Em seguida saiu com passos apressados em direção a outra cabana distante dos três homens mortos e do cheiro imundo deles. Entrou na próxima, se abaixou no chão e começou a examinar o corpo dela com o olhar, uma angustia desesperadora esmagava seu peito.
Tentou esconder seu interesse nos montes macios e suaves de carne dentro do sutiã dela e o pequeno montinho contido no material fino cobrindo seu sexo. Ele examinou-a com fascinação, nunca tinha visto uma mulher com um corpo tão delicado e suavemente perfeito.
Havia sangue em sua coxa junto com um corte não muito fundo. Ele limpou gentilmente com a própria mão antes de passar a língua em cima do ferimento. Se sentiu um bastardo sujo por naquele mesmo instante seu inferior enrijecer, ele desejava aquela fêmea como nunca desejou ninguém antes.
Sua mão se moveu para tentar encontrar alguma contusão mais grave nela, os dedos dele delicadamente apertaram a pele macia, grunhiu baixo gostando da sensação.
Cheirou mais sua pele buscando resquícios dos homens mas não sentiu nada além do medo dela. Um suspiro aliviado saiu dele por saber que o bastardo humano mentiu sobre ter abusado dela. Simplesmente o pensamento disso acontecendo a ela o enlouqueceu.
Seu dedo passou por cima das contusões em seu rosto e amaldiçoou as almas dos humanos que certamente já estavam queimando no inferno por terem manchado a pele tão perfeita que ela tinha.
Porra, ela era indefesa, sensível e frágil. Seu instinto o fez rugir novamente.
Afastou seu cabelo cheirando-o no processo, só sentiu o shampoo de côco tão agradável que ele passou apreciar. Outro suspiro aliviado saiu dele, não havia sangue na cabeça. Provavelmente ela teve uma leve concussão quando caiu e desmaiou. Entretanto o medo de ter sido algo mais grave estava lá, agarrado a ele, deixando seu coração pesado.
De repente Abbie se sacudiu em seus braços, começou a se debater parecendo estar lutando. Seus olhos estavam fechados quando começou a falar palavras sem sentido mas que logo fizeram o grande nova espécie ficar chocado.
— Salve-se, Hook. Não deixe que te peguem. — murmurou ela.
Segundos depois ela abriu os olhos, parecia atordoada, assim como Hook estava boquiaberto.
— Você está bem? — ele perguntou a ela.
— O que aconteceu? Você está bem? Aqueles homens... — isso balançou o macho.
— Você que se machucou, esteve em perigo e está preocupada com meu bem estar?
— O que aconteceu? Estou muito confusa mas lembro de homens procurando por você, eram da Mercille.
— Eu os matei Abbie. Eles machucaram você?
— Havia mais dois no helicóptero.
— Esses foram os primeiros, foi assim que consegui as armas.
Abbie fechou os olhos para combater uma tontura, quando se sentiu melhor abriu-os novamente com todas as lembranças voltando. Agora ela se lembrava de tudo. Hook apareceu para salvá-la.
Olhou para seu corpo constatando sua seminudez, suas bochechas coraram por estar assim tão exposta mas lembrou-se dele deixando bem claro que não estava interessado nela como mulher. Mesmo assim notou que o sentimento de estar assim para Hook era diferente de estar assim para aqueles homens. Ela não sentiu medo.
— Você está tremendo. Está sentindo alguma coisa? Dor de cabeça? Tontura?
— Tontura e frio, muito frio.
Hook se moveu um pouco, deixou a cabeça de Abbie apoiada em sua coxa e retirou sua camisa para logo a seguir ajudá-la a vestir.
— Com o que estava sonhando? — sua curiosidade estava aguçada desde que a ouviu falar seu nome dormindo pela segunda vez. Embora na primeira ele não tivesse comentado.
— Aqueles homens estavam oferecendo minha vida pela sua, eu apenas gritei para que fosse, que fugisse. Era tudo que eu queria e quase sufoquei, a voz parecia não querer sair. Você não me ouvia, como sempre, o que fez parecer ainda mais real.
Suas palavras fizeram algo estranho dentro dele. Uma emoção estranha o feriu e ele a puxou para seu colo, embalando seu corpo.
— Você é inacreditável. Eu sinto muito, deveria ter ouvido, prestado atenção. — sua voz saiu grossa revelando sua raiva.
— Não foi culpa sua. — a voz suave dela disse.
O trauma de estar a mercê daqueles homens parecia não existir agora que estava nos braços de Hook recebendo conforto dele.
— Foi sim! — grunhiu bravo consigo mesmo — Eu deveria ter levado você comigo quando pediu, se eu não tivesse chegado a tempo...
Imagens dos homens tocando-a, machucando-a, atormentando-a, deixando-a aterrorizada como estava quando chegou lá começou a passar por sua mente. Ele a pôs em perigo e se sentia miserável por isso.
Conteve um rosnado de fúria.
O som alto do estômago dela o fez se lembrar do cachos de bananas que havia deixado jogado perto da última cabana. Ele tinha corrido tão desesperadamente que não pensou em mais nada a não ser salvar Abbie.
— Espere aqui, eu vou buscar as bananas que encontrei. — ele gentilmente a soltou.
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