LUXÚRIA - trilogia romance Capítulo 144

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…ᘛ ANGELINA ᘛ…

Assim que tive a certeza que estava dormindo com cuidado me afastei. Retirei minhas roupa e fui tomar um banho.

Meus braços estão doloridos por causa do esforço excessivo para passar as roupas. A verdade é que estou tão cansada que vou pegar no sono assim que me deitar.

Prendi meus cabelos e liguei a água morna que caiu sobre meus bracos como uma massagem. — fechei meus olhos e em privacidade pude chorar.

Meu Deus, não consigo nem imaginar o que está se passando na cabeça da minha menina… me der forças para ser uma boa mãe Deus.

Após um banho longo pude refletir em tudo que Yan fez por mim… para muitos não foi nada, porém para mim que nunca tive alguém tão dedicado me ajudando desse jeito é novidade. — Esse homem realmente existe?

De modo a não pensar nisso coloquei meu pijama que está larguinho de um jeiti que me surpreendeu. — logo terei que jogar fora.

Puxei o cadarço na cintura para não ficar caindo, pois não estou sozinha e voltei para o quarto. Verifiquei se a princesa ainda estava dormindo e com calma pude admirar seu rosto começando a ficar com uma coloração mais escura.

— A mãe está aqui filha, vou tentar ser a melhor possível. — beijos seus cabelos puxei as cobertas até seus ombros e segui para a cozinha de modo a fazer o jantar.

Armando está sentado no sofá de cabeça baixa e imagino que esteja sendo tão difícil para ele quanto para mim. Me sentei ao seu lado de modo a conversarmos um poucos e ver a melhor forma de cuidarmos da nossa garota.

— Ei! — alisei seu braço — temos que conversar.

— Que merda de pai eu sou Lina! — sua cara enfurecida mostra que essa situação deu a ele uma reação totalmente diferente da minha — Posso dormir aqui?

— Vim te perguntar isso? Ela não quer ir embora e acho que nesse momento devemos ficar juntos. — me senti agoniada quando segurou minha mão e com cuidado me afastei — Vou preparar um jantar para gente… Nem sei se tem roupas sua aqui. Bom, vai tomar um banho e se deita com ela, está na minha cama. — rapidamente me coloquei de pé e fui surpreendida quando me puxou para um abraço, aceitei, visto que toda essa situação nos deixa bem emotivos.

Alisei suas costas para que soubesse que estamos juntos nessa e ele beijou minha cabeça.

— Obrigado por me deixar ficar. — sua mão alisou as minha e me afastei.

— Temos que nos preparar para ajudar nossa filha com o emocional dela Armando. Quero minha vê-la forte novamente, notei que anda muito depende de atenção e carinho… — respirei fundo me dando conta do que falei. — Vai, não a deixe sozinha. — tentei sair, mas seus braços me seguram e outro abraço foi iniciado, tentei sair, só que ele é mais forte que eu.

— Estou fodido! Não me reconheço, Lina. — me apertou ainda mais em seus braços e tentei retribuir na mesma proporção, mas sinto nojo até do seu perfume — vou tomar um banho e ficar com ela.

— Farei o jantar e levo para vocês — finalmente me soltei. Armando saiu retirando a gravata me e vi presa nesse ato corriqueiro que não quero para minha vida nunca mais.

O que está acontecendo comigo? A situação é péssima e não consigo ter empatia por eles! Meu Deus o que me tornei? Mesmo sentindo que está bem abalado, sei lá, acho que ser maltratada pelos dois durante todos esses anos me deixou assim! — Neguei com a cabeça para minha falta de sensibilidade.

— Acho que nesse julgamento o Yan errou, pois é nítido que Armando não está bem — murmurei, recordando o que analisei nessa curta conversa — Vou me manter vigilante com ambos — afirmei e segui para a cozinha.

Comecei a preparar um arroz, Fiz o filé grelhado, cortei em cubos grandes os tomates cereja. Fiz rodelas finas de palmito e partir o alface com as mãos. Estava temperando a salada quando uma mensagem do Yan chegou no meu celular.

[YAN: Estou me preparando, pois vou para Dubai. Jae me confirmou que não vai para casa por esses dias, como a mesma ficará vazia disse que te dei folga e pedi que se caso ele fosse dormir aqui antes da minha volta que era para te avisar.]

Não tenho paciência para ficar escrevendo e procurei seu contato na agenda. Liguei para ele, pois sou péssima com mensagens.

— Oi! Desculpa, não queria te atrapalhar só precisava te manter informada da minha viagem. Tire esses dias pra ficar com sua filha.

— Muito obrigada… quando você volta? — escutei sorrir, aí me dei conta da pergunta íntima.

— Não sei raposa, estimativa para dois dias, mas vamos ver como será essa situação do roubo. Me permite um desabafo? — disse que sim — Essa situação está acabando comigo, não quero estragar o casamento do meu irmão que acontecerá em alguns dias e sinto que eu e Jae seremos sobrecarregados.

— Muito nobre da sua parte. Confio em você e sei que vai conseguir passar por essa fase difícil, não posso te ajudar porque não tenho muito estudo, somente minha formação escolar, mas se quiser conversar estou aqui. — tentei amenizar a situação.

— Obrigado pela confiança, vou sentir saudades de ver sua bunda! Já te falei que ela é um colírio para meus olhos? — segurei o riso para não chamar atenção, pois sou pior que hiena quando acho graça de algo.

— Para com isso Yan! Boa viagem, qualquer coisa me liga, beijos… volta logo. — exigi.

— Ficará com saudades né? Bom, sei que vai! Meu negócio deu até uma latejando aqui. — sorri por falar suas safadezas — você gosta que eu sei.

— Não gosto nada, vai logo! Boa viagem. — nós despedimos e voltei a focar na comida.

“É claro que gosto dessa safadeza toda! Mas ele não precisa saber disso.”

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