Máfia - Contrato Forçado romance Capítulo 2

CAPÍTULO 2

Solução

Narrado por Brian

— E então? Não pagou a dívida, não foi? — pergunto, mal o Mark entra no escritório.

— Claro que não, que estavas à espera? De milagres?

— Hum, vou ter que dar um tiro nos cornos dele, tá visto. — falo chateado —

Será uma bala chata demais de atirar.

Mal empregada, mas enfim.

— Mitchell é um cão que não conhece o dono Brian. — Mark diz ao se sentar e acende um cigarro — Ele vende a própria mãe se preciso for.

Um dos meus soldados bate na porta que está aberta.

— A mãe não sei, mas acabou de vender a própria filha a um bordel. — informa o soldado.

— A sério? Caramba, é mesmo pior do que pensei. — Mark indagou perplexo.

— Uma filha?— pergunto curioso — Nem sabia que esse meliante tinha uma filha.

Mark me olha de imediato e diz.

— Por acaso tirei isto ao sair da casa dele. — atira com uma foto para cima da minha mesa.

Olho para a foto e percebo que o vagabundo do Mitchell está nessa foto, acompanhado por uma mulher bonita, que deve ser a sua esposa e uma garota loira, parecida com a mulher que sorri ao seu lado.

— Que idade tem essa filha do Mitchell? — pergunto sem tirar os olhos da foto.

Mark olha para o soldado.

— Que estás à espera? Vai tirar a ficha toda dessa garota. — ele ordena.

O soldado assente que sim e sai rapidamente da sala.

Passado um pouco volta a entrar.

— Está tudo no seu email pessoal Dom Brian. — ele informa de imediato.

Eu abro rapidamente o meu email e sorrio ao ler as informações da garota.

— Estás a sorrir! Não me digas que estás a pensar fazer, o que eu acho que estás a pensar fazer? — Mark pergunta, com toda a certeza da resposta que vai ouvir.

— Talvez esta seja a solução para o meu problema. — digo pensativo.

— Sim, porque sabes bem a urgência que tens em te casar Brian. Esse casamento tem que sair para ontem. Sabes que não podes atrasar isso muito mais tempo.

— Eu sei, — suspiro irritado — o meu pai e as suas brilhantes ideias sem nenhum sentido. Sinceramente.

— O teu pai pensou no futuro da Máfia Brian, tu sabes que tudo tem passado de geração em geração, mas devido ao que aconteceu, o teu pai tinha que colocar limites, não achas?

Mark fala o óbvio, mas eu detesto ter que ser obrigado a fazer uma coisa que não quero.

—Eu só acho que o único sacrificado nesta história toda sou eu. Mas enfim, — pego nas minhas coisas — levanta lá essa bunda daí, vamos agora mesmo a esse bordel.

No Bordel

Narrado por Brian

Entramos no bordel, sem sequer pedir licença, era o que mais faltava, não precisamos de nada dessas burocracias, o nosso poder é visível.

Duas mulheres vêm de imediato na nossa direcção todas rebolantes e sorridentes.

—Dispenso. — falo seco, e sem parar de andar

—Eu não. — Mark diz já todo acesso e pronto para ficar ali mesmo, na companhia das duas belas mulheres.

Mas o seu chefe, que sou eu, corto logo o baralho dele.

— Hoje não Mark, sossega lá o ganso dentro das calças.

—Que chato. — ele diz emburrado.

Eu me viro para uma das mulheres e ordeno sem mais demoras.

—Quero falar com o dono disto aqui. —

Dois minutos depois aparece um homem que se apresenta como o dono do bordel.

—Em que posso ajudar os cavalheiros!— ele pergunta cheio de simpatia.

—Venho buscar a garota que foi deixada aqui pela besta do pai dela.

Ele me olha estranho.

— Desculpe, mas ela vai ser leiloada amanhã.

—Não vai mais, eu pago o que pagou ao pai dela e fim de conversa.

—Mas o leilão é para o pai da garota pagar uma dívida.

—Eu sei, a dívida dessa avestruz do pai da garota, é para me pagar a mim, pagar à máfia.

Ele engole em seco.

Percebo que ele não esperava por isto.

—Muito bem então. — ele faz sinal para uma das mulheres— Vai buscar a garota.—

—Não é preciso, eu mesmo a vou lá buscar. — falo cortante e decidido.

A mulher me indica o quarto e eu bato ao de leve na porta.

A porta é aberta e vejo uma mulher loira e bonita que me olha curiosa e ao mesmo tempo assustada.

É claramente a garota da foto mas um pouco mais velha, já não é uma garota, mas sim uma bela mulher.

—Tu é que és a Flora?— falo parecendo um trovão.

Não quero cá lamechices para nenhuma mulher.

Ela encurta o seu olhar para mim.

— E quem pergunta?— ela pergunta desconfiada e altiva.

— Quem acabou de te livrar de seres leiloada como se fosses uma mercadoria. O teu pai sinceramente, só faz bosta, atrás de bosta. É comigo que o teu pai tem uma dívida. — digo impaciente — Agora vamos logo, que não tenho toda a vida.

Viro as costas de imediato e começo a andar pelo corredor e sinto ela logo ali atrás de mim.

— Obrigada por me ter livrado desta situação.

Livrado, diz ela.

A ver vamos se ela vai gostar do que ainda tenho para lhe dizer.

Para a Zona Rica

Narrado por Flora

Depois daquele homem, extremamente bonito aparecer na porta daquele quarto, onde eu me sentia desesperada, ele me levou dali sem nenhum problema.

Caramba, estava a ver a minha vida literalmente a andar para trás.

Ele no seu passo seguro, anda na minha frente e eu o sigo até um carro preto, ele abre a porta de um dos carros pretos ali estacionado à porta e eu entro.

Antes de entrar no carro, percebo que estão mais alguns carros e vários homens todos vestidos de escuro, com armas na mão.

Mas quem é esta gente? A Máfia?

Talvez até sejam mesmo.

Já ouvi falar muito da máfia aqui de Chicago, mas nunca vi ninguém que pertença a ela.

Depois de eu finalmente entrar ele dá a volta e entra também no lugar do condutor.

Ele arranca e os outros carros ali perto arrancam de imediato atrás de nós.

No caminho reina o silêncio dentro do carro.

Mas eu só penso no desgraçado do meu pai. Quando chegar a casa eu vou matar o meu pai, penso para mim mesma.

Mas ao olhar lá para fora percebo pelos vidros escuros do carro, que não vou na direção da minha casa.

Resolvo quebrar o silêncio e pergunto.

— Desculpe, mas acho que se enganou, eu não moro para este lado.

Ele conduz com o seu semblante carregado.

— Não vamos para a tua casa. — ele diz apenas, seco e cortante.

O meu desespero volta.

E se ele me vai fazer mal??

Decido sondar o homem bonito, mas extremamente arrogante.

— O senhor sabe o meu nome, mas eu não sei o seu.

— Brian. — diz seco e sem tirar os olhos da estrada — Brian Costantini.

Ele não faz tensões de dizer mais nada, e eu decido também me calar.

Pelo menos tem um nome bonito.

Percebo que nos dirigimos para os subúrbios de Chicago, mais precisamente para a zona rica, em Highland Park. As mansões aqui são um autêntico luxo.

Um enorme portão é aberto e o carro entra, seguido por mais uns dois ou três carros atrás de nós e volta a fechar e vejo vários soldados que rondam o jardim.

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