Leiloada - Contrato de Casamento romance Capítulo 71

CAPÍTULO 71

O Início de Uma Boa Parceria

Narrado por Brian

Às vezes as coisas demoram, mas acontecem. O importante é esperar e não perder a fé.

Eu e a Alyson, falámos com o meu pai e com a Bri e abrimos o jogo todo.

Contámos tudo, sem esconder nada e falamos também a eles da ideia que eu tive e a qual a Aly concordou

Se todos os interessados concordarem, será ótimo, estranho dirão alguns, mas será muito funcional para nós.

A princípio o meu pai estranhou toda aquela conversa e eles tentaram nos tirar a ideia da cabeça e para pensarmos bem sobre o nosso casamento, mas a nossa decisão está tomada e nos sentimos bem com as nossas decisões e isso é o mais importante.

No fim de uma longa conversa, lá os conseguimos convencer.

A April chegou nesse sábado a casa e falamos também com ela.

Foi uma conversa muito emotiva, mas graças a Deus criamos uma filha excelente, ela compreendeu e aceitou o que decidimos.

Pedimos para ela não falar com ninguém, principalmente com o Liam e com o Gael sobre este assunto, ela concordou e jurou que não ia falar nada.

Sabemos que ela nada vai dizer.

Na segunda-feira, ao chegar a Zurique pedi para uma das minhas secretárias ligar para a Patrícia, para vir aqui à empresa para tratar de uns documentos que estão em falta.

Patrícia veio da parte da tarde.

Entra na minha sala, senta-se na minha frente, cruzando as pernas.

Aquilo me excita, mas não demonstro

— Quais são os documentos que estão em falta? — ela pergunta.

— Nenhum, apenas queria falar contigo.

Ela me olha intrigada.

— E o que queres falar comigo?

— Basicamente é uma proposta.

Ela me olha mas nada diz.

— Como tu sabes a outra empresa que vou abrir aqui em Zurique, está quase pronta, a minha proposta é seres tu a ficar à frente dela, é bem mais pequena que esta e tu tens potencial e o curso necessário para o fazeres.

Ela me olha espantada.

— Mas e porquê isso agora?

— Porque tu te despediste e precisas de um emprego, certo?

— Eu despedi-me para não estar perto de ti Brian, tu és casado e sei que tu nunca vais trair a tua mulher e muito sinceramente, eu também não o quero que faças, não quero ser amante e muito menos estragar um casamento.

— E se eu me divorciar? Aceitas a proposta?

Ela arregala os seus olhos assustada.

— Divorciar? Estás louco?

— Vou fazer-te uma pergunta. O que tu sentes por mim mesmo?

Ela me olha profundamente.

— Eu amo-te Brian, mas não quero me meter no meio da tua relação.

— Eu e a Aly tivemos uma longa e sincera conversa, ela é a minha melhor amiga, Patricia e falamos de tudo. Falamos também com os meus pais e também com a minha filha. Por isso, agora não há nada que nos proíba de ficarmos juntos, se tu ainda quiseres, é claro.

Ela está com lágrimas nos olhos e vem ter comigo.

Eu levanto-me e nos abraçamos.

— Quero, claro que ainda quero ficar contigo, mais do que nunca.

Damos o nosso primeiro beijo na boca, me fazendo ficar excitado demais.

— Mas tenho outra coisa para falar contigo, uma ideia que eu e a Aly aprofundamos e achamos muito funcional para todos nós.

— Conta então. — ela pede com um sorriso no rosto.

A princípio ela estranhou, mas no fim e depois de pensar nos prós e nos contras, acabou por achar uma boa ideia.

Ótimo, agora só falta a Alyson resolver a mesma coisa lá em Odense.

Merecemos

Narrado por Kevin

Tu és a minha melhor metade, o meu melhor sorriso, a esperança de todas as manhãs e o sonho de toda a noite.

Tenho vivido dias muito difíceis, desde que a Alyson me deixou ali sem chão naquele parque.

