|KAYRA|
-Você não pode, Foster! Não pode e não tem o direito fazer isso comigo!
Eu o adoro, mas não posso admitir que Ryan me imponha um tormento dessa magnitude, sendo que ele nem mesmo tem poder para isso. Reconheço que no fundo ele deseja apenas me ensinar uma lição com isso para que eu mude os meus modos e passe a agir de forma mais racional daqui para frente... então está bem, depois desse susto já entendi o recado e prometo tentar não bancar a emocional na próxima vez que algo do tipo vier a se repetir novamente.
Todavia ele só não pode achar que eu irei acatar sua decisão assim do nada. Não mesmo! Ryan Foster sabe que o trabalho é tudo em minha vida, e que se for tirado de mim, mesmo que seja por meros três dias como ele disse, eu irei enlouquecer completamente. Perderei a cabeça e entrarei em parafuso, se não estiver devidamente vestida com meu jaleco andando por esse corredores brancos, os quais são como a minha segunda casa. Eu mal consigo passar um dia após os plantões, longe do hospital e dos meus pacientes, então como pensa que suportarei passar um final de semana inteiro?
Nem de brincadeira!
-Ah, eu não posso certo? Então eu tenho uma sugestão bem melhor que acredito que irá lhe agradar muito mais, quer ouvir?
Ryan pergunta, mas sei que é apenas um questionamento retórico pois ele não me permite respondê-lo ao prosseguir adiante.
-Acho que você realmente deve descartar minha ideia de aceitar voluntariamente uma suspensão branda vinda de um colega de trabalho que durará apenas três dias, e esperar pacificamente sentada na cadeira de sua sala, pelo aviso de afastamento que pode durar de duas semanas a mais de um mês, vinda diretamente do Conselho do hospital, depois de receber a queixa de agressão física e moral do seu obcecado admirador. O que acha? Essa proposta parece muito mais interessante e atraente aos seus olhos, Pextton?
Oh droga! O pior é que ele tem toda a razão, eu reflito irritada! Fecho os olhos com força por um momento, ponderando em que momento as coisas começaram a dar erradas em minha vida essa semana. O que foi que eu fiz para merecer isso?
Raio!
Nem tenho tempo para ficar pensando a respeito disso eu tenho. O tempo está correndo feito um rio, e a cada minuto que passa é um minuto de vantagem para que o cara de fuinha dê um passo a minha frente para prestar queixa contra mim, e manchar meu nome e currículo no hospital.
Merda!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Improvável
Amei...