CAPÍTULO 4
Os Preparativos
Narrado por Flora
Sou acordada com um leve abanão.
Olho para uma senhora que claramente é uma das empregadas, vestida com um uniforme preto e branco, muito bem composta.
Ela sorri simpática para mim e diz:
— Peço desculpa, Senhorita, mas já são 16h00 da tarde e ainda não comeu nada.
Ela se desvia um pouco e eu vejo uma mesa ali perto com comida.
Até os meus olhos comem de tão bonita que é a comida. Percebo que não como nada desde ontem, praticamente há 24 horas.
— Obrigada. — sorrio para ela que me parece amigável.
Ela pede licença e sai do quarto.
Eu vou até à mesa e como tudo o que a minha barriga deixa.
Pareço uma autêntica esfomeada, ahahah.
Ao fim de uma hora, outra empregada aparece para levantar a mesa.
— Muitos parabéns, Senhorita. — ela diz com um sorriso no rosto.
Oxi, eu não faço anos!
— Desculpe, mas parabéns porquê? — pergunto perdida nesta conversa.
— Ora, porque acabei de ouvir na cozinha que já começaram com todos os preparativos. — ela fala, mas vai tirando as coisas de cima da mesa — É muito em cima da hora, mas não se preocupe Senhorita, tudo vai estar pronto a tempo e a horas. — ela sorri enquanto fala.
Eu estou atônita, não estou a perceber nada do que ela está para aqui a falar.
— Já faltava aqui em casa uma festa, — ela continua — e um casamento depois de tudo é perfeito. — ela fala empolgada.
— Um casamento? — pergunto a medo.
— Sim, Senhorita, o futuro Dom Brian anunciou à pouco que o vosso casamento é daqui a 3 dias.
Mas que grande lata a daquele maluco.
Ele é bonito mas só pode ser muito louco mesmo.
Mas ele pensa que eu vou na história de me casar com ele?
Contratos de casamento, termos e tudo o mais? Só pode estar maluco daquela cabeça de gavião.
No Dia Seguinte
Problemática
Narrado por Brian
Mal entro em casa uma das empregadas vem ter comigo.
— Senhor, — ela me chama — a Senhorita Flora recusa colocar qualquer comida na boca desde ontem, diz que não come mais nada.
Eu reviro os olhos, santa paciência a minha, que não tenho nenhuma.
— Não se preocupe, eu resolvo isso.
Era só o que me faltava, ter uma birrenta em casa.
Subo ao quarto dela e abro a porta que a deixei trancada.
— Posso entrar? — pergunto antes de abrir a porta completamente.
— O que tu queres daqui? — ouço ela dizer.
Percebo que ela está enraivecida, mas pelos vistos posso entrar, ela não disse que não podia.
Abro então a porta e ela está sentada perto da janela.
— Uma das empregadas me disse que não queres comer, posso saber o motivo dessa estupidez?
Ela se levanta e vem na minha direção.
— O motivo é muito óbvio e bem simples, és tu e esse estúpido casamento. Eu não quero casar e muito menos com um homem que eu nem sequer conheço e muito menos ter que o fazer obrigada. — ela me olha brava.
— E achas que a fazer greve de fome isso te vai ajudar em quê mesmo? — pergunto curioso.
Eu decido não a interromper e fico aqui à espera, a ver o que ela decide.
— Está bem, ganhaste, eu aceito casar contigo. — ela fala por fim, sem tirar o olhar da janela — Mas eu preciso de ver a minha avó antes de casar.
— Não, nem pensar. — falo rude e de imediato.
Ela olha para mim com espanto.
— Mas porquê? Eu já te disse que aceito casar contigo. Qual é o teu problema?
—Tu não vais sair daqui de casa antes do casamento, para não te armares em engraçadinha e tentares alguma parvoíce. Antes do casamento não poderás fazer nada a não ser esperar.
— Mas Brian, seria uma visita rápida, eu não lhe conto nada.— ela tenta me convencer.
— Não, Flora, será melhor assim, antes do casamento se realizar não.
Ela fica de novo emburrada mas não diz mais nada.
Vou então em direção à porta e saio a trancando lá dentro de novo.
Desço ao piso de baixo e vejo o Mark a chegar.
— Então, problemas no paraíso? — ele pergunta aquilo e desata a rir feito um perdido.
— Se não fosses o meu melhor amigo, eu te dava agora mesmo um tiro.— digo desgostoso.
— Que exagerado. — ele fala divertido.
— Vamos mas é nos divertir com umas gostosas. — digo, já indo em direção à porta da rua.
— E a futura esposa como está? — ele pergunta gozão.
— Santo Deus, que mulher mais problemática, não tenho paciência para tantos chiliques.
Ele ri.
— Habitua-te meu caro amigo. — diz me dando uma palmada no ombro.
— Vamos logo, quero me divertir toda a noite, pelo menos com duas. — falo irritado.
—Vamos então garanhão.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Máfia - Contrato Forçado
Vão ter mais capítulos né?😔...