Leiloada - Contrato de Casamento romance Capítulo 44

CAPÍTULO 44

Uma Boa Ideia

Narrado por Pierce

Enquanto houver vontade de lutar, haverá esperança de vencer.

As loucuras da Sabrina, acabaram por vir ajudar e muito o término da relação do meu filho com ela.

O pai da Sabrina, vendeu a pequena cota que tinha na empresa ao Brian, não aguentava tanta vergonha e dizem que ele se mudou para o Dubai, para ficar longe de todos.

Nos livramos deles mais fácil do que imaginamos.

Sabrina maltratava todo o mundo e sempre se considerou superior a todos, mas no fim ela acabou por ser enxovalhada em praça pública.

A imprensa não foi branda com ela, as pessoas também não, mas no fundo ela merecia uma lição dessas.

Ficamos a saber que ela saiu do país, para onde foi, não sabemos e também não temos o mínimo de interesse em saber.

Que fique no canto para onde se mudou, para sempre e que nunca mais chegue sequer perto da minha família.

Ela era uma cobra peçonhenta, que destilava veneno por todo o lado onde passava.

Mas chega de falar da Sabrina, ela é um caso encerrado para nós, graças a Deus.

Estamos em pleno mês de Agosto, e hoje o dia está mais quente que o habitual, eu estou aqui pensativo com um assunto interessante e tenho tido umas ideias para resolver este problema, que não me sai da cabeça, e está a chegar o dia que ninguém quer que chegue.

— Mas que calado que tu estás.

Bri está aqui no jardim a tratar das flores e eu a ajudo com a terra.

— Estou aqui a pensar numa coisa e preciso de te pedir opinião sobre o assunto. — lhe digo pensativo.

— Fala, se eu puder ajudar.

— Lembras-te de eu te falar, sobre aquela conversa que tive com o Doutor Smith, quando estive em Berna?

— Claro que lembro, sobre o pai da Alyson, certo? — ela pergunta, enquanto rega a planta de cor rosa.

— Isso mesmo. Estou aqui com uma ideia que se der certo, a Alyson não vai precisar ir embora. — digo com alguma esperança.

Bri se vira para mim de imediato, com um sorriso sincero no seu rosto.

— Tu estás a falar a sério Pierce? — ela pergunta otimista.

— Muito a sério mesmo, vou te contar o que eu estou a pensar fazer, se achares boa ideia, falamos com o Brian e com a Alyson, se eles o quiserem fazer e, concordarem, então sim, coloco o resto do plano em prática. — falo todo contente.

— Fala logo, Pierce, estou quase a ter um treco de ansiedade.

Depois de lhe contar o meu plano, ela achou uma ideia excelente e que tínhamos que a pôr em prática o mais rápido possível.

Decidimos falar então com o Brian e com a Alyson, hoje mesmo.

Será que Ele Vai Aceitar?

Narrado por Alyson

E que nunca nos falte esperança de dias melhores.

A Sabrina saiu de cena, mas eu nunca quis que fosse assim. Ela era asquerosa, uma venenosa, e merecia tudo aquilo que lhe caiu em cima, mas eu como tenho um coração de manteiga, no fundo até tive pena dela.

Mas ela colheu o que semeou.

Andava aqui aos sete ventos a dizer que eu era uma putinha, e afinal! No fim a putinha não era eu não.

Eu e o Brian estamos muito envolvidos, envolvidos demais.

Falta menos de dois meses para eu me ir embora, voltar a passar por aquela humilhação repugnante de ser leiloada, de ser vendida a um qualquer.

Não vou ter a mesma sorte que tive até agora, foi um milagre ainda não ter calhado com um tarado, que me obrigaria a fazer o que ele quisesse.

Nunca pensei, algum dia, amaldiçoar o meu próprio dia de anos.

Mas odeio, passei a odiar com todo o meu ser.

Vou fazer 20 anos, e detesto ter que fazer.

Quantos mais anos eu vou me sentir assim? Ser vendida como uma mercadoria sem valor, sem interesse nenhum.

Andar de mão em mão, como se eu nada valesse.

Que triste.

Mas a minha esperança, embora bem pequena, reacendeu quando o Pierce me chamou a mim e ao Brian e também na presença da Bri, ele nos contou a sua ideia.

Brian aceitou a ideia sem pensar ou pestanejar, disse que entrava de cabeça nessa história e que era a nossa melhor hipótese, de eu finalmente me libertar daquele leilão asqueroso.

Eu também acho que é mesmo uma ideia excelente, mas, será que aquele idiota do meu pai vai aceitar?? Temos que pensar e elaborar bem esta ideia, porque se ele não aceitar, eu estou ferrada e vou continuar a ser leiloada.

