Felipe
Eu tinha acabado de falar ao Caio que pretendo esquecer Allana e de repente a mesma aparece acompanhada de minha irmã. "O universo está contra mim!"
Ao ver aqueles belos olhos azuis me encarando fixamente meu coração bateu mais forte e não posso negar que adorei o fato dela ter vindo sozinha, assim não preciso ficar presenciando o Igor em cima dela o tempo todo, afinal, por mais que ele seja o namorado, eu sinto ciúmes! Não queria, mas não consigo evitar. Como o destino é irônico!
Após conversarmos por alguns minutos, entramos e fomos todos para a sala de jantar. Sentei-me de frente com ela e recebi de meu amigo, um olhar de reprovação e para meu próprio desespero, não me importei, pois eu só quero poder admirá-la, nem que seja por pouco tempo.
Cada movimento dela é um poço de delicadeza! Tem um sorriso meigo e um olhar penetrante e sua voz soa como uma melodia que me hipnotiza.
— Filho, você está bem? — Sou tirado de meus devaneios com minha mãe me chamando e meu amigo que nesse exato momento se encontra ao lado de Allana, apenas me olha e mexe a cabeça em negação.
— Sim, mãe! Eu só estava distraído.
— Tem certeza? — Voltou a indagar e eu assenti.
Todos fomos servidos e antes que começássemos a comer, Kate decidiu fazer um comunicado.
— Gente, quero aproveitar que estamos todos aqui para dizer que Allana é a modelo escolhida para representar a marca Bolmann. — Grande foi minha surpresa, pois agora sim que eu não vou conseguir me afastar.
— Eu acho uma ótima ideia! Allana é muito bonita e talentosa, tenho certeza que essa parceria será um sucesso! Além disso, ninguém melhor que a filha de meu sócio para representar nosso sobrenome! — Meu pai afirmou e eu quase não acreditei no que ouvi… se ele já a conhecia, por que não nos apresentou antes?
— Tenha certeza que darei o meu melhor, senhor!
— Não tenho dúvidas disso, mas pode cortar as formalidades! Elisa e eu conhecemos seus pais a vida toda e por mais que não a conhecêssemos pessoalmente, para mim você e Gustavo são como meus filhos. A casa é sua!
— Tudo bem, então… Obrigada Humberto! — Ela agradeceu com um sorriso lindo e eu respirei aliviado.
— Allana, querida… reforçando as palavras de meu marido, sinta-se em casa e fique a vontade para vir quando quiser! Seu irmão eu já conheço, já nos vimos algumas vezes nas confraternizações da empresa e é incrível a semelhança entre vocês!
— Obrigada por vocês me acolherem dessa forma tão carinhosa! E sobre a semelhança com meu irmão, realmente é gigantesca mesmo! Algumas pessoas até perguntam se somos gêmeos.
— Olha, dá para dizer que sim! — Minha mãe concordou e todos riram, mas Kate tinha que estragar.
— E vocês não sabem o que eu acabei de descobrir… Allana é namorada do Igor! — Pronto! Nada que eu comer hoje irá me cair bem!
— O personal, amigo do Fe? — Ayla perguntou e meu sangue já fervia nas veias.
— Ele mesmo!
— Estamos todos em família então! — Para completar, meu pai solta uma dessa e minha mãe prolonga o assunto.
— E por que ele não veio? — Como se não bastasse a Kate falando sobre isso, agora tenho que aturar a família toda.
— A escala da academia é dele hoje. — Allana respondeu e minha mãe teve uma péssima ideia.
— O Igor cresceu conosco e é um rapaz exemplar… Podemos marcar um jantar para que ele esteja presente!
Ao ouvir aquilo não consegui disfarçar meu incômodo. Levantei retirando o celular do bolso e inventei uma desculpa qualquer.
— Com licença, vou atender uma ligação.
— Mas Fe, seu celular não está tocando! — Como sempre, a Kate é muito observadora e não hesitou em falar.
— Está sim, coloquei para vibrar. Já volto! — Insisti e já fui saindo da mesa antes que mais alguém encontrasse outra objeção.
Eu juro que não aguento mais ouvir falar em Igor e Allana juntos! Parece que não existe outro assunto. Voltei para o bar da piscina, me servi outra dose de uísque, já que não vou mais almoçar mesmo e fiquei sentado em uma das espreguiçadeiras pensando em que parte da minha vida eu errei tanto para estar pagando dessa forma. Tempo depois, meu amigo apareceu.
— Sabia que te encontraria aqui… — Pronunciou sentando-se na cadeira ao lado. — Não vai voltar para a mesa?
— Não. — Tomei um pouco da bebida e ele começou com o discurso.
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