Lembranças Perdidas romance Capítulo 72

Ao amanhecer, Skye foi examinar Thalia.

"O sangramento finalmente parou, mas temos que ter cuidado. É melhor você ficar deitada na cama 24 horas por dia e não se levantar. Caso contrário, se houver sangramento de novo, temo que você perca seu filho."

Thalia tocou a barriga e assentiu com a cabeça. "Obrigada, Dr. Young."

Skye ignorou Adam, que estava sentado no quarto, e disse, calmo: "Thalia, você não tem amigos ou família para cuidar de você. Me deixe contratar uma enfermeira para você, uma que seja confiável, especializada em cuidar de mulheres grávidas. Ela pode cozinhar também. Você precisa se cuidar bem...".

"Dr. Young, você não precisa se preocupar com isso. Não cabe a um médico cuidar dos assuntos pessoais da minha família." Adam o interrompeu, frio.

O rosto de Skye escureceu. Logo, ele apertou os lábios e permaneceu em silêncio.

Thalia, então, falou, "Por favor, combine um horário para eu encontrar a enfermeira. Se ela for realmente adequada para mim, vou deixá-la cuidar de mim".

Skye assentiu, colocou a máscara e saiu do quarto.

Adam fitou Thalia. "O vovô arranjou duas enfermeiras para você e ainda assim você quer contratar outra. Se ele souber disso, como você planeja explicar a situação?"

Thalia abaixou um pouco a cabeça e olhou para os próprios dedos, distraída. Depois, comprimiu os lábios vermelho-claros com força e permaneceu quieta, o que deixou Adam irritado.

Ela tinha ficado quieta o tempo todo em que ele conversara com ela na noite anterior e continuava da mesma forma agora.

Permanecia em silêncio sempre que ele falava com ela.

Ele achara que ela não queria conversar, apenas ficar quieta. Mas agora, tinha falado com Skye na frente dele.

Ou seja, não é que ela não quisesse conversar, ela não queria falar com ele.

A compreensão da realidade deixou Adam mais emburrado.

"O que você quer exatamente?"

Adam a fitou e perguntou, sério.

Mas não houve resposta.

Desanimado, ele cerrou os punhos e comprimiu os lábios com força.

Sua mandíbula se apertou, revelando o quão profundamente frustrado ele estava.

Thalia abaixou a cabeça, e seu cabelo preto bagunçado caiu sobre a testa, bloqueando sua visão e a maior parte do rosto, mas ela ainda parecia fraca e doente.

Adam se virou irritado, abriu a porta do quarto e saiu.

No corredor, acendeu um cigarro, frustrado. Ele parecia sombrio no meio da fumaça.

O que diabos ela queria?

Ele não era capaz de compreendê-la.

De repente, ele se lembrou do que havia dito na noite anterior.

"Por que eu deveria reprimir meu desejo por um b*stardo?"

Por que dissera algo tão cruel? Por quê?

De repente, ele se lembrou da mancha de sangue que ficara na cama após extravasar seu desejo sobre ela... Sua mão tremeu, e uma cinza quente caiu nas costas de sua mão, mas ele não percebeu a dor.

Ao que parecia, não havia como voltar atrás.

Ele havia pedido o divórcio, e o acordo tinha sido redigido há muito tempo. Bastava ele assinar o documento para que o casamento que o unira a ela por três anos estivesse acabado.

Mas por que ele hesitava? Por que ele não podia deixá-la ir?

Adam ficou ainda mais melancólico após fumar, mas acendeu outro cigarro.

"Adam, por que você está aqui?"

Agnes se aproximou na cadeira de rodas com uma marmita na mão, depois olhou para o relógio, surpresa. "São só oito horas da manhã. Por que você está aqui tão cedo? Minha irmã está acordada? Olha, trouxe um mingau nutritivo para ela. É bom para grávidas."

Adam a encarou, frio. "Ela já tomou café da manhã."

"Oh, tudo bem. Mulheres grávidas geralmente têm bastante apetite. Talvez minha irmã queira comer mais depois de sentir o cheiro bom do mingau."

Ela se virou para entrar no quarto e, naquele momento, inúmeras imagens surgiram de repente na mente de Adam.

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