Negociar os Termos

Narrado por Pierce

As ações das pessoas falarão tudo o que precisas de saber sobre elas.

A empresa do Jack Hambleton é um edifício luxuoso, com apenas três andares, vidros escuros e brilhantes, a entrada é majestosa, com duas enormes portas que abrem automaticamente quando sentem a presença de alguém.

Em frente ao edifício, o jardim bem cuidado dá uma aparência extraordinária, mas o ex libris do espaço, é sem dúvida alguma, o enorme diamante de cor vermelha, que ali está num pedestal.

Claro que não é um diamante verdadeiro, mas parece tão real, como se realmente o fosse. Brilhante, enorme, propositadamente ali colocado na entrada da "Luxusschmuck", mais precisamente "Jóias de Luxo".

Eu e o Brian entramos e vamos diretos às duas funcionárias, que estão ali num balcão que parece uma safira.

Jack pode ser um insensível sem coração, mas temos que admitir que tem bom gosto.

— Bom dia Senhorita, temos uma reunião marcada com o Senhor Jack Hambleton.

Pois é, liguei para o insano do Jack dois dias antes a dizer que precisava muito de falar com ele.

Ele ficou chateado, e disse logo que não queria saber nada daquela imprestável, como ele a chamou, que só queria saber no dia do leilão quem fica com ela e receber a sua percentagem da sua venda.

Mas eu disse que precisava de falar um assunto importante e do seu interesse.

Ele continuava irredutível, mas quando eu lhe disse que o que eu tinha para falar salvaria a sua empresa, ele arranjou logo uma hora para nos encontrarmos.

Então agora aqui estamos.

Antes de sair da Suíça, combinamos o que íamos falar e adoçar a boca dele, para ele aceitar o que lhe vou propor.

A funcionária escreve no seu notebook e me diz.

— Os vossos nomes por favor! — ela pede simpática.

— Pierce Keller e Brian Keller.

Ela volta a olhar para o notebook.

— Muito bem, está tudo certo, a reunião é agora às 11h00 da manhã.

— Está certo. — falo simpático.

Ela se levanta e pede para nós a acompanharmos.

Ela segue por um corredor, onde tudo aqui dentro é bonito, luxuoso e brilhante.

Ela pára em frente a uma porta de cor preta brilhante e que tem um colar com várias pedras e de várias cores, esculpido na porta, por cima tem escrito " CEO, Jack Hambleton"

A funcionária bate na porta, logo a abre e espreita.

— Senhor Hambleton! — ouvimos ela falar — Estão aqui os senhores Keller, para a reunião das 11h00 da manhã.

— Mas é claro, pede para eles entrarem, por favor.

Ela abre a porta toda e nos diz para entrar.

Nós entramos e colocamos o nosso plano imediatamente em prática, ficamos com cara de maus, para parecermos mais insensíveis, homens que não se importam com nada nem com ninguém. Esta é a primeira parte do nosso plano.

— Senhor Pierce, que bom voltar a vê-lo, embora pensei que o veria só para o mês que vem, quando trouxesse aquela lá. — ele diz com imenso desprezo.

— Pois é, mas afinal o destino nos faz encontrar um pouco antes. — olho para o meu filho e o apresento — Este é o meu herdeiro, o meu filho Brian.

Jack olha para ele e estica a mão na sua direção.

— Muito prazer Brian, espero que aquela sonsa da Alyson, não o tenha colocado em maus lençóis! — ele fala desconfiado.

— Claro que não, Senhor Jack, a Alyson está bem domada, que nem uma boa égua.

Ele ri, ficando mais descontraído.

Brian está com vontade de o matar, mas para isto resultar, temos que entrar neste jogo insano do Jack.

— Brian meu rapaz, — ele dá uma palmada no ombro do Brian — já gosto muito de si. Aquela miserável merece tudo de mau que lhe possa acontecer.

Rimos todos, mas ele satisfeito, já nós, estamos com ódio dele e das loucuras dele.

— Bem, Jack, vamos então falar de negócios. — começo a conversa, para podermos sair daqui rapidamente.

— Claro, sentem-se por favor. — ele nos indica as cadeiras para nos sentarmos.

Ele se senta na nossa frente.

— Então diga-me, Pierce, que negócio é esse que me falou pelo telefone e onde entra a piranha da Alyson nessa história?

— Jack, desde que a Alyson foi para a minha casa, tal como o Jack pediu, ela tem sido usada por todos os homens, todas as mulheres da minha fazenda e até das fazendas vizinhas.

Eu estou enojado com o que estou a dizer, mas sei bem que é o que ele mais anseia ouvir, tanto, que ele abre um enorme sorriso de satisfação.

— Muito bem, Pierce, muito bem, mesmo o que ela sempre mereceu, porque aquele estúpido do Kevin Macwire a tratou bem, bem demais, enquanto ela esteve na sua casa.

— Mas esse Kevin não a usou?

Ele pigarreia.

— Sim, ele a deixou lá e foi embora, mas fez com que ela acreditasse que estava apaixonado por ela. Ela, uma estúpida de merda, claro que acreditou.

Ele dá uma gargalhada.

— Bem, mas o que me fez vir aqui é uma coisa simples. Eu quero ficar com ela. — falo decidido.

Ele me olha desconfiado e surpreso.

— Mas não pode! Está escrito no contrato que ela tem que ser leiloada todos os anos, no dia do seu aniversário.

— Eu sei, mas podemos negociar esses termos, Jack.

— Mas porque vocês querem ficar com ela? — ele pergunta hesitante.

— Senhor Jack, porque todos querem estar com ela, o senhor não quer que ela sofra?

Ele sorri maquiavélico.

— Claro que quero, é o que eu mais quero, que ela sofra. — ele fala com ódio.

— Então ela está no sítio certo, Senhor Jack, o quarto dela chega a ser visitado durante a noite ou durante o dia, imensas e imensas vezes, vários homens ao mesmo tempo, mulheres, o Senhor Jack nem imagina, o entra e sai daquele quarto.

— E ela sofre? Batem nela? — ele pergunta ansioso.

— Mas é claro, ninguém ali é brando com ela, e ela é obrigada a fazer de tudo, mas tudo mesmo o que lhe mandam.

Vemos ele a pensar um pouco.

— Não, mas mesmo assim eu quero que ela percorra o mundo, nas mãos de todos, que todos a usem e abusem. — ele parece intransigente.

Olho para o Brian, que começa a ficar desesperado por não conseguir o que foi proposto por mim, para salvar a Alyson.

Eu chego-me para a frente e vou jogar uma das minhas cartadas.

— Jack, eu estou disposto a pagar muito bem, para ela ficar na minha casa e continuar a servir todo o mundo, e olhe que são muitos e muitas mesmo. — sorrio para ele e lhe pisco o olho.

— Não sei, mesmo assim, não sei.

— Fazemos um novo contrato, mas desta vez um Contrato de Casamento, ela casa com o meu filho Brian e fica lá a continuar a fazer o seu propósito, sexo sem parar.

Ele me olha espantado.

— Um Contrato de Casamento?

— Sim, um Contrato de Casamento, para o Jack ficar mais descansado em como ela fica apenas a servir não só o meu filho, mas todos os outros também. O Brian viaja muito, e assim a pode levar e a dar a todos os cães que a queiram comer, ela será usada por todo o mundo, tal como o Jack deseja, o que me diz?

— Não sei, não me parece um grande castigo para ela.

— Jack, só pode estar a brincar! Não existe sofrimento maior do que aquele que eu lhe estou a dar, pode ter a certeza disso.

— E a trataria muito mal, depois de casar com aquela bosta? — ele pergunta ao Brian.

— Mas é claro, bem pior do que a trato agora, até os pés ela me lava.

Ele ri, mas não parece muito convencido, por isso jogo a nossa última cartada.

— Soube que está com graves problemas aqui na empresa.

Ele muda o seu semblante, para preocupado.

— Não é assim tão mau, Pierce. — ele fala, mas percebo que é grave sim e ele está nervoso demais.

— Eu sei que é, por isso a minha proposta é a seguinte. Fazemos um novo contrato, um Contrato de Casamento, entre o meu filho Brian e a Alyson e eu pago todas as suas dívidas e volto a reerguer de novo a sua empresa, prometo que todos os clientes que perdeu, eles vão voltar e arranjar mais clientes. O que me diz? Não tem nada a perder, pelo contrário, está a ganhar em todos os aspectos.

Ele pára para pensar.

— Admito que é uma boa proposta, mas tenho que pensar um pouco, podem voltar hoje à tarde? Por volta das 17h00 da tarde?

Confirmamos então para as 17h00 da tarde.

Saímos dali, e já na rua mas fora das vistas de qualquer um, Brian se encosta num canto e vomita.

Eu tento acalmar ele.

Ele está perplexo, com o que teve que falar para aquele louco e o que ouviu da boca do homem que devia a proteger, mas aquele monstro é o contrário, ele quer que ela sofra horrores, ele quer que ela sofra o máximo possível.

Brian chora de desgosto

— E se ele não aceitar a nossa proposta pai! — ele pergunta desesperado, com essa possibilidade.

— Eu não sei filho, vamos ter que esperar pelas 17h00 da tarde. Se ele não aceitar, não sei mais o que podemos fazer.

Só nos resta esperar, mas a espera é desesperante e agonizante.

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