Lembranças Perdidas romance Capítulo 16

Ao ver a expressão assassina no rosto de Adam, Thalia soube que ele lhe daria um aviso e a chamaria de perversa como sempre fazia.

Ela desviou o olhar e de repente viu um carro da polícia no portão.

Dois policiais uniformizados desceram do veículo e ordenaram: "Você é Thalia Cloude? Venha conosco".

Eles avançaram e a agarraram pelos ombros.

Thalia não conseguia acreditar.

Adam tinha chamado a polícia?

Eles estavam casados havia três anos, e ele a tratava como inimiga. Agora, estava até tentando mandá-la para a prisão.

"Adam, você finalmente chegou. Eu só estava perguntando a Thalia como ela estava, mas ela ficou furiosa e me atacou..." Agnes se apoiou nos braços dele e chorou alto. "Se você chegasse um pouco mais tarde, poderia estar morta. Estou com muito medo..."

"Não tenha medo."

A voz dele era muito gentil na brisa noturna.

Mas essa mesma voz era cruel com Thalia. Ela sentiu como se alguém tivesse cortado seu coração com uma faca, e o mundo ao seu redor começou a desmoronar.

Abriu a boca para falar algo.

"Alguém chamou a polícia e disse que você estava atacando pessoas. Estamos prendendo você por agressão. Se quiser se explicar, pode fazer isso assim que chegarmos à delegacia."

Os dois policiais não lhe deram chance de defesa e a algemaram na mesma hora.

Thalia não resistiu. Somente lançou a Adam um olhar frio e saiu sem olhar para trás.

Adam franziu a testa e correu atrás deles, mas Agnes o deteve. "Adam, por favor, não vá..."

Ele se virou e encarou a irmã de Thalia. "Você ligou para a polícia?"

Ao ouvir a voz fria e sombria, Agnes ficou um pouco assustada. Lágrimas escorreram por seu rosto. "Adam, se eu não tivesse chamado a polícia, teria sido espancada até a morte por ela. Eu não tive a intenção de... vou dizer à polícia para não prendê-la..."

No entanto, a polícia já tinha ligado o motor do carro e partido da mansão.

Pela janela do carro, Thalia viu Agnes segurando a mão de Adam com uma expressão angustiada no rosto. Já ele estava de costas para o veículo, dando um tapinha gentil no ombro de Agnes.

O coração de Thalia, que tinha sido ferido várias vezes, começou a doer de novo.

Ela dobrou os joelhos, colocou os braços ao redor do corpo e se aninhou no banco de trás do carro. Estava muito desanimada e decepcionada.

Talvez fosse melhor assim.

Isso garantiria que não sentisse falta daquele lugar e que fosse capaz de partir sem se arrepender.

Felizmente, quando chegaram à delegacia, não dificultaram as coisas para ela. Só a interrogaram por protocolo e a liberaram depois.

Ela colocou a mão sobre o ventre e caminhou em direção à porta com passos pesados.

Embora só estivesse na delegacia por um tempo, todo o processo de interrogatório fora cansativo e humilhante.

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