Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 180

Resumo de Eu sou a dona desta porra: Lembranças das noites quentes de verão

Resumo do capítulo Eu sou a dona desta porra de Lembranças das noites quentes de verão

Neste capítulo de destaque do romance Romance Lembranças das noites quentes de verão, Roseanautora apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

- Ele está na casa de Do-Yoon – ela fez cara triste – E papai disse que não tínhamos tempo para pegá-lo lá. Ele falou que poderíamos comprar Solitário III, mas eu acho que não é boa ideia, já que você tem eu e um bebê na sua barriga para cuidar. Expliquei a ele que você não daria conta de tantas responsabilidades, afinal, você é só uma mamãe.

Olhei-a, incrédula, tentando conter uma gargalhada:

- Sim, eu sou só uma mamãe. E realmente não dou conta de mais “filhotes” para cuidar.

Balancei a cabeça, ainda tentando decifrar a mente da minha filha, enquanto sorvia o restante do café.

Assim que pus a xícara na pia, a porta se abriu. Melody correu de encontro ao pai, recebendo vários beijos pelo rosto.

- Dormiu bem, meu amor?

- Sim, papai. Eu estava contando para mamãe que não podemos ter Solitário III.

Ele me olhou e começou a rir:

- Sim... Afinal, é muita responsabilidade para uma simples mamãe, não é mesmo?

Ela assentiu, seriamente.

- Papai, vamos na praia?

- Só se for agora – ele fez cócegas nela – Suba e vá pôr um biquíni.

Ela desceu rapidamente do colo dele, correndo escada acima.

- Onde você foi? – Perguntei, curiosa.

Ele veio até mim, envolvendo-me em torno dos seus braços firmes, enquanto me dava um beijo apaixonado, sem se importar com o gosto de café na minha boca, tampouco a presença de Yuna. Depois de satisfeito com o sabor do beijo e o acariciar de nossas línguas uma na outra, respondeu:

- Fui procurar Caio.

- Caio? Seu amigo barman?

- Sim. Ele era o único que sabia que estávamos aqui depois que você deixou seu ex na igreja. Afinal, peguei a chave das mãos dele, que estava como responsável pela casa.

- Achou que... Ele poderia ter dito ao meu pai onde estávamos?

- Achei... E eu estava certo. Seu pai sabia desde o início que eu tocava no Cálice Efervescente... E certamente estava a par de toda a minha vida em menos de 24 horas depois que nos envolvemos, garotinha.

Arquei a sobrancelha, aturdida.

- Jordan Rockfeller deu dinheiro ao seu amigo em troca de saber onde você e Sabrina estavam? – Yuna perguntou.

- Sim.

- Mas... Ele não era seu amigo? – Fiquei confusa.

- Sim... “Era”. Pelo menos da minha parte achei que sim. Mas pelo visto não era recíproca a amizade.

- Seu pai é um monstro. – Yuna me olhou, visivelmente furiosa.

- Nunca foi um homem admirável para mim... Mas também não pensei que fosse tão covarde e inescrupuloso. Jamais imaginei que um dia ele fosse agir com a própria filha como fazia com seus empregados e contratados.

- Como poderemos ter certeza de que foi ele que armou tudo para minha prisão?

- Tempo... – Yuna nos disse firmemente – Vocês esperaram muito. Vale a pena seguir a espera e saber ao certo o que aconteceu no passado. Você não pode agir por impulso agora, Sabrina.

- Eu sei... Vou tentar. E quando iniciar o ano, tomarei meu lugar na J.R Recording.

Ela me olhou, ficando ruborizada instantaneamente. Agora consegui chamar a atenção de quem ainda não havia entendido que eu era a dona daquela porra.

- Senhora... – A secretária levantou, finalmente, entendendo que eu não estava ali brincando de trabalhar.

- Aproveite que levantou sua bunda da cadeira e pegue seus pertences, passando em seguida no RH. Você está demitida. Manuela, tome seu lugar, à recepção. Será secretária do Financeiro e minha secretária particular. Vamos começar enxugando pessoas, pois a empresa vai de mal a pior, caso não saibam – eu ri – Mas claro que devem saber, afinal, vocês são a porra dos responsáveis pela área financeira. Então, se não sabem que a J.R Recording está falindo, são péssimos funcionários e em nada valem o que lhes pagam de salário mensalmente.

Não houve nenhuma palavra por parte de ninguém, a não ser olhares amedrontados na minha direção:

- Conversaremos melhor na reunião, que será dentro de exatamente – olhei no relógio – Quarenta minutos. Quem não estiver neste horário, pontualmente, nem entre na sala, por favor. Já passe diretamente no RH, junto da nossa querida ex-secretária e assine sua demissão. Acabou a moleza. Quem não quiser trabalhar, está fora.

Manuela seguia me olhando, no mesmo lugar:

- Levante-se e tome sua mesa, Manuela. Ou quer passar no RH e assinar sua demissão?

- Não, senhora. – Ela garantiu, ajeitando os óculos de grau com o dedo indicador.

Esperei ela se organizar e pedi:

- Qual a maior sala deste andar?

- A do gerente financeiro, senhora.

- Ok, me leve até lá.

Ela levantou, levando-me ao final do corredor, onde a sala enorme ocupava boa parte do andar. Abri a porta, sem bater, e lá estava o homem, usando terno, sem gravata, mexendo no computador. Fui imediatamente até ele e olhei a tela, ligada no whatsapp, onde ele conversava com alguém sobre... A noite que havia passado com a namorada?

Olhei bem para a cara dele e disse:

- Levante-se da minha cadeira.

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