Improvável romance Capítulo 49

Resumo de CAPÍTULO 49: Improvável

Resumo de CAPÍTULO 49 – Improvável por Sra.Kaya

Em CAPÍTULO 49, um capítulo marcante do aclamado romance de Erótico Improvável, escrito por Sra.Kaya, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Improvável.

|KAYRA|

Aos poucos eu acordo meio bamba, meio sonolenta, abro uma pálpebra preguiçosamente, com uma letargia estudada, depois abro a outra logo em seguida e fito um teto diferente. Que estranho, penso comigo mesma, não me recordando de ter visto nada assim antes. Olho mais um pouco com atenção enquanto me escapa um bocejo pesado pela boca, e enfim, como num estalo repentino, meus neurônios parecem entrar em conexão em minha rede neural, fazendo com que as informações se encaixem e façam sentido em meu cérebro recém acordado.

Eu não me recordo de ter visto esse teto em algum momento porque eu realmente nunca o vi antes. É o que concluo com certa dose de pânico começando a se instalar em minhas veias ao sentir que caí em um mundo completamente desconhecido: a começar pelo teto estranho, o colchão extremante confortável debaixo de mim, os lençóis de seda e um perfume diferente no ar, o qual eu não consigo decifrar com clareza de onde vem ou a quem pertence.

Eita merda, onde é que eu estou agora? Penso ao levantar-me com rapidez e sentir uma tontura me abalar desestabilizando meu equilíbrio por um instante.

-Ei, vai com calma aí, apressadinha!

Reconheço de imediato o dono da voz que fala comigo e viro-me para olhá-lo com o cenho franzido, sem entender muito bem o que se passa. Entretanto, arrependo-me amargamente da ação, no exato segundo em que meus olhos batem no peitoral desnudo, corado e úmido do loiro que acaba de sair do que parece ser um banheiro, apenas com uma toalha enrolada na cintura, e outra nas mãos secando o excesso de água dos cabelos fartos e claros.

Resposta obtida: o cheiro intenso e gostoso que eu havia sentido assim que acordei pertence ao senhor olhos azuis que acaba de sair do banho. Por que o miserável tem que ser tão irresistível, como se tivesse saído de uma capa de revista, e pulado diretamente na minha frente com toda essa estúpida beleza e um aroma divino que está entorpecendo meus sentidos como se eu fosse uma viciada a beira de cair no vício novamente somente por sentir seu cheiro de longe?

Por que, Deus? Por que?!

Eu não posso cair em tentação, eu não posso cair em tentação... é o que repito para mim mesma, na tentativa de me convencer a tomar a atitude certa, mesmo que meus hormônios de grávida queiram atacar esse provocador idiota, que nem ao menos sabe o que está fazendo comigo neste momento, sem sequer estar me tocando.

Infelizmente.

Apenas sua visão, sua presença e seu perfume são capazes de me levar a loucura. Quando foi que aumentaram a temperatura desse lugar? Quem desligou o ar condicionado ou ligou o aquecedor de repente? É o que me questiono apertando as mãos em punhos ao ponto das unhas se cravarem em minhas palmas com força.

-Você precisa ter cuidado, Kayra. Não pode se levantar abruptamente assim, logo depois de ter tido uma queda de pressão.

O loiro explica ao aproximar-se da cama aonde estou sentada nesse momento, e me fita com seus enormes olhões azuis banhados de uma expressão de preocupação, que me faz apertar os lábios incomodada, principalmente pelo fato de suas mãos segurarem meu rosto de forma carinhosa e protetora quando ele pergunta.

-Sente-se melhor? Precisa que eu chame um médico para exami...

-Onde eu estou, Callaham?

Eu o corto, indo diretamente a parte que me interessa ao mesmo tempo em que retiro seus dedos da minha face. Quanto menos contato houver entre nós, mais segura eu estarei de voltar a cometer o mesmo erro outra vez.

-No castelo, mais precisamente em meu quarto.

Deklan esclarece com uma tranquilidade tão grande que me faz sair de órbita, e arregalar os olhos em total estado de pavor. Essa não! E se...

-O que estou fazendo aqui, Calaham? Como me trouxe para cá? E por que? Por que fez isso?

Eu indago cobrindo a boca com ambas as mãos, cheia de temor e preocupação de que a situação seja bem pior do que eu possa imaginar. Será que o loiro já espalhou a verdade para os quatro cantos do mundo feito uma velhinha fofoqueira de bairro? Não... não... não! E a sua família? A mídia? As pessoas em geral? Será que já sabem? Será que descobriram tudo e estão nesse exato momento vasculhando cada detalhe da minha vida a procura de falhas para me acusar ou denegrir a minha imagem? Será que estou sendo chamada de interesseira, caça fortuna ou golpista que enganou o pobrezinho do príncipe com uma jogada de mestre como o golpe da barriga?

Pelos céus...

-Eu não imagino o que você fez ou como me trouxe até aqui, Callaham, mas alguém me viu chegando? Seus pais ou outra pessoa da sua família viu o momento em que fui trazida até seu quarto? Pelo amor de Deus, me diga que não! Diga que ning...

-Relaxa, Kayra. Sua preocupação é infundada nesse momento, ninguém a viu, eu garanto. Pelo menos por hora, isso ainda não aconteceu, Mas...

Ele diz quando eu solto um suspiro de alívio instantâneo pela notícia, contudo volto a ficar tensa e em alerta quando Deklan faz menção de dar continuidade a conversa.

-Mas não fique toda contente, minha querida. Você sabe que eu não quero e não irei esconder a verdade de ninguém. Você está gerando os meus filhos, duas vidas, a parte mais importante de nós dois, Kayra. Então eu não espero que acredite que manterei esse fato em segredo, nem da minha família e nem do mundo.

- Mas Callaham...

-Isso é inegociável, Kayra! Eles são meus filhos, eu tenho todo o direito de paternidade sobre ambos e você sabe muito bem disso. Você é a mãe deles, é claro, e eu nunca seria capaz tirar seus direitos maternos, mesmo que tenha o poder para tal. Então por favor, não insista em uma luta desnecessária e faça o certo uma vez na vida. Se não por mim, faça pelo menos pelos nossos filhos.

-E-eu não... eu não posso, Callaham. E-eu...

Digo quase implorando, e apelo com uma nova tática, uma mais inteligente: corro os dedos até as laterais de seu pescoço e puxo sua cabeça na altura da minha para colar nossas testas uma na outra. Massageando seu ponto sensível, volto a falar baixinho, fazendo com que nossas respirações se misturem e o loiro feche os olhos com força, perdido nas sensações.

-Me dê um tempo, pelo menos até que eu realize a cirurgia do seu pai, então depois disso você pode fazer como bem quiser. Por favor, Deklan. Eu estou pedindo só isso a você... não me negue!

Eu negocio humildemente numa última tentativa, ao tocar sua barba por fazer com as pontas dos dedos delicadamente com carinho, esperando que algo seja balançado dentro dele e possamos assim chegar a um acordo mútuo.

-Tudo bem, Kayra. Eu posso fazer isso por você. Eu não contarei por enquanto, como está me pedindo.

Deklan murmura uma resposta que me faz sorrir por dentro, ao resvalar o nariz por minha bochecha e queixo, ainda de olhos fechados, e inspirar profundamente, como se quisesse guardar esse momento em sua memória. Eu engulo em seco. Esse é um jogo muito perigoso, ao qual eu estou me arriscando, contudo é a única coisa que posso fazer por hora.

-Mas você tem que me prometer que enquanto aguardo o seu tempo, eu poderei participar de tudo, de cada momento da vida dos nossos filhos, e saiba sobre cada mínimo detalhe a respeito dos bebês. Cada consulta, cada exame, tudo eu estarei presente... exatamente tudo, Kayra Pextton! Estamos de acordo?

-Estamos.

-Sem trapacear um com o outro?

-De acordo e sem trapaças, eu prometo!

-Ótimo. Então temos um trato!

Como o espertinho e aproveitador que é, Deklan deixa um rápido beijo em minha bochecha, bem no cantinho da minha boca, quase pegando na trave, como se selasse a proposta, e se afasta dando um pulo para trás no momento em que tento acertá-lo com um tapa.

Sem vergonha! Patife! Filho da mãe! Aproveitador de mulheres grávidas, indefesas e carentes!

Mas ele me paga!

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