Resumo do capítulo Amor de irmãos (II) de Lembranças das noites quentes de verão
Neste capítulo de destaque do romance Romance Lembranças das noites quentes de verão, Roseanautora apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
- Gui, vamos escolher o nome da nossa irmãzinha? – Ela convidou.
- Eu... Acho que isso não somos nós que escolhemos. – Ele me olhou.
- Podem escolher. Eu... Ficaria feliz se fizessem isso vocês dois... Juntos. – Fui sincera.
- Realmente não se importa?
- Não... Ficaria lisonjeada.
- Eu pensei em Melody II. O que você acha?
Nós dois começamos a rir.
- Eu acho que ela não vai querer ter o mesmo nome que você. – Ele explicou.
- Mas Melody é um nome bonito. – Ela disse seriamente.
- Eu acho Melody um nome lindo. Mas a bebê precisa ter um nome só dela.
- Mas tem vários Guilhermes. Então você não tem um nome só seu. – Argumentou.
Balancei a cabeça, achando engraçada a discussão deles, deixando Guilherme resolver o problema.
- Mas seria complicado duas Melodys na mesma casa.
- Podemos chamar ela de Melody e eu de Medy.
- Melody é um nome que a mamãe escolheu especialmente para você... – aproximei-me dela, me abaixando para encará-la – Agora precisamos escolher um nome especialmente para esta bebê aqui... – pus a mão dela na minha barriga.
- Você sabia que ela já mexe? – Ela olhou na direção de Guilherme, com a mão na minha barriga.
- Isso é... Legal. – Ele me olhou de relance.
- Quer sentir? – Ela convidou.
- Não.
Peguei a mão dele e o olhei:
- Você pode tocar... É a sua irmã. E eu espero, do fundo do meu coração, que vocês sejam companheiros, amigos e se amem muito... Diferente da relação que tive com a minha irmã.
Pensei que ele fosse resistir, mas não. A mão tocou minha barriga, junto da de Melody. Eu fiquei muito emocionada naquele momento. Meu bebê sentia seus irmãos, juntos, pela primeira vez. Charles daria qualquer coisa para ver aquela cena e compartilhar daquele momento conosco.
Melody pôs a mão sobre a do irmão, que sorriu. Senti a mão dele se mover lentamente na minha barriga, alisando. Um sorriso inocente surgiu, pela primeira vez, nos lábios dele.
- Isso é surreal. – Me olhou, retirando a mão.
- Já pensou num nome? – Perguntei, tentando incentivá-lo.
- Eu gosto de Alice.
- Alice no País das Maravilhas? – Melody riu.
- Por que não? – Ele deu de ombros, rindo também.
- Eu gostei de Alice... Na verdade, eu amei. – Falei.
- Então... Seja bem-vinda, bebê Alice. – Melody deu um beijo na minha barriga.
- Acabaram a reunião de família? – Kelly perguntou, parada na porta, com os braços cruzados.
- Acho que já... Escolhemos o nome da bebê. – Guilherme disse, sorrindo.
- Que fofo! Mas não viemos aqui para isso e você sabe muito bem, Guilherme.
- Não.
- Deveria... Ele fala sobre você.
- Meu filho não quer saber nada que diga respeito a Charles. Ele só quer o que é dele por direito. – Ela vociferou.
Fiquei encarando Guilherme, que abaixou a cabeça, não conseguindo firmar o olhar no meu:
- Seu pai investiu tudo que tinha nesta casa. E... Nós não temos para onde ir. Nem como comprar a sua parte. Eu... Entrei com uma ação contra a família de Rachel Roberts pelo que houve na formatura. Mas não há data para o juiz dar o ganho de causa a meu favor... Nem sei ao certo o valor que vou receber. Então não temos como pagar pela nossa parte. Charles não quer mais fazer shows... Ele quer ficar perto das meninas... Porque é isso que pais como ele fazem. Amam... Mimam... E não desistem nunca dos seus filhos. Ele nunca desistiu de você... Nunca.
- Não viemos tratar disto, Sabrina e você sabe.
- Podem vir morar aqui... Junto de nós – sugeri – Como eu mencionei antes, sempre cabe mais um... Ou dois. Temos quatro quartos. Dois para cada família. Pretende vir junto, Kelly? Trará sua mãe? Ou seu namorado, quem sabe?
Dei alguns passos e abri a porta, atordoada. Não aguentava mais aquela mulher e a forma como manipulava Guilherme.
- Tenham um bom resto de dia.
Melody desceu com alguns jogos, olhando para nós. Limpei uma lágrima idiota que me traiu e fingi que estava tudo bem:
- Encontrou o jogo, meu amor? – Perguntei.
Ela pôs os jogos sobre o sofá e veio até mim, pegando minha mão e apertando-a, como se dissesse, com aquele ato, que estava ali, junto de mim. Ela teria pedido colo, mas como minha barriga estava muito saliente, não se atreveu.
- Eu... Não quero jogar este jogo. – Ela disse com a voz triste, abaixando o olhar.
Tudo que eu queria era que ela não assistisse aquilo. Mas não consegui evitar.
- Sabe que não resolvemos isso, não é mesmo? – Kelly me olhou – Porque temos direito e entraremos novamente na Justiça e...
- Chega! – Guilherme gritou, fazendo com que nos nos assustássemos.
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