Felipe
"Por favor Deus, não permita que ela continue ou meu pau vai entregar que eu não estou dormindo!"
Pedi internamente enquanto seus dedos roçavam em minha pele e senti que ela se afastou.
— Sei que errei em ter me calado naquele dia. Eu devia ter deixado claro que você é o único homem que me fez sentir completa em todos os sentidos, mas eu falhei e agora não tenho como consertar. Se eu tivesse essa facilidade que você tem em se expressar, dizer tudo o que sente... mas eu não consigo.
Ouvir esse desabafo reacendeu em mim o sentimento que eu estava lutando para apagar e naquele momento meu único desejo era agarrá-la e dizer o quanto a amo, mas ela ficaria constrangida por saber que eu ouvi tudo que ela se sentiu confortável para dizer porque achou que eu estava dormindo, então achei melhor continuar como me mantive até agora.
A verdade é que eu já estava acordado há algum tempo e no momento em que a porta se abriu, pensei tratar-se de Ayla novamente, pois havia acabado de vir aqui e eu pretendia assustá-la, mas o perfume suave de Allana invadiu o ambiente e eu achei que realmente estivesse sonhando, até sentir o calor de sua pele e ouvir sua doce voz sussurrando com toda franqueza o que sente e pensa.
Ela continuou sentada ao meu lado mas desta vez em silêncio e de repente me deu um selinho e em seguida saiu. Ao ter certeza que já estava sozinho pude parar de fingir o sono.
— Püta que pariu… Não acredito que ela baixou a guarda! — Falei e ri sozinho porque gostei muito do que ouvi.
Pulei da cama e fui tomar um banho rápido, pois queria aproveitar o dia e lógico a companhia de minha pequena.
Fiz minha rotina matinal, vesti uma sunga vermelha e um short de praia estampado de azul e laranja, joguei uma regata branca no ombro, calcei um chinelo da mesma cor, me perfumei, penteei o cabelo e saí do quarto.
Eu fiquei tão entusiasmado com o que saiu de sua boca, que nem quis saber de tomar café. Eu só queria estar perto dela o mais rápido possível. Passei na cozinha, peguei uma pêra e saí para me juntar logo aos outros.
Enquanto passava pela sala de estar, os vi sentados no jardim. Allana estava na cadeira de balanço suspensa e como ela está um pouco arisca pelo fato de que fui eu quem terminei, aproveitei a oportunidade para dar uma brecha e ver até onde ela consegue chegar.
— Bom dia! — Cheguei cumprimentando geral e me sentei junto dela.
Percebi que ela ficou um pouco acanhada, talvez pela aproximação repentina, mas fingi que não aconteceu nada e continuei comendo minha fruta.
— Ufa! — Ayla foi a primeira a se manifestar e Gustavo prosseguiu.
— Até que enfim, bela adormecida! — Acho que ele está na profissão errada, porque ultimamente vive fazendo piadinha.
— Nossa Fe, pensei que iria passar o dia todo na cama... Bom dia, irmão! — Kate juntou as mãos em formato de coração e mandou um beijo em minha direção.
— Bom dia… — Allana respondeu em tom baixo e ao que aparenta, está envergonhada mesmo.
— Já pensaram no que vamos fazer hoje? — Perguntei ao encostar no balanço e ela permaneceu imóvel.
— Ainda não... Estávamos conversando sobre isso! — Minha irmã mais nova explicou.
— O que acham de wakeboard? — Sugeri e Kate rapidamente contestou.
— Ah não, Fe! Você sabe que eu sou péssima com esportes aquáticos.
— Kate, você precisa tentar ou não vai conseguir nunca! — Tentei convencê-la apesar de saber que ela tem medo.
— Acho melhor não! — Permaneceu relutante e até mesmo meu sócio interviu.
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