Por Você romance Capítulo 104

Resumo de 98: Por Você

Resumo de 98 – Capítulo essencial de Por Você por Autora Nalva Martins

O capítulo 98 é um dos momentos mais intensos da obra Por Você, escrita por Autora Nalva Martins. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

—Desculpa atrapalhar os seus planos matinais, chefinho! Mas a Ana precisa se preparar para o seu dia. — A morena infernal disse, olhando para um ponto dos lençóis, me deixando sem graça.

— Para onde irão levá-la? — Indaguei quando vi a minha gravidinha vestida com um vestido branco e solto e que logo foi arrastada a porta de saído do quarto.

— Não se preocupe, filho. Ela ficará bem! — Foi tudo o que dona Joana falou depois de fechar a porta. Saltei para fora da cama, em busca de uma roupa e pus apenas um short, na tentativa de impedir aquelas malucas de levá-la para longe de mim e estanquei no meio da minha sala, encontrando uma comitiva de machos me aguardando.

— Que palhaçada é essa? Onde pensam que estão, na casa da sogra? — bradei para o meu pai, Marcos e Guilherme que estavam bem na passagem. Juro que tentei convencê-los a me deixar buscá-la e não importava o que eu dissesse, eles simplesmente não me ouviam. Me senti frustrado, vencido e fui obrigado a voltar para o quarto, para tomar um banho e seguirmos com o nosso dia de homens. Ôh inferno! Passamos a manhã inteira em uma pescaria, com algumas cervejas e petiscos, e enquanto eles falavam e riam sem parar, eu já desanimado e impaciente. Definitivamente não foi assim que eu imaginei esse dia para nós dois...

— Já sei, uma boate com algumas dançarinas gostosas, dançando completamente nuas na nossa frente e claro, um tratamento especial para o meu amigo aqui. — Despertei quando ouvi os planos do Marcos, para essa noite.

— Nem fodendo, Marcos Albuquerque! — rosnei entre dentes e Guilherme cuspiu a cerveja. Os três começaram a gargalhar no mesmo instante. Rolei os olhos, bufando pra eles.

— Se anime, homem! Você não vai morrer por conta de um dia longe da sua Ana! — Ele resmungou, me oferecendo mais uma garrafa. Eu puxei a respiração de modo audível e segurei a garrafa, levando o gargalo a boca e tomei um gole avantajado.

— Não havia necessidade disso! — ralhei feito um menino mal-criado. — Era só esperar a hora certa, nós iríamos para a igreja, nos casaríamos e pronto.

— E qual seria a graça disso? — Meu pai rebateu, achando graça.

— Quanto tempo ainda vamos ficar aqui? — retruquei, tomando outro gole da bebida logo em seguida.

— Hum, deixe-me ver. — O imbecil do meu amigo olhou seu relógio de pulso com desdém e me lançou um olhar debochado em seguida. — Só mais umas cinco horas. — Cuspi a bebida no mesmo instante.

— Cinco horas? —ralhei exasperado e os três tem uma nova crise de risos. — Caralho, Marcos, quero ver a Ana agora! — exigi.

— Não, você não quer! — Meu pai rebateu determinado. — A sua futura esposa está se preparando para esse momento, Luís e você deveria estar relaxando aqui conosco.

— O seu pai tem razão, Luís. — Guilherme falou atraindo a minha atenção. Sério, era possível ver que estavam se divertindo com a minha agonia. Ok, eu não podia vencê-los, então eu simplesmente engoli a minha revolta e tentei não ser o chato do momento. Me deixei levar por um copo e outro e algumas horas depois estava me divertindo com os contos da vida de casado do Guilherme e do meu pai. E se eles queriam me assustar com todo aquele absurdo de vida a dois, se enganaram, pois confesso que estou ansioso por esse momento.

***

Observei o conjunto de terno escuro impecável, passei a mão pela lapela e respirei fundo antes de ir até a minha cama e peguei a caixinha aveludada. A abri e olhei o par de alianças que tinha os nossos nomes gravados nelas. Confesso que estou nervoso e ansioso por esse momento. A porta do quarto se abriu e Guilherme passou por ela, me olhando com um olhar indecifrável. Ele entrou no cômodo, levando as mãos aos bolsos da calça.

