|KAYRA|
Ainda sinto sua respiração levemente ofegante soprar sobre o alto da minha cabeça, quando de repente eu me viro de frente para o loiro que se inclina para beijar minha boca. Contudo eu desvio o rosto um pouco para o lado fugindo de sua mira, o que faz com que seus lábios acertem minha bochecha esquerda.
Mas esse não é o meu objetivo por hora... eu quero sim o contato de sua boca em minha pele, mas não onde ele está pensando. Meu foco de desejo está bem mais abaixo.
Dessa forma, com o dedo indicador, trago-o pelo queixo até a beira da enorme cama de tons escuros, e me sento sobre ela, olhando-o com as sobrancelhas arqueadas no alto, em um claro convite.
A sintonia entre nós é tão grande que eu não preciso dizer uma única palavra para que ele compreenda a mensagem explícita. O loiro se ajoelha a minha frente entre meus joelhos, no mesmo instante, e espalma sua enorme mão sobre meu abdômen, fazendo-me cair de costas sob o colchão macio da cama.
Um sorriso matreiro surge no canto do meu rosto enquanto fito o teto branco do quarto acima de nós. Num instante o polegar do senhor olhos azuis encontra seu lugar de passeio favorito entre minhas pernas, e começa a se atritar de forma rítmica, sem contudo entrar de fato, massageando o local com uma pressão gostosa, mas desesperadora, e que me deixa louca por mais.
Estou quase pedindo para que o loiro acabe logo com a enrolação após alguns minutos de tortura, e afunde logo os dedos dentro de mim, quando de repente sinto ele abandonar o contato e sumir em direção a uma porta a esquerda sem nenhuma explicação.
Mas o que?!
Eu não acredito que esse miserável vai me deixar na mão assim do nada. É o que penso indignada, e estou prestes a me levantar com raiva para caçá-lo nem que seja com uma espingarda, quando em menos de alguns segundos ele retorna com algo na mão direita, mas que é tão pequeno que não consigo identificar o que é na penumbra do ambiente.
Fico meio confusa com o sorrisinho malicioso que há em seu rosto quando o mesmo se ajoelha novamente na mesma posição anterior, e outra vez me detém com sua grande mão, no lugar, pelo abdômen.
Então eu finalmente entendo no momento em que dois dedos grossos entram sem nenhum aviso prévio numa única estocada dentro de mim.
Involuntariamente minhas costas se arqueiam para cima, mas não vou muito longe, pois uma de suas mãos ainda me mantém presa contra o colchão. O loiro é cruel quando volta a repetir o ato, uma, duas, três, quatro vezes... até eu perder a conta em algum momento, e me render a sua mercê.
Eu estou perto outra vez. Quase chegando ao limite, quando o meu algoz de repente cessa os movimentos e retira seus dedos de dentro de mim, o que faz com que eu quase vá a loucura.
Eu estava quase lá... penso com certo desespero, e quando me preparo para lhe dizer que não pare, para que continue o bom trabalho, sou surpreendida ao sentir algo gelado entrar em contato com meu ponto inchando e dolorido que queima como fogo neste instante.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Improvável
Amei...