Loucos Por Ela Capítulo 52

Allana
Depois de uma noite de sono tranquila, acordei mais relaxada e enfim, consegui colocar meus pensamentos em ordem. Ao refletir um pouco, cheguei a conclusão de que precisava me desculpar com Felipe… a forma como venho agindo com ele não está correta.
Liguei e tive a impressão de que ele estava mais sério do que de costume, me tratando com uma certa indiferença e acabei repensando a minha decisão quando ele evidenciou que não voltaria a insistir para que eu o aceitasse. Tive medo de perdê-lo e cedi e agora estamos juntos!
Estávamos em uma chamada, quando me lembrei que mais uma vez não usamos proteção. Desliguei imediatamente e comecei a calcular meu ciclo. Fiz a soma, mas ainda não estava confiante, então baixei uma calculadora menstrual para ter certeza e por muita sorte, ainda faltam quatro dias para o meu período fértil. Que alívio!
Com certeza ele ficou sem entender nada, mas prefiro não explicar. Basta lembrar do preservativo na próxima vez, pois não posso em hipótese alguma, engravidar. Muito menos no auge da minha carreira. Sem contar que essa questão de filhos, já está fora dos meus planos.
Lhe enviei uma mensagem dizendo para não se preocupar porque estava tudo bem e em seguida, me levantei, fiz as minhas higienes, tomei banho, refiz a maquiagem e desci para tomar café.
— Bom dia, Rute! Sabe onde está minha mãe? — Pronunciei entrando na cozinha.
— Bom dia, menina Allana! Dona Helena está no jardim… A senhorita vai tomar café?
— Sim, só café… mas pode continuar o que está fazendo, eu pego na cafeteira. — Ela assentiu, então eu me servi e saí dali.
Segui para o jardim, vi minha mãe mexendo em suas orquídeas e fui até ela.
— Bom dia, mãe! — Exclamei lhe dando um beijo rosto.
— Bom dia, meu amor! Dormiu bem? — Perguntou correspondendo o beijo.
— Sim. O que está fazendo?
— Só terminando de trocá-las de lugar… mas e você, vai sair hoje?
— Estava pensando em ir ao shopping. O que acha de irmos juntas? — Convidei e ela prontamente concordou.
— Acho uma ótima idéia! Será bom passarmos um tempo juntas.
— Combinado então! Mais tarde nós vamos. — Falei sorrindo e continuei. — Vou para o meu quarto terminar de organizar minhas coisas.
— Ok, filha! Nos vemos daqui a pouco.
Nos despedimos, eu voltei para meu quarto e comecei a desfazer as malas. Guardei tudo no closet e me deitei para assistir. Algum tempo olhando para a tela e meus olhos ficaram pesados. Acabei cochilando e só acordei, com meu irmão me chamando para almoçar.
Após o almoço, meu irmão voltou para a empresa e meu pai foi atender uma ligação no escritório. Minha mãe e eu marcamos de sair às 14 horas, então eu subi para me arrumar. Vesti uma calça jeans azul, uma blusinha branca e, como acessório, um echarpe de onça que esconde todo meu pescoço. Nos pés uma bota rasteira de cano médio e no cabelo fiz cachos com a chapinha, para dar mais volume. Passei um batom nude, coloquei um par de brincos de pedrinha e desci. Minha mãe já estava me esperando na sala, então saímos.
Passamos a tarde fazendo compras e depois fomos comer. Já era quase noite quando voltamos para casa. Como estava muito cansada, subi direto para meu quarto, tomei banho e fui dormir. Acordei por volta das 8 horas, fiz minha rotina matinal e deitei novamente para mexer no celular, em seguida bateram na porta.
— Entre! — Exclamei jogada na cama, então meu irmão abriu a porta e entrou falando:
— Bom dia! Ainda deitada maninha?!
— Bom dia, Gus! Só um pouquinho! — Bloqueei a tela do celular e coloquei ao lado, enquanto me sentava.
— Vim te chamar para tomar café.
— Está bem, mas antes sente aqui! Quero falar com você. — Convidei batendo a mão na cama.
— Então diz… o que tem para falar comigo, tão cedo? — Perguntou sentando-se em minha frente.
— É sobre o Felipe…
— Ai, lá vem! — Reclamou virando a cabeça para o lado.
— Gus, por favor!
— Está bem! Vou ouvir…
— Eu sei que está bravo com ele pelo outro dia, mas nós conversamos e decidimos ficar juntos. — Expliquei e ele respirou profundamente, e permaneceu calado por um momento, mas logo da sequência.
— Olha... não é a melhor notícia que eu já recebi, mas dá para ver que ele não só gosta, mas também cuida de ti e isso me tranquiliza. Claro que isso não muda o fato de que estou furioso por saber o que sem dúvidas faziam naquele apartamento. — Esclareceu visivelmente irritado e eu o repreendi constrangida.
— Gustavo!
— O que? É verdade! Não quer que eu acredite que vocês estavam rezando, né!? — Afirmou encarando-me e eu fugi do assunto.
— Não vou falar disso com você!
mesmo! Ou terá que procurar outro namorado! — Esbravejou e em seguida continuou. — Mas enfim, vou logo ao ponto. Confesso que me assusta a ideia de te ver namorando com Felipe, porque nunca te vi tão interessada em alguém. Em seus olhos vejo um brilho diferente e até a sua voz muda quando fala dele, mas se você está feliz, eu também estou. — Falou e eu lhe
Obrigada irmão! Sabia que iria me entender. — Agradeci enquanto ele retribuía o
Claro, mas ainda preciso de um tempo para digerir a notícia. — Murmurou e eu o encarei, então ele seguiu. — Com o Igor eu nem me preocupava porque era notável que você não gostava dele, mas agora está bem claro que vou ter que dividir você com
Mas é ciumento, viu! — Exclamei sorrindo e ele agiu da mesma forma. — Você sabe que eu te amo e nada vai
sei, mas não é nada legal saber que o marmanjo do meu sócio tá pegando a minha
— Irmão! — Nós rimos.
é sério… Eu fico tranquilo se você me prometer que não vamos
é claro que não! Você é meu irmão Gus, nada e ninguém mudará isso! Nosso laço é sanguíneo. — Respondi e
— Melhor mesmo! E é bom você ir se acostumando porque nesse mês que ficar aqui, eu quero o dobro de atenção. Depois você volta para o Rio e só vai existir
E como eu vou fazer isso? Só se eu for para a empresa, porque você não fica em casa! — Tagarelei sem pensar e só me dei conta da besteira que falei quando
não é que acaba de me dar uma boa ideia!? Segunda feira você vai para a empresa comigo! — Afirmou convicto e
irmãozinho… você só pode estar