Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 212

- Um processo lento... E com muitos escândalos. – Yuna disse, sentando-se, suspirando.

- Não teve mais notícias de J.R? – Colin perguntou para Calissa.

- Felizmente não. Creio que possa ter fugido.

- Ele não pode sair do país. – Colin garantiu.

- Mamãe ganhou a mansão Rockfeller na Justiça. – Yuna comentou.

Olhei-os incrédula.

- Sim, foi isso que viemos contar. – Colin disse, sorrindo feliz.

- Como assim? – Mamãe sentou ao meu lado.

- Foram décadas trabalhando na mansão, servindo aos Rockfeller, por um bom salário... E nenhum de seus direitos depositados.

- Mas... Não é possível... – Calissa ficou aturdida e surpresa.

- Mariane roubou Jordan, que roubava todo mundo. – Colin foi direito.

- Meu Deus! Que homem desgraçado. – Falei.

- Como represento judicialmente “todos contra J.R” – Colin riu debochadamente – Optei por dividir tudo. Espero que saiam satisfeitos.

- Como ficou? – Perguntei, curiosa.

- Min-ji ficou com a mansão Rockfeller... Grande, imponente e valiosa... Mas com muitos reparos por fazer, o que diminui drasticamente o valor de venda. Mas enfim, ela ficou satisfeita. Queria inclusive dividir com vocês duas.

- Não! – Eu e Calissa falamos juntas.

- Sim, sabemos. Já conversamos com ela a respeito. – Yuna riu.

- Calissa Rockfeller fica com a casa de praia. – Colin olhou-a.

- A casa de praia? Achei... Que ele pudesse ter vendido.

- Não... Não vendeu. Ela vale muito. Pensei que gostaria de ficar com ela.

- Eu fico satisfeita, sim.

- Mamãe... Não pretende morar lá, não é mesmo? É longe... Demoraria para conseguir vir nos ver.

- Não se preocupe... – ela alisou meu rosto e depois deu um beijo na cabecinha de Alice, que já havia deixado o peito e dormia feito um anjinho – Vou alugar uma casa aqui por perto. Não quero deixar vocês.

- Não precisa sair da casa, mamãe.

- Preciso sim. Você, Charles e suas filhas precisam ter as suas vidas... Sem intervenção. Mas vou encontrar algo aqui nesta praia. Talvez venda a casa que herdei e compre uma menor... Ainda me sobraria um pouco de dinheiro.

- Sim, certamente sobraria. Como eu disse, o imóvel vale muito. – Colin confirmou.

- E o meu caso? – Perguntei.

- Com a J.R Recording fechada pela Justiça, a empresa quebrou de vez. Havia mais dívidas do que imaginávamos, então tudo que tinha foi vendido para pagar credores e funcionários. Era um funcionamento de fachada. Não sei como Mariane conseguiu levar a situação por tanto tempo.

- Foi confirmado os desvios dela?

- Sim... Mas por hora irá somente prestar depoimentos. Ela já arranjou um bom advogado. E... Sobrou o prédio da gravadora para vocês duas.

- O prédio? Para dividirmos?

- Sim... Tem um ótimo valor comercial. Um imóvel gigantesco, no centro da capital. Precisam esperar vender. O dinheiro será dividido em partes iguais entre as duas.

O olhei, tentando entender o motivo de eu ter que dividir com minha irmã o que restou, sendo que ela tinha roubado quase tudo enquanto administrava, ou melhor, falia a empresa.

- Fiz o que estava ao meu alcance. – Colin disse, imaginando meus pensamentos.

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