CAPÍTULO 3
Os Termos
Narrado por Flora
O carro pára na porta da enorme mansão e o tal do Brian sai de imediato do carro.
Eu saio também e estou maravilhada com tudo o que vejo, nunca imaginei ver assim, ao vivo e a cores uma casa tão bela.
Mas ele nem me deixa contemplar esta maravilhosa vista, por ele andar tão rápido no seu passo apressado.
Ele é um homem muito bonito, caramba, bonito até demais.
Entramos no que me parece ser um escritório enorme e espaçoso, acho até que a minha casa cabe toda aqui dentro.
— Senta-te, precisamos de conversar. — ele diz cortante e eu me sento de imediato num sofá bem confortável.
Não sei o que este homem quer comigo, para me trazer para o meio de toda esta luxúria.
Talvez precise de uma empregada!
Ele fica de pé e se serve de uma bebida. — Queres beber alguma coisa? — ele pergunta, enquanto enche um copo de um líquido que me parece ser whisky.
— Não, obrigada.
Sinto-me muito nervosa
— Eu vou direto ao ponto, porque eu não tenho tempo a perder. Como tu deves saber, o teu pai tem uma enorme dívida com a Máfia "All'interno della famiglia" , uma dívida em que fui eu que lhe emprestei esse dinheiro. Emprestado, não dado, mas o teu pai pensa que isto é tudo uma caridade, mas não é. E por isso mesmo, eu fui te tirar daquele bordel e te livrar da humilhação de seres vendida.
Eu ouço com muita atenção tudo o que ele me diz e afino o meu olhar, desconfiada com aquela conversa.
— Não sabia nada de o meu pai ter uma dívida e muito menos com a Máfia.
Mas agora eu pergunto, qual é o preço a pagar por isso? Por me ter tirado do bordel?
Eu não sou nenhuma parva, sei perfeitamente que alguma coisa ele quer.
Ele bebe todo o conteúdo do seu copo, de uma vez só.
— Diz logo, qual o preço a pagar por isso? — pergunto mais uma vez, me sentindo muito nervosa com esta conversa.
Ele me encara com os seus olhos extremamente verdes e logo de seguida, tira uma pasta da gaveta e me estica a mesma.
Eu a abro com as minhas mãos trêmulas.
Tento não demonstrar o quanto estou nervosa.
— E isto é o quê mesmo? — pergunto.
— Eu salvei-te de seres leiloada, mas com um único propósito, para fazeres um contrato de casamento comigo. Isso é portanto, um contrato com os termos do mesmo.
Eu olho para ele com toda a certeza com cara de parva, porque é como me estou a sentir agora, muito parva mesmo.
Será que eu estou a ouvir bem?
— Os termos são simples. — ele continua, visto que eu fiquei sem dizer nada — Será um casamento falso, que tem que ter a duração de um ano e nesse ano de casamento tens que cooperar comigo em tudo, ser uma boa esposa, mostrarmos a todos o quanto somos felizes e todas essas baboseiras da treta, e acima de tudo, ninguém, mas mesmo ninguém, pode saber que estamos juntos por causa de um contrato. Depois disso podes ir à tua vida e pronto.
Ele acende um cigarro.
— O que tu estás a falar é sério? Ou estás a brincar? — pergunto desconfiada.
Ele me olha sem esboçar nenhum tipo de sentimento, apenas olha para mim, como se eu fosse um simples objeto ali na sua frente.
— Eu não sou homem de brincadeiras. — ele fala frio.
Eu levanto-me do confortável sofá e rio nervosa.
— Mas é claro que eu não vou aceitar nada disso! Mas tu és louco? Um contrato de casamento?— olho para ele — Tu precisas de fazer um contrato de casamento para casares com alguém? Olhando para ti ninguém diria.
Ele continua a fitar-me.
— Um contrato sem sentimentos é benéfico para todos, principalmente para mim, que não tenho nada dessa porcaria a que chamam de amor.
Eu o encaro altiva.
— Pois lamento informar, mas vais ter que arranjar outra para fazer o papel de esposa apaixonada, porque eu não estou interessada nessa maluquice sem tamanho.
Brian coloca o copo vazio numa mesa ao seu lado e se levanta com a maior das calmas, dá dois passos na minha direção e informa ríspido.
— Se não aceitares o contrato nem os termos, eu levo-te agora mesmo de volta aquele bordel imundo e tu serás leiloada, vendida para qualquer um.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Máfia - Contrato Forçado
Vão ter mais capítulos né?😔...