Felipe
Sou Felipe Bolmann e tenho 23 anos.
Moro no RJ Soter, o melhor, mais luxuoso e mais caro edifício do Rio de Janeiro.
Meus pais moram em um condomínio fechado na Barra, junto com minhas duas irmãs Ayla e Kate. Somos sócios das empresas Ruschel, que fica localizada em São Paulo e têm filiais por todo país.
Eu sou diretor financeiro da filial daqui, e apesar da profissão, não gosto de ternos. Sou super despojado e prefiro uma roupa mais casual.
Não namoro atualmente, e na verdade nem pretendo. Me relacionei sério apenas uma vez, aos 19 anos, mas não durou muito. Depois disso decidi curtir a vida, e por isso muitas pessoas acham que eu saio pegando geral, mas não é bem assim.
Sempre preciso viajar para me reunir com meu sócio, Gustavo, o diretor da empresa de São Paulo. E neste momento estou indo para o aeroporto da empresa com Caio, meu amigo e vice-diretor. Teremos uma reunião para discutir alguns assuntos da nova filial.
Ainda a pouco, quando eu estava chegando no estacionamento, vi uma mulher que prendeu minha atenção. Ela estava aguardando o elevador do edifício, mas eu nunca antes a vi lá.
Fiquei tão impressionado com tal beleza, que até parei o que estava fazendo para prestar atenção nela.
É linda! Baixinha, tem um corpo perfeito. Cabelos longos e loiros, olhos azuis como o céu, e um olhar forte e intenso que com certeza, não irei esquecer.
Me concentrei tanto naquela bela mulher, que só voltei a realidade com Caio me chamando. Então segui para o carro e saímos dali.
Já no avião, sou desperto de meus pensamentos por Caio novamente
— Ei cara, estou falando com você!
— Desculpe, estava distraído. O que disse?
— Percebi! — Exclamou olhando-me fixamente e continuou — Falei que desde que saímos, você está distante . Em que tanto pensa?
— Você viu aquela mulher lá no edifício?— Perguntei incerto e ele tirou onda.
— A loira? E como eu poderia não ter visto, se quase precisei limpar sua baba?! — Pronunciou rindo.
— Eu estou falando sério. Nunca ninguém chamou tanto a minha atenção assim.
— É cara, mas não sabemos o que ela estava fazendo lá. Já pensou na possibilidade de ter ido visitar um namorado?
— Já sim. Mas também pode ser uma amiga, ou familiar… — Respondi apresentando mais algumas opções e ele voltou a rir.
— Eu acho que você não está querendo ver o óbvio. — Ressaltou levando o copo de uísque à boca.
Ele tem razão, na pior das hipóteses pode ser isso mesmo, mas prefiro acreditar que não é.
— Tanto pode ser que sim, como pode ser que não. — Tentei jogar com as palavras, mas ele é insistente demais.
— Tudo bem! Se quiser se enganar, vá em frente. Mas acho melhor você se concentrar no que estamos indo fazer. — Ironizou e eu nem respondi mais.
***
1 hora depois…
Já estamos em São Paulo e fomos direto para o hotel. Como os quartos já estavam reservados, pegamos os cartões, e cada um foi para o seu.
Entrei e nem desfiz as malas. Me servi uma bebida e sentei na sacada.
Como a reunião será apenas amanhã, e eu ando trabalhando muito ultimamente, aproveitei para descansar o resto do dia.
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