Carley puxou o cobertor sobre a cabeça, mas mesmo assim Lance se aproximou, acelerando-lhe o coração. Felizmente, ele parou após dar dois passos, deixando-a aliviada.
Contudo, eles não poderiam ficar nesse impasse silencioso durante muito mais tempo. E o mais importante, ela não tinha ideia do que ele iria fazer em seguida.
"Sr. Hardwick, tem mais alguma coisa para me dizer? Se não houver mais nada, gostaria de descansar. Estou um pouco cansada."
"Não estou te incomodando!"
Carley ficou envergonhada. Será que ele não percebia que só a presença dele já a incomodava? Ele não tinha uma compreensão clara do próprio comportamento?
"Eu não consigo dormir com você aqui." Sem escolha, ela teve que ser direta.
A expressão de Lance ficou incompreensível, e ele parecia estar com alguma pergunta presa na garganta. Mas no final das contas, ele não falou nada e saiu depois de proferir uma frase,
"Descanse bem!"
Era raro ele demonstrar um pingo de humanidade, mas o homem reconhecia que ela mal escapara da morte para salvar terceiros em perigo e ajudara o hospital, garantindo-lhe uma boa publicidade.
Era desnecessário dizer que Carley estava realmente cansada. Ela fechou os olhos e adormeceu depois de um tempo, e, quando acordou novamente, deparou-se com algumas pessoas no quarto.
Depois também viu flores e frutas na mesa de cabeceira e, curiosa, tentou se apoiar, até Jane, que estava ao lado dela, ajudá-la a se levantar.
"Dra. Chambers, que bom que você acordou. Como está se sentindo?"
"Jane, quem mandou essas coisas?"
No momento em que ela terminou de falar, um cavalheiro vestindo um terno bege apareceu na porta. E, embora sua cabeça estivesse envolta em gaze, seus belos traços faciais chamavam atenção. Além disso, seu braço estava engessado, e ele precisava de ajuda para andar, mas sua aura era elegante. Sem dúvida, não era uma pessoa comum.
No entanto, ele não parecia bem e claramente estava muito machucado. Carley teve a vaga sensação de que o homem lhe parecia familiar, mas não conseguia se lembrar de onde o tinha visto.
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