto mordia o lábio inferior.
Enquanto olhava para si mesma, sua expressão deixava evidente a repulsa que sentia, agora que não conseguia nem comer uma boa refeição ou frequentar a faculdade.
O homem ao lado dela finalmente parou na 'cela 207', indicando que eles haviam chegado. O coração de Chloe disparou, lembrando-se das palavras que ouviu do detetive que a investigou. "Já encontramos a prova do crime, no apartamento da vítima, mostra o momento exato em que você entrou e saiu da cobertura, coincide com o do assassinato."
De repente, seus olhos se arregalaram quando sentiu uma mão em suas costas, a mesma que a empurrou para dentro, fazendo-a cair no chão.
De frente para o carcereiro, a jovem percebeu o sorriso arrogante que ele deu enquanto se preparava para fechar a porta de ferro com uma pequena janela feita de grades.
— Esta é a sua nova companheira, ela matou a noiva do seu amante. — a figura concluiu em tom de superioridade antes de partir.
Uma das mulheres no beliche de cima que ficava em uma das paredes desceu, e ao lado das outras duas prisioneiras, ela se aproximou de forma intimidante enquanto Chloe se levantava.
— Garotinha, não importa qual crime você cometeu, eu sou a dona desta cela, você a partir de hoje é minha serva. — A voz soou como uma ordem, fazendo a ruiva cerrar o punho.
— Você entendeu? — A figura ergueu a voz, agarrando-a pelo cabelo enquanto olhava em seus olhos azuis claros.
Foi o suficiente para irritar Chloe, como se não bastasse ser acusada de um crime e ir para a prisão, ela ainda teria que se submeter a prisioneiras como sua gentalha? Mostrar que era uma perdedora fraca seria apenas motivo para aquelas vacas se aproveitarem, desta vez ninguém pisaria nela tão facilmente.
Essa dor fina só se intensificou quando a figura puxou com mais força, fazendo-a soltar um pequeno gemido.
Sem hesitar, a ruiva formou saliva na boca e lançou-a no rosto da mulher, e quando ela se distraiu, a jovem avançou por cima dela, dando-lhe dois tapas consecutivos.
— Se você acha que vou me ajoelhar e aceitar isso tão facilmente, está redondamente enganada. — ela afirmou.
No entanto, as outras duas presas que estavam calmas antes correram em cima dela, segurando-a com força para que sua companheira de penitenciária batesse.
A única coisa que pôde ver antes de levar um forte soco no estômago foi o movimento rápido da loira de cabelos curtos cujas mechas se moviam de acordo com o vento leve.
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