CAPÍTULO 50
Boa Companhia
Narrado por April
O segredo não é correr atrás das borboletas, mas sim, cuidar do jardim para que elas venham até ti.
— E porque não vais a casa este fim de semana? — o meu pai pergunta, desconfiado.
— Porque tenho um trabalho super importante para entregar na segunda-feira pai, e preciso de tempo e concentração para o fazer, se for a casa, sabes que acabo por não fazer nada.
O meu pai parece aceitar esta minha resposta e falamos sobre outros assuntos.
Detesto mentir, mas o que podia eu dizer? Não vou dizer que não vou a casa, porque tenho um jantar com um bofe gostoso demais, lindo demais, a quem eu parti o carro e vou pagar o estrago com um jantar! Dava-lhe um fanico na hora.
A minha mãe foi mais desconfiada, e fez imensas perguntas sobre o trabalho que eu disse que ia fazer.
Se detesto mentir ao meu pai, detesto muito mais mentir à minha mãe.
Mas depois falo com ela e lhe conto, mas não agora, não já.
A sexta-feira chegou e há hora combinada o Liam liga-me, a dizer que está cá em baixo à porta do meu prédio à minha espera.
Eu desço e vejo que ele vem num carro diferente.
Ele está encostado nele, um belo Audi A8, todo branco.
Olho para a bela figura dele.
Caramba, ele é bem bonito mesmo.
A sua pele morena, os seus olhos verdes cristalinos, o cabelo loiro bem claro, cortado curto. O seu corpo que me parece bem malhado e gostoso, completam o belo quadro aqui na minha frente.
Ele é alto, uns bons 1,90cm de altura.
Ele se desencostou do carro e eu chego perto dele nessa altura.
— Boa noite, April, estás muito bonita. — ele me elogia e eu me sinto a derreter com as suas palavras.
Eu acho que até estou bem simples, um vestido por baixo do joelho cor de rosa e branco, com um decote comportado e de meia manga, não muito justo, mas também não parecendo um saco de batatas. .
— Boa noite, Liam, muito obrigada. — agradeço o seu elogio.
Ele abre a porta e eu entro.
Para um homem, até que tem o carro bem cheiroso, limpo e arrumado.
Vamos então ao Restaurante No 61, que tem um ambiente bastante agradável.
Ele me contou que é Vice Presidente de uma empresa de software, que a empresa é do seu pai e mais umas tantas coisas.
Eu disse que estou a estudar Medicina na
University of Southern Denmark, e que bati no carro dele quando ia para a Universidade, mas que ia fazer uma paragem na pastelaria para tomar o pequeno almoço.
Que moro na Suíça, mais precisamente em Zweisimmen, e que agora aqui estou eu, a estudar para ser médica um dia.
Ele tem 29 anos, já não é nenhum menino, é um homem feito.
A companhia dele é bastante agradável, e eu gostei demais de estar com ele.
Sei que só agora, eu estou a desabrochar para a vida.
Nunca me apaixonei, nem nunca me interessei muito para namorar, por isso, o que sinto agora é novo e estranho.
Será que são mesmo borboletas o que sinto dentro de mim?
São, são mesmo, um bando de borboletas.
Melhores Amigas
Narrado por April
A parceria é forte, a curtição é louca e a amizade é eterna.
— Menina, o que estás tu a contar-me? — Anna pergunta toda entusiasmada.
Acabei de contar à Anna, sobre eu ter batido no carro, até ao jantar com o Liam.
— Ele é muito respeitador, não tentou nada de estranho, só por isso, já ganhou vários pontos.
Rimos as duas divertidas.
— E depois do jantar? Combinaram mais alguma saída a dois?
— Não, ficámos de ligar, mas nada de obrigações, não é? Vamos ver, se calhar não nos vemos mais.
— Não sei não, mas fazes bem em não criar expectativas, às vezes os homens conseguem ser bem estranhos.
— E tu que o digas.
Anna já teve a sua cota parte de um relacionamento bem estranho.
Namorou um garoto que de início era um sonho, mas com o passar do tempo se tornou possessivo.
Não queria que ela saísse para lado nenhum sem ele, espiava ela em todos os lugares, falou de ela abandonar a Universidade. Ele era bem bizarro, e quando a Anna deu um ponto final na relação, ele começou a persegui-la, para onde a Anna olhava, lá estava ele ali a observá-la.
Ela teve que fazer queixa dele à polícia e ele ficou proibido de chegar perto dela, não podia estar a menos de 500 metros da Anna.
E assim, ele desapareceu da sua vida.
Pelo menos nós achamos que sim.
— Ai April, nem me lembres dessa altura triste da minha vida, — ela fala — foram apenas seis meses de namoro, mas o suficiente para me deixar com traumas profundos para a vida
— É, o Rick era muito louco mesmo.
— Se era, nem me fales.
— Ficas cá esta noite? — mudo de assunto.
Estamos no meu apartamento.
Anna quando veio para a universidade, ficou no alojamento dos alunos, isso há dois anos.
Ela gosta de lá estar.
— Fico, mas só se tiveres um grande pote de gelado.
— Mas é claro que tenho, isso não pode faltar aqui em casa.
— Ótimo, então vamos ver um filme e comer gelado.
Hoje é sábado, por isso vamos aproveitar juntas o resto do fim de semana.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Leiloada - Contrato de Casamento
Eu ameiiii...
Pode por favor, exibir a continuação do livro ? 🙏🏾🙏🏾😢...
Se puderem providenciar em PDF agradeceria muito...
Estou no capítulo 51 gostaria de ver o livro completo...
Boa tarde estou no capítulo 24 e adoraria o livro completo em PDF...
Queria tanto a continuação 🥹🥹🥹...