Leiloada - Contrato de Casamento romance Capítulo 70

CAPÍTULO 70

Novas Ideias

Narrado por Brian

Novas portas se abrem. Novos dias aparecem. Velhos sonhos se realizam.

Chego em casa há hora do jantar.

Depois dos cumprimentos e de acompanhar o meu pai, a Bri e a Aly na refeição, vamos a seguir nos sentar um pouco lá fora.

A noite está estrelada e quente e ficamos ali um bom bocado.

Sinto falta destas pequenas coisas que me enchem o coração.

Passado um pouco, todos nós recolhemos aos nossos quartos.

Vou tomar um banho e enquanto estou dentro do box a minha cabeça não pára de pensar.

Saio, seco-me, visto os meus boxers e me deito na cama, onde a Alyson já lá está sentada a ler um livro.

Ela me olha.

— Passasse alguma coisa? — ela pergunta calma.

— Eu não sei. — digo sem pensar, quando percebo já está dito.

Ela fecha o livro e roda o seu corpo para o meu lado e me finta curiosa.

— Brian, eu conheço-te e sei que me queres dizer qualquer coisa e não é de agora. Nós somos casados, mas principalmente amigos, e eu não quero que tu estejas para aí embuchado com algum assunto, por isso fala comigo, desabafa, quem sabe se eu não te consigo até ajudar. — ela fala tudo aquilo e eu só consigo me sentir ainda mais culpado.

— Aly, ao longo dos anos que eu estou em Zurique, tu sempre me disseste que nós cada vez estávamos mais afastados, que o nosso casamento estava a esfriar e eu sempre o neguei, porque eu realmente não sentia isso, mas no fundo, sabia que isso estava mesmo a acontecer, mas não queria admitir o que era óbvio. Mas a verdade é que cada vez estamos mesmo mais afastados, a nossa relação esfriou e eu me sinto culpado por isso.

— Tens outra mulher? — ela pergunta.

— Não, nunca te trai Aly, tu conheces-me, eu nunca seria capaz de te trair. — falo sincero.

— Mas alguém está a mexer contigo, certo?

Eu desvio o meu olhar do dela.

— Já percebi que sim.

— Estás zangada comigo, não estás? Triste, desiludida.

Falo tudo isto sem sequer a encarar.

Sou mesmo um covarde.

— Brian, tal como eu te conheço, tu também me conheces, são 21 anos de casamento, nos conhecemos um ao outro muito bem.

— É verdade.

— Tu foste sempre o melhor marido do mundo, o melhor pai. Temos uma parceria incrível e eu só quero que sejas feliz, e neste momento tu não és feliz com o nosso casamento, não é verdade?

— Aly, eu só não quero que nos afastemos, eu adoro-te e não vejo a minha vida sem ti. — falo triste.

— E quem te disse que eu vou sair da tua vida? Nem penses nisso.

Nos abraçamos.

— Agora vá, conta lá o que me queres contar, porque eu também tenho muitas coisas para te contar.

Eu conto toda a história entre mim e a Patrícia.

— E deixaste ela se despedir?

— E querias que fizesse o quê?

— Que não deixasses ela ir.

— Não a podia prender, não é Alyson.

Ela pensa.

— É verdade.

Ficamos um pouco em silêncio.

— E agora? O que fazemos?

Ela olha para mim.

— Tenho também umas coisas para te contar.

Alyson conta-me então sobre o Gael, o Liam, o pai dela, o Jack, a doença dele e por fim, sobre o Kevin e o que falaram.

— Uau, tantas novidades.

— Pois é.

— Então tudo foi uma mentira, mais uma, do doido do Jack.

— Foi, mas já viste como é a vida? Ele agora ter a doença que tem?

— Não gosto de desejar mal a ninguém, mas ele merece.

— Também acho.

— Aly, — ela olha para mim — eu amo-te e vou amar-te sempre e para sempre, mas já percebemos, que não é mais viável continuarmos a ser um casal.

Alyson suspira.

— Eu sei, mas eu não te quero perder. — ela fala triste.

Coloco a mão no seu rosto dando um carinho.

— Tu nunca me vais perder e tudo vai continuar igual, a única diferença é que a nossa família vai crescer consideravelmente.

Ela sorri.

— Qual é a tua ideia? — ela pergunta cheia de curiosidade.

Eu conto a minha ideia e ela acha bestial, se todos os novos envolvidos aceitarem, será magnífico, mesmo o que precisamos para a nossa família.

Mas O Que Se Passa Aqui?

Narrado por Gael

Eu só quero a calmaria de um lugar que sopra o vento da paz.

— Onde ele está? — pergunto à minha mãe mal chego.

— No salão de festas. — ela diz preocupada.

Entro no salão de festas que fica nas traseiras da casa, um lugar magnífico que viu muitas festas a serem realizadas, mas que há muito tempo que não existe aqui festa nenhuma.

O meu pai está sentado numa poltrona grande muito bonita e de cor preta e que eu nunca a vi aqui no salão.

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