— Estou feliz por você, compadre! — falou me fazendo abrir um sorriso satisfeito. — Todos nós estamos.

— Obrigado, Gui! — Respirei fundo. — Vamos? — Ele sorriu.

— Vamos.

— Vai para o inferno, Marcos! — rebati entre dentes, ouvindo um som baixo e horrorizado do padre atrás de nós. Revirei os olhos. — Me desculpe, padre! — sibilei e ouvi o som baixo da risada do meu sócio. Irritado, dei uma cotovelada discreta em sua costela e me afastei ouvindo o som dolorido que ele soltou em seguida. Uma música ecoou pela nave e toda a minha agonia se esvaiu em questão de segundos, quando eu a vi na entrada da igreja. Ana estava linda e graciosa! Imediatamente esqueci-me de respirar e os meus olhos não conseguiram sair de cima dela, quando ela começou a andar pelo tapete vermelho e os seus olhos encontraram os meus. Um sorriso lindo surgiu no seu rosto e eu sorri também. Meus olhos passearam ávidos pelo vestido longo e branco, estilo batinha, mostrando o volume de uma gravidez de gêmeos.

— Estou te entregando um tesouro, meu filho. Cuide bem deles. — Despertei, quando ouvi o meu pai falar e recebi o seu abraço forte.

— Pode deixar, pai — respondi e ele se afastou. Ofereci o meu braço para a minha futura esposa. Ana se agarrou a ele e nós fomos para o altar. Ficamos de pé, ouvindo o breve sermão do padre. Uma exigência minha, por conta da gravidez avantajada. A Ana andava muito cansada e eu não queria que ela ficasse em pé por muito tempo. E quando escutei que finalmente podia beijá-la, eu não pensei duas vezes. Beijei a minha mulher. Um beijo grande, do tamanho da minha saudade, do meu amor e do meu carinho por ela. Escutei um pigarrear, juntamente com os risos da igreja e me afastei dela, vendo-a corar lindamente.

O que? Não é novidade que eu não queria me afastar dela e também não é novidade que eu estava roxo de saudades da minha mulher e dos meus pontinhos! Minutos depois, seguimos para a recepção, em um salão que ficava ao lado da igreja. Um lugar amplo, decorado com os tons branco e vermelho, assim com as rosas que a Ana havia escolhido, as mesas espalhadas por todo o salão, estavam forradas com toalhas de cetim e havia garçons servindo bebidas e petiscos para os nossos convidados. Abraçados, caminhamos por entre os nossos convidados, agradecendo e recebendo suas felicitações e depois de uma cansativa sessão de fotos, deixei a minha esposa a vontade em uma mesa e sai em busca de algo para alimentá-la.

— Quem diria, hein, senhor Luís Alcântara? A secretária, porra? — Marcos zoa parando ao meu lado. Pego um prato e ele faz o mesmo e começamos a pôr alguns salgados nele.

— Do que está falando, senhor Marcos Albuquerque? — indago, me fazendo de desentendido, enquanto pego alguns canapés. Ele me olha e eu o encaro. O brilho debochado chegava a faiscar em suas retinas.

— Estou falando que se eu tivesse feito aquela entrevista, com aquela secretária gostosa... — Dei-lhe um tapa em sua nuca, fazendo-o engolir o resto da frase e ele se inclinou, passando a mão.

— Porra, nem no dia do seu casamento você alisa, cara? Isso dói! — ralha, fazendo uma careta de dor. Arqueio as sobrancelhas.

— Você é um sem noção mesmo, sabia, cara? Você está falando da minha secretária, da minha esposa e da mãe dos meus filhos! — rebati com fingida irritação, levando a mão ao meu peito, para dar ênfase à frase. Ele solta uma gargalhada sem tamanho e eu o encaro de cara amarrada. Marcos ergue as mãos em sua defesa, tentando engolir a risada.

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