Resumo do capítulo Capítulo 9 de HOOK
Neste capítulo de destaque do romance Romance HOOK, I'm Emili apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
Abigail ainda estava chateada que Hook continuasse pensando nela como a vilã que ela não era, seja lá o que houve com ele no passado foi tão ruim que o quebrou pra toda vida.
Pensando por esse lado, ela sentiu compaixão. O mundo estava em dívidas com os novas espécies pelo inferno que alguns os fizeram passar. Ela teve apenas uma pequena amostra de tempo na mão daqueles homens e se Hook não tivesse chegado a tempo, sabe-se lá Deus qual seria seu destino.
Mas Abbie se recusava a pagar por um erro que não cometeu. Ela queria mostrar para ele que ainda havia esperança, que nem todos os humanos iriam machucá-lo. Ela sabia que não tinha motivos para isso desde que o macho não estava disposto a deixar ela se aproximar emocionalmente mas seu coração ordenava que fizesse o contrário de manter distância.
— Estou com sono, está anoitecendo novamente. Você acha que o resgate chegará ainda hoje? — ela perguntou.
— É provável que chegue durante a madrugada de acordo com os cálculos mentais que fiz. Vou abrir o colchonete para você se deitar.
— Obrigada e você não vai se deitar também?
— Não dormirei.
— Pode se deitar comigo, prometo não encostar em você. Te acho um idiota mas não vou aceitar que fique sem dormir aí enquanto eu durmo.
— Talvez mais tarde. Deite-se. — disse ríspido depois de abrir o colchão e sacudí-lo no ar para tirar a poeira. Por sorte não havia tanta.
Eles não disseram mais nada. Os olhos do macho observou Abbie se deitar encolhida e fechar os olhos. Ele decidiu fazer o mesmo perto da porta, ele também estava cansado e dormir iria acelerar o tempo e o resgate chegaria mais depressa. Poderia se deitar com ela mas seu corpo estava agindo irracional quando entrava em contato com a pele da fêmea.
Algumas horas depois, Abbie percebeu que seu corpo estava inquieto e ela não conseguia dormir totalmente. Estava fazendo frio até mesmo dentro da cabana e seus pés estavam gelados, assim como sua mão.
Um leve barulho chamou sua atenção para Hook, ela olhou para ele quando o macho começou a se debater forte no chão e grunhindo enquanto socava o vento a frente dele. Ela se preocupou e se aproximou com cautela tocando a perna dele com cuidado para não ser atingida por seu punho.
— Ei, Hook! — ela o chamou mas ele apenas grunhiu.
Droga, ele estava tendo um pesadelo e parecia ser bem ruim, parecia estar lutando com alguém. Seu peito apertou em angustia, provavelmente seus anos na Mercille o traumatizou a ponto de o fazer ter pesadelos também. Ela perguntou-se mais uma vez o que aconteceu com ele, estava cada vez mais certa de que fora algo terrivelmente ruim pelo fato de ele odiar os humanos com toda sua alma.
— Hook, acorda. — ela disse mais alto arriscando se aproximar para tocar seu rosto tendo cuidado para desviar seu braço.
Imediatamente ele abriu os olhos reagindo a ser tocado.
O macho se sentou com a respiração ofegante e olhou fixamente para o rosto de Abbie.
— Você está bem? Está tudo bem agora. — a voz dela foi suave para confortar ele.
— Tentou me machucar enquanto eu dormia? — fúria passava pelo seu olhar.
— Claro que não! — sua acusação doeu.
— O que estava tentando fazer?
— Nada, eu só toquei seu rosto para tentar acordá-lo. Você estava tendo um pesadelo e parecia bem ruim. Eu só queria ajudar. — Hook estudou as expressões dela e viu sinceridade.
— Pensei que estava tentando me matar durante meu sono.
— Minhas mãos estão vazias, será que eu conseguiria te matar usando meus dedos? — debochou.
— Não estou brincando, humana. — ele rosnou.
Abbie bufou.
— Eu jamais faria isso, Hook. Você está ficando paranóico comigo, eu não te dei nenhum motivo para isso, no entanto. — seu peito doeu.
— Sinto muito. Mas já tive uma experiência parecida antes.
— É mesmo? Já esteve perdido no meio do nada com uma mulher antes hein?
— Não exatamente a mesma experiência. Mas uma humana se passando por inocente e amável comigo me traiu, eu confiei minha vida a ela e... — Hook percebeu que o pesadelo o tinha deixado vulnerável e que estava falando demais — Esquece, não é da sua conta.
— Pode continuar falando. Talvez seus pesadelos sejam decorrentes de uma alma sobrecarregada de rancor, tente desabafar.
— Não vou entregar minhas fraquezas de bandeja para você. — ele grunhiu.
— Mas não faça. — ele temia sentir seu desejo por ela crescer se o fizesse.
— Está bem. Sinto muito. — ela não sentia.
— E tem outra coisa que não quero que faça mais para mim.
— Existir? — ela brincou de novo, sorrindo.
Ele grunhiu.
— Não. É algo que já falei. Sorrir.
— Por que? Qual seu problema com meu sorriso? Meus dentes são feios?
— O seu sorriso me deixa estranho e não gosto da sensação. Durma, Abbie. — sua confissão deixou a fêmea atordoada e com o coração martelando seu peito.
Ele não disse mais nada e muito menos ela, não sabia o que dizer. Queria perguntar se a sensação era ruim ou boa mas visto que ele disse que não gosta da sensação, certamente era ruim.
Ela decidiu então virar de costas para não correr o risco de suas mãos sem querer encostar nele além do necessário. Virou-se lentamente mudando a posição de sua cabeça do peito dele para o braço e ficando de costas.
Uma imagem passou pela mente dele de também fazer isso mas a posição era extremamente íntima, no entano do jeito que estava não esquentaria ela em nada. Sendo assim, Hook se moveu cobrindo seu corpo por trás. A sensação era simplesmente incrível, nunca tinha experimentado nada igual.
Ela parecia tão pequena e certa em seus braços.
Seu pau estremeceu e suas bolas se apertaram até ele sofrer uma dor aguda quando a bunda de Abbie se encostou mais contra ele. Suavemente amaldiçoou.
Abbie sentiu algo duro cutucando sua bunda, surpresa atingiu-a quando se deu conta do que poderia ser. Segurou uma risada. Ele estava duro por estar perto dela.
Uma ideia lhe veio a mente. Estava farta de Hook a tratando mal quando não merecia e decidiu realmente merecer isso.
O quão irritado ele ficará por estar excitado por uma humana? Pensou ela com um olhar e sorriso travesso.
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