Sentir ela nos meus braços de novo, sentir o seu calor, sentir o seu abraço, reavivou todo o meu corpo, a minha mente, o meu ser.

Amo aquela mulher, para além dos limites da minha sanidade.

Mas, ela não vai voltar e eu ficarei nesta eterna solidão, o resto da minha vida.

Suspiro cansado.

Batem na porta do meu escritório. É a minha secretária Ivana.

— Senhor Kevin, tenho aqui uma senhora que deseja falar consigo.

— Tem hora marcada?

— Não senhor, não tem. Mas pediu para lhe dizer que ela se chama, Alyson Keller.

Dou um pulo da cadeira.

— Tem a certeza?

— Sim senhor Kevin, tenho.

— Mande entrar, por favor.

Ela sai, eu ajeito-me e a porta é aberta de novo, e a Alyson entra, linda, glamourosa, perfeita.

Trás um vestido branco de uma só peça, justo, na altura dos joelhos, com um fino cinto preto na sua bonita cintura.

— Bom dia, Kevin, espero não estar a atrapalhar o teu trabalho.

— Mas é claro que não atrapalhas, tu nunca atrapalhas.

Caralho, mas eu estou atrapalhado, meu deus.

— Ainda bem.

— Por favor, senta-te. Queres beber alguma coisa? — pergunto com o meu coração a mil à hora.

— Não, obrigada.

Ela senta-se e eu me sento também.

— Está tudo bem?

— Vim aqui fazer-te uma pergunta!

— Pergunta tudo o que quiseres.

— No parque, quando me disseste que me amavas e que nunca deixaste de me amar, estavas a falar a verdade?

Eu olho bem dentro dos seus olhos castanhos.

— Claro que estava a falar a verdade. Eu amo-te Alyson, tu não imaginas o quanto eu fiquei destroçado em saber que te tinha perdido, de ter falhado com a minha palavra, de não saber como te estavam a tratar. Eu só de imaginar que te poderiam estar a tratar mal, o meu estômago embrulhava, ficava louco de raiva, de ódio e de culpa. Amo-te sim.

Ela olha para a janela, levanta-se e vai para perto da mesma.

— Eu sofri muito, só em saber que tu me tinhas mentido, enganado e abandonado à minha sorte. Odiei-te e amei-te durante todos estes anos. Sentia-me culpada por continuar a ter sentimentos por ti, quando o que eu queria, era que o ódio vencesse o amor. — ela cala-se por instantes e se vira para mim — Mas não venceu.

Eu vou ter com ela e agarro as suas mãos.

— Porque no fundo do teu coração, tu sabias que eu era incapaz de te abandonar, sabias que eu fui verdadeiro contigo.

Ela tira uma das suas mãos da minha e faz um carinho no meu rosto, ela sorri e eu fecho os olhos.

Parece que estou no paraíso.

De repente, sinto os seus lábios nos meus e uma corrente elétrica passa por todo o meu corpo.

Agarro ela pela cintura a colando no meu corpo, ela entrelaça os seus braços no meu pescoço e assim damos um perfeito beijo.

As nossas línguas que ansiavam uma pela outra, matam as saudades de estarem separadas por tantos anos.

Nos afastamos um pouco, para recuperar o fôlego.

— Falei com o Brian, e vamos nos divorciar.

Ela diz aquilo e o meu coração acelera ainda mais.

— A sério? Tu não estás a brincar comigo, pois não? — falo todo esperançado.

— Não, não estou a brincar. — ela sorri.

— Isso quer dizer que agora podemos ficar juntos, nós dois, para sempre?

— Se tu ainda o quiseres. — ela brinca.

Eu a seguro no ar e a rodopio, fazendo ela rir, parecendo uma criança.

Que saudades do seu riso, da sua presença, do seu cheiro, da minha Alyson.

Nem acredito que vamos os dois ficar juntos.

Mas merecemos estar juntos, os nossos destinos estão entrelaçados, desde o primeiro momento que a vi entrar naquele salão de festas, na casa do Jack Hambleton.

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