Por Você romance Capítulo 103

— Estava pensando em sua mãe, certo? — Balanço a cabeça em afirmação. — Ana, você sabe que de onde ela estiver, ela estará muito feliz por você, não é? — Eu respiro fundo e assinto mais uma vez.

— Eu sei. Eu só... eu queria tanto que ela estivesse aqui comigo! — digo com a voz embargada. Ele vem para mais perto de mim e me abraça.

— E ela está, minha querida. Acredite, que ela está! — sussurra e depois beija o topo da minha cabeça. Sorrio.

— Obrigada! — Ele arqueia as sobrancelhas para mim.

— Vamos? Meu filho está quase tendo um ataque cardíaco naquele altar. — Ri do seu comentário. — Acredita que ele já me ligou umas dez vezes? — Logo o clima triste se foi, e eu abri um sorriso mais largo.

— Sério? Isso é bem a cara do meu meninão — sibilei segurando o meu buquê em minhas mãos e o meu sogro me ofereceu o seu braço. — Vamos — concordei entrelaçando o meu braço ao seu.

— A propósito, você está linda, Ana! — disse assim que entramos no corredor. — Meu filho é um homem de muita sorte e eu estou muito feliz por ele ter encontrado uma moça como você. Eu não tive a chance e gostaria de lhe agradecer por ter salvado o meu filho! — Sinto-me meio sem graça com as suas palavras. Respirei fundo e olhei a enorme sala de visitas, assim que alcançamos o topo da escadaria.

— Na verdade, nós salvamos um ao outro, senhor Alfredo — confessei. E é a mais pura verdade. — Depois da morte da minha mãe, conhecê-lo foi a melhor coisa que me aconteceu. Mesmo que inicialmente fôssemos apenas bons amigos, mas era ele quem preenchia os meus dias com sua companhia, com as nossas conversas e com o seu sorriso. — O meu futuro sogro assentiu, concordando com as minhas palavras e não disse mais nada.

Entramos no carro e esse logo entrou em movimento. O dia estava lindo e claro, E quando parou em frente à igreja, senti o meu coração bater calidamente. Eu estava nervosa, mas também tinha uma ansiedade de vê-lo. Havia um misto de emoções acontecendo dentro de mim, uma vontade louca de rir e de chorar. Ao mesmo tempo. E vê-lo, estar perto dele, era o que podia me acalmar agora. Quando a porta do carro se abriu e o meu sogro me ajudou a sair, parecia que meu peito ia explodir a qualquer momento. Olhei para as portas largas e respirei fundo algumas vezes. Falta pouco, falta muito pouco. Pensei emocionada. Dona Joana se aproximou para ajeitar a cauda do meu vestido e o véu, que ficou amarrotado e quando já me sentia pronta, caminhamos para os degraus na frente da igreja. As portas finalmente se abriram e eu vi a pequena Amanda com o seu vestido longo e armado, cor de salmão. Ela está segurando uma pequena cesta, decorada com detalhes da cor do seu vestido. O som da música instrumental chama a atenção dos nossos convidados para a entrada da igreja e logo todos ficam de pé. E assim que a pequenina começa a entrar na nave, lançando ao tapete vermelhos as suas pétalas nós começamos a andar. Uma voz lírica começa a cantar Ave-Maria e fica difícil controlar as minhas emoções, mas eu seguro o choro e abro um sorriso nervoso e olhando direto para o altar, encontro o homem da minha vida, o pai dos meus filhos. Deus, ele está tão lindo e tão elegante! E... está tão emocionado quanto eu.

Olhei atentamente seu rosto emocionado, seu olhar admirado e me deixei explorar o seu corpo, em um conjunto de terno negro, de três peças preto e uma delicada rosa branca, descansava em sua lapela. Suspirei quando ergui os meus olhos e vi uma lágrima escorrer pelo rosto quadrado, mas havia um sorriso brincando em seus lábios. Os minutos que caminhei pelo tapete, pareciam uma eternidade. Mas assim que eu cheguei e pude finalmente sentir o seu toque, parecia que a tempestade cessara dentro de mim. Senhor Alfredo entregou-me ao seu filho, com um beijo casto em minha testa e antes de se afastar, ele sussurrou algumas palavras.

— Estou te entregando um grande e valoroso tesouro, meu filho. Cuide bem dela